domingo, 12 de outubro de 2025

São John Henry Newman: de pastor a cardeal




John Henry Newman (1801–1890) foi uma das figuras intelectuais e religiosas mais influentes do século XIX.

Nascido em Londres, foi pastor da Igreja Anglicana e professor na Universidade de Oxford, destacando-se como pregador e pensador profundo.

Liderou o chamado Movimento de Oxford, iniciado na década de 1830, que buscava restaurar na Igreja Anglicana elementos da tradição e espiritualidade do cristianismo primitivo.

Em 1845, após anos de estudo e reflexão,
converteu-se ao catolicismo, decisão que causou forte impacto nos meios acadêmico e religioso da Inglaterra.

Tornou-se padre e, mais tarde, foi criado cardeal pelo papa Leão XIII em 1879, reconhecendo sua importância para nossa Igreja.

Beatificado em 2010 pelo papa Bento XVI e canonizado em 2019 pelo papa Francisco, São John Henry Newman é lembrado como teólogo e educador.

Para a Igreja Católica, ele representa a ponte entre razão e espiritualidade, entre tradição e modernidade, inspirando tanto acadêmicos quanto fiéis no caminho de uma fé pensada, coerente e viva. 

O Vaticano informou que o título de Doutor da Igreja será conferido ao santo inglês em breve.


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domingo, 5 de outubro de 2025

Santo Estevão, o primeiro mártir cristão: fé até o fim




Entre as figuras mais marcantes dos primeiros tempos do cristianismo primitivo está Santo Estevão, reconhecido como o primeiro mártir de nossa fé. 

Sua história, relatada nos Atos dos Apóstolos, revela a força da convicção e o poder do testemunho diante da perseguição.

Estevão era um dos sete homens escolhidos pelos apóstolos para ajudar na organização da jovem comunidade cristã de Jerusalém. 

Sua missão principal era auxiliar na distribuição de alimentos e recursos aos necessitados, especialmente às viúvas. 

Mas sua atuação ia muito além das tarefas práticas: ele se destacava pela sabedoria e inspiração espiritual, pregando com coragem sobre Jesus Cristo e sua mensagem de salvação.

Essa ousadia, no entanto, despertou a ira das autoridades religiosas da época. Acusado injustamente de blasfêmia, Estevão foi levado ao Sinédrio - o tribunal judaico - para ser julgado. 

Em sua defesa, ele fez um discurso poderoso, recordando a história do povo de Israel e denunciando a resistência dos líderes à vontade de Deus. 

Suas palavras inflamaram ainda mais seus acusadores, que o arrastaram para fora da cidade e o apedrejaram até a morte.

Enquanto as pedras caíam sobre ele, Estevão orou pedindo a Deus que perdoasse seus algozes, ecoando as palavras de Jesus na cruz. Esse gesto de compaixão tornou-se símbolo máximo do amor cristão.

A morte de Estevão não silenciou sua mensagem. Pelo contrário, seu testemunho inspirou gerações de fiéis e fortaleceu a expansão do cristianismo. 

Celebrado em 26 de dezembro, Santo Estevão continua sendo lembrado como exemplo de fé inabalável, coragem e perdão, valores que permanecem essenciais no mundo atual.

Consta que Paulo, que ainda não havia se convertido, assistiu à morte de Estevão, quando  fez questão de segurar as capas daqueles que o apedrejaram, como sinal de sua aprovação pela condenação.

Sua conversão, após esse fato, é um exemplo da misericórdia de Deus.


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terça-feira, 23 de setembro de 2025

AS PRIMEIRAS SEXTAS FEIRAS DE CADA MÊS SÃO ESPECIAIS

Na tradição católica, a primeira sexta-feira de cada mês é considerada especial por causa da devoção ao Sagrado Coração de Jesus.

Essa prática tem origem nas revelações feitas a Santa Margarida Maria Alacoque (1647–1690), religiosa francesa da Ordem da Visitação. 

Segundo ela, Jesus pediu que os fiéis comungassem na primeira sexta-feira de nove meses consecutivos, em reparação às ofensas cometidas contra o Seu Coração.

Santa Margarida relatou que Jesus lhe mostrou Seu Coração, símbolo de amor e misericórdia, pedindo reparação pelas ingratidões e pecados da humanidade.

A devoção foi oficialmente aprovada pela Igreja e espalhou-se sobretudo a partir do século XIX. 

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domingo, 14 de setembro de 2025

LEÃO XIV COMPLETOU 70 ANOS - O QUE OUTROS PAPAS FAZIAM QUANDO TINHAM ESSA IDADE?




O papa Leão XIV celebrou em 14 de setembro, o seu 70º aniversário no Vaticano — o primeiro como pontífice.

Mas é curioso saber o que faziam alguns outros papas quando chegaram a essa idade:

- Francisco: em 2006, o cardeal Jorge Mario Bergoglio comemorava seus 70 anos como arcebispo de Buenos Aires.

- Bento XVI celebrou seus 70 anos oito anos antes de sua eleição - era então o cardeal Joseph Ratzinger.

- João Paulo II já era o papa há quase doze anos.

- João Paulo I, que morreu 34 dias após a eleição, aos 65 anos, está entre os papas que não chegaram aos 70 nos dois últimos séculos, juntamente com Bento XV (falecido aos 67 anos), Leão XII (68 anos) e Pio VIII (69 anos).

- João XXIII era o núncio apostólico na França.

- Pio VII também comemorou seu 70º aniversário na França, em 1812: estava preso no castelo de Fontainebleau, por ordem de Napoleão Bonaparte.

São fatos interessantes, mas o que devemos fazer é orar por Leão XIV, pedindo a Deus que lhe dê saúde e sabedoria.

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domingo, 7 de setembro de 2025

SÃO CARLO ACUTIS: O PRIMEIRO SANTO GAMER DA IGREJA CATÓLICA

 




Carlo Acutis (1991–2006) nasceu em Londres e cresceu em Milão, em uma família pouco religiosa. 

Desde cedo, porém, demonstrou profunda devoção à Eucaristia e à Virgem Maria, chegando a inspirar a própria mãe a retornar à fé.

Apaixonado por tecnologia, viu na internet uma ferramenta de evangelização. 

Aos 14 anos, criou um site que catalogava milagres eucarísticos e aparições marianas reconhecidas pela Igreja, projeto que se espalhou pelo mundo e o tornou conhecido como o “primeiro santo gamer”.

Apesar da juventude, vivia com simplicidade: limitava os videogames, defendia colegas em dificuldades e se dedicava à oração diária, à Missa e à confissão frequente. 

Recebeu a Primeira Comunhão aos sete anos e logo fez da adoração eucarística parte de sua rotina.

Aos 15 anos, diagnosticado com leucemia agressiva, ofereceu seus sofrimentos pelo Papa e pela Igreja. 

Faleceu em 12 de outubro de 2006, em Monza, deixando como última mensagem à mãe: “Não tenha medo. A morte é passagem para a vida eterna.” 

Foi sepultado em Assis, por desejo próprio.

Pouco após sua morte, iniciou-se o processo de canonização. Em 2020, Carlo foi beatificado após a Igreja reconhecer a cura de uma criança no Brasil. 

Em 2024, o Papa Francisco aprovou um segundo milagre: a recuperação de uma jovem na Costa Rica. 

Finalmente, em 7 de setembro de 2025, o Papa Leão XIV proclamou sua canonização.

Hoje, São Carlo Acutis inspira jovens do mundo todo, mostrando que fé e tecnologia podem caminhar juntas como instrumentos de esperança e evangelização.

terça-feira, 26 de agosto de 2025

SANTA MÔNICA E SANTO AGOSTINHO: LÁGRIMAS QUE GERARAM SANTIDADE

Santa Mônica nasceu em 331, em Tagaste,  hoje Souk Ahras, na Argélia, norte da África. 

Desde cedo, sua vida foi marcada por provações e pela fé.

Casou-se com Patrício, um homem de temperamento difícil, violento e infiel. 

Apesar do sofrimento, Mônica enfrentou o casamento com paciência, oração e caridade - seu testemunho transformou o próprio marido, que se converteu antes de falecer.

O casal teve três filhos: Agostinho, Navígio e Perpétua, que abraçou a vida religiosa. Já Agostinho, o primogênito, foi quem mais deu preocupações à mãe.

Aos 17 anos, após a morte do pai, Agostinho foi estudar em Cartago. Ali mergulhou em uma vida desregrada, em busca desenfreada pelo prazer e pela adesão ao maniqueísmo, uma seita que negava a fé cristã. 

É desse tempo sua famosa frase registrada em em seu livro Confissões: "Senhor, dai-me castidade e continência, mas não agora."

Mônica, porém, nunca desistiu. Rezava sem cessar pela conversão do filho. Pedia orações aos bispos e até ouviu de um deles as palavras que lhe deram forças: "É impossível que se perca um filho de tantas lágrimas."

Com o tempo, Agostinho reconheceu seus erros. Em Roma e depois em Milão, aproximou-se de Santo Ambrósio, bispo e grande pregador, cuja amizade foi decisiva para sua transformação. Ali, finalmente, aconteceu a tão esperada conversão.

Mônica, que havia seguido o filho em sua jornada, pôde ver com os próprios olhos a graça alcançada. Pouco antes de morrer, em Ostia, disse a Agostinho: "Vendo-te hoje cristão, nada mais me resta a fazer neste mundo." Era o ano de 387.

O corpo de Santa Mônica hoje repousa na Basílica de Santo Agostinho, em Roma. 

Ela foi canonizada não por milagres extraordinários, mas pela perseverança em transformar sua família com mansidão, fé e amor. Sua festa é celebrada em 27 de agosto.

Agostinho, por sua vez, tornou-se bispo de Hipona e um dos maiores pensadores do cristianismo.

Suas obras, como A Cidade de Deus e Confissões, moldaram a filosofia ocidental. Faleceu em 430, aos 75 anos, sendo lembrado no dia 28 de agosto.

Muito do que Santo Agostinho se tornou deve-se às lágrimas e orações de sua mãe. 

Não à toa, Santa Mônica é patrona das mães que rezam por seus filhos. 

No Santuário Diocesano Nossa Senhora Aparecida, existe um grupo de mães intercessoras que seguem seu exemplo:   a oração de uma mãe, como nos ensina a história de Mônica, tem força para transformar vidas e até o rumo da Igreja. 

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domingo, 10 de agosto de 2025

A MITRA - UMA INSÍGNIA DOS BISPOS


A mitra é uma das insígnias episcopais, junto com o anel, o báculo e a cruz peitoral. A foto abaixo mostra o antigo bispo de nossa diocese, Dom Gil Antonio Moreira  usando essas insígnias.


Até o século X, a mitra era usada somente pelo papa, mas, depois foi adotada também para uso dos bispos e abades, que são os responsáveis pelos mosteiros.

A mitra é usada nos momentos mais significativos das celebrações. Os bispos e abades colocam a mitra sobre a cabeça quando estão sentados, quando fazem a homilia, quando abençoam os fiéis e  durante as procissões e celebrações dos sacramentos.

Existem dois tipos de mitra, basicamente. Um é o simples sem detalhes ou ornamentos, branca ou dourada, usado quando o bispo preside a missa.

O outro tipo é ornado e é utilizado quando um bispo preside a missa concelebrada por outros bispos que usam a mitra simples.

Quando os cardeais concelebram a missa usam mitras simples com franjas vermelhas. Já a mitra do Papa, em geral, tem contornos prateados ou dourados.

O Cerimonial dos bispos também indica que o bispo deve usar a mitra simples em celebrações penitencias, ligadas à quaresma e no dia de finados.

O respeito e consideração ligados à mitra, como aos paramentos eclesiásticos, refletem o respeito e devoção a Jesus e à Igreja.