terça-feira, 26 de agosto de 2025

SANTA MÔNICA E SANTO AGOSTINHO: LÁGRIMAS QUE GERARAM SANTIDADE

Santa Mônica nasceu em 331, em Tagaste,  hoje Souk Ahras, na Argélia, norte da África. 

Desde cedo, sua vida foi marcada por provações e pela fé.

Casou-se com Patrício, um homem de temperamento difícil, violento e infiel. 

Apesar do sofrimento, Mônica enfrentou o casamento com paciência, oração e caridade - seu testemunho transformou o próprio marido, que se converteu antes de falecer.

O casal teve três filhos: Agostinho, Navígio e Perpétua, que abraçou a vida religiosa. Já Agostinho, o primogênito, foi quem mais deu preocupações à mãe.

Aos 17 anos, após a morte do pai, Agostinho foi estudar em Cartago. Ali mergulhou em uma vida desregrada, em busca desenfreada pelo prazer e pela adesão ao maniqueísmo, uma seita que negava a fé cristã. 

É desse tempo sua famosa frase registrada em em seu livro Confissões: "Senhor, dai-me castidade e continência, mas não agora."

Mônica, porém, nunca desistiu. Rezava sem cessar pela conversão do filho. Pedia orações aos bispos e até ouviu de um deles as palavras que lhe deram forças: "É impossível que se perca um filho de tantas lágrimas."

Com o tempo, Agostinho reconheceu seus erros. Em Roma e depois em Milão, aproximou-se de Santo Ambrósio, bispo e grande pregador, cuja amizade foi decisiva para sua transformação. Ali, finalmente, aconteceu a tão esperada conversão.

Mônica, que havia seguido o filho em sua jornada, pôde ver com os próprios olhos a graça alcançada. Pouco antes de morrer, em Ostia, disse a Agostinho: "Vendo-te hoje cristão, nada mais me resta a fazer neste mundo." Era o ano de 387.

O corpo de Santa Mônica hoje repousa na Basílica de Santo Agostinho, em Roma. 

Ela foi canonizada não por milagres extraordinários, mas pela perseverança em transformar sua família com mansidão, fé e amor. Sua festa é celebrada em 27 de agosto.

Agostinho, por sua vez, tornou-se bispo de Hipona e um dos maiores pensadores do cristianismo.

Suas obras, como A Cidade de Deus e Confissões, moldaram a filosofia ocidental. Faleceu em 430, aos 75 anos, sendo lembrado no dia 28 de agosto.

Muito do que Santo Agostinho se tornou deve-se às lágrimas e orações de sua mãe. 

Não à toa, Santa Mônica é patrona das mães que rezam por seus filhos. 

No Santuário Diocesano Nossa Senhora Aparecida, existe um grupo de mães intercessoras que seguem seu exemplo:   a oração de uma mãe, como nos ensina a história de Mônica, tem força para transformar vidas e até o rumo da Igreja. 

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domingo, 10 de agosto de 2025

A MITRA - UMA INSÍGNIA DOS BISPOS


A mitra é uma das insígnias episcopais, junto com o anel, o báculo e a cruz peitoral. A foto abaixo mostra o antigo bispo de nossa diocese, Dom Gil Antonio Moreira  usando essas insígnias.


Até o século X, a mitra era usada somente pelo papa, mas, depois foi adotada também para uso dos bispos e abades, que são os responsáveis pelos mosteiros.

A mitra é usada nos momentos mais significativos das celebrações. Os bispos e abades colocam a mitra sobre a cabeça quando estão sentados, quando fazem a homilia, quando abençoam os fiéis e  durante as procissões e celebrações dos sacramentos.

Existem dois tipos de mitra, basicamente. Um é o simples sem detalhes ou ornamentos, branca ou dourada, usado quando o bispo preside a missa.

O outro tipo é ornado e é utilizado quando um bispo preside a missa concelebrada por outros bispos que usam a mitra simples.

Quando os cardeais concelebram a missa usam mitras simples com franjas vermelhas. Já a mitra do Papa, em geral, tem contornos prateados ou dourados.

O Cerimonial dos bispos também indica que o bispo deve usar a mitra simples em celebrações penitencias, ligadas à quaresma e no dia de finados.

O respeito e consideração ligados à mitra, como aos paramentos eclesiásticos, refletem o respeito e devoção a Jesus e à Igreja.

domingo, 3 de agosto de 2025

Santa Lídia: a primeira cristã da Europa


Santa Lídia é considerada a primeira    pessoa europeia a se converter ao cristianismo, conforme registrado no Novo Testamento. 

Seu encontro com o apóstolo Paulo, narrado em Atos dos Apóstolos (At 16, 11-15), aconteceu na cidade de Filipos, na Macedônia, por volta do ano 50 d.C.

Lídia era uma mulher de negócios, vendedora de púrpura — um tecido caro e sofisticado, geralmente associado à nobreza.

Provavelmente era uma mulher de posses e influência, o que torna sua história ainda mais singular, já que poucas mulheres ocupavam esse tipo de posição na época. Ela seguia a fé judaica até ouvir a pregação de Paulo.

Segundo o relato bíblico, Lídia teve o coração aberto por Deus para aceitar as palavras do apóstolo, sendo batizada junto com sua família. 

Sua casa se tornou um dos primeiros centros de reunião da comunidade cristã local, o que demonstra seu compromisso com a nova fé e sua hospitalidade.

Santa Lídia é celebrada como símbolo de acolhimento, fé firme e protagonismo feminino na Igreja nascente. 

Sua memória é celebrada em 3 de agosto. Ela inspira cristãos até hoje pela coragem de abraçar o novo e colocar sua vida a serviço do Evangelho.