A família era muito católica, e em 1933 quando os nazistas tomaram o poder, passaram a espionar e perseguir os sacerdotes que julgavam hostis ao regime - seu pai não só não colaborou com os nazistas como ajudou e protegeu os sacerdotes que sabia estarem em perigo; já em 1931 os bispos da Baviera (região onde vivia a família) haviam publicado uma instrução dirigida ao clero em que manifestavam a sua oposição às ideias nazistas, que entre outras coisas, pretendiam fechar as escolas católicas.
Na Páscoa de 1939, Joseph ingressou no seminário Traunstein, mas seus estudos foram interrompidos em 1941 em função da guerra. Em 1943, com dezesseis anos, foi incorporado ao Exército Alemão (foto ao lado), onde permaneceu até o final da guerra, quando foi preso pelos Aliados, sendo libertado algumas semanas depois.
Voltou ao seminário e em 1951, junto com seu irmão George, foi ordenado. Dedicou-se intensamente aos estudos,tendo obtido em 1953 o doutoramento em teologia com a tese "Povo e Casa de Deus na doutrina da Igreja de Santo Agostinho" - desenvolveu intensa atividade acadêmica, atuando na formação de novos sacerdotes, especialmente na área teológica.
Tornou-se Cardeal em 1977 e foi eleito Papa em 2005; segundo se especula, teria obtido 47 votos, contra 10 votos de Jorge Mario Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires e 9 votos para Carlo Maria Martini, arcebispo emérito de Milão; curiosamente, Bergoglio, o Papa Francisco, sucedeu-o.
Reconhecer as limitações trazidas pela idade foi, com certeza, um ato de grandeza. Passou a viver no Mosteiro 'Mater Ecclesiae', no Vaticano, de forma extremamente simples e discreta. É um exemplo a ser seguido.
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