segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

O Cardeal Dom Sérgio da Rocha nos adverte sobre os perigos da moda

O Cardeal Dom Sérgio da Rocha, Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, em artigo publicado no jornal "A Tribuna", de 30 de janeiro, nos alerta sobre a ditadura da moda: 

"Andar na moda, adquirindo e consumindo os últimos lançamentos do mercado, torna-se frequentemente o sentido da vida para muitos. A moda não se reduz ao modo de se vestir, embora nele se expresse com particular intensidade. Abrange produtos, costumes e gostos que tendem a se impor e a se padronizar com os modernos recursos de marketing no mundo globalizado. A moda pode se tornar uma espécie de poder que controla e manipula a vida das pessoas e exclui os que não se submetem aos seus padrões. Por isso, muitos já se referiram a uma espécie de “ditadura da moda”, com suas várias facetas.

O modo de vestir-se e de calçar, de comer e beber, de divertir-se, de decidir qual filme assistir ou qual música ouvir, é facilmente marcado pela última moda. As “modas” passam porque não são capazes de saciar a sede de sentido para a vida e de verdadeira felicidade. A equação entre consumir e ser feliz tem alimentado o consumismo, que na prática se revela incapaz de assegurar a felicidade prometida pela aquisição e consumo de bens. É natural que aqueles que vivem em sociedade compartilhem ideias e costumes do próprio contexto histórico e cultural, o que é um fator importante de identidade. Contudo, quando a moda se impõe, especialmente, aliada ao consumo desenfreado, as pessoas acabam perdendo suas notas essenciais, a própria identidade, a liberdade, a capacidade de pensar e discernir criticamente. Arrasta consigo o atrofiamento da singularidade da pessoa humana, obscurecendo o que faz dela “imagem e semelhança” de Deus.

Os modismos favorecem a despersonalização, a perda ou fragmentação da identidade. Um dos aspectos mais fortes da ditadura da moda é a ditadura da beleza ou do corpo perfeito, concebido segundo um padrão estético ideal, objeto de intenso marketing. Tal padrão tem tornado infeliz muita gente que não consegue alcançá-lo, especialmente, adolescentes e jovens que dele se distanciam e, por isso, chegam a entrar em crise, mas até mesmo pessoas idosas que não se dispõem a assumir serenamente as marcas do tempo. O modo como alguém vê a si próprio tem consequências enormes na própria vida. Há quem se avalia e dirige os seus passos unicamente em função do que os outros pensam e dizem a seu respeito, principalmente, sobre a sua aparência física e não a partir de uma justa visão de si mesmo. A ditadura da moda se revela fortemente como ditadura da beleza corporal ideal. O justo cuidado com a aparência pode ser um fator de autoestima e bem-estar psicológico. O excesso no cuidado estético tende a produzir pessoas infelizes, com baixa estima de si.

É importante, hoje, resgatar a simplicidade de viver e o cultivo da beleza que permanece e se fortalece com o passar da idade, deixando-se conduzir por Deus, aquele que permanece enquanto a moda passa."

É útil refletirmos sobre o assunto.

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sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Jesus cumpre a profecia: 4º Domingo do Tempo Comum

O tema da liturgia deste domingo convida a refletir sobre o “caminho do profeta”: caminho de sofrimento, de solidão, de risco, mas também caminho de paz e de esperança, porque é o caminho onde Deus está. 

Esta  liturgia assegura-nos que a última palavra será sempre de Deus: “não temas, porque Eu estou contigo para te salvar”.

A primeira leitura apresenta a figura do profeta Jeremias. Escolhido,consagrado e constituído profeta por Deus, Jeremias vai enfrentar todo o tipo de dificuldades, mas não desistirá de concretizar a sua missão e de tornar a palavra de Deus uma realidade viva no meio dos homens.

A segunda leitura nos fala do amor – o amor desinteressado e gratuito – apresentando-o como a essência da vida cristã. 

Pode ser entendida como um aviso para que nos deixemos guiar pelo amor e nunca pelo próprio interesse. Só assim a nossa missão fará sentido.

O Evangelho apresenta-nos Jesus como profeta, desprezado pelos habitantes de Nazaré, que esperavam um Messias espetacular e não entenderam a proposta profética de Jesus. 

O episódio anuncia a rejeição de Jesus pelos judeus e o anúncio da Boa Nova a todos os que estiverem dispostos a acolhê-la – sejam pagãos ou judeus.

Jesus já profetizara sua rejeição, conforme dizem, direta ou indiretamente,  os quatro evangelistas: Mateus (13,57), Marcos (6,4) Lucas (4,24) e João (4,44).

O episódio é tão marcante que gerou a frase latina "Nemo propheta in patria" (Ninguém é profeta em sua própria terra), que é usada em inúmeros contextos.

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segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

Papa alerta acerca de como usamos as redes sociais



O Papa Francisco divulgou texto referente à 56ª Jornada Mundial de Comunicação Social, que será composta por uma série de eventos que ocorrerão nos próximos meses.

O texto tem como tema “Ascoltare con l’orecchio del cuore”, que pode ser traduzido como “ouvir com o coração”.

 

O Papa foi bastante duro e objetivo, dizendo que nestes tempos de redes sociais, o comum tem sido “origliare”, uma expressão que designa escutar com o objetivo de ter informações para fofocar, falar mal das pessoas – e não “ascoltar”, que tem o sentido de ouvir, compreender, com as pessoas colocando-se frente a frente, o que torna a comunicação boa, humana, leal e honesta.

 

Reflitamos acerca de como usamos as redes sociais.   

 

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quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

O catolicismo é incompatível com o marxismo e com o comunismo

À medida em que se aproximam as eleições, ressurgem nos debates as ideias de Karl Marx, em boa parte das quais se apoia o comunismo. 

Frequentemente essas ideias são apresentadas ligadas a temas como justiça social, eliminação da pobreza e outros que podem atrair as pessoas. 

No entanto, convém lembrar o que nos diz o padre jesuíta   Nelson Faria,  em artigo publicado em 13 de janeiro pelo portal Ponto SJ, dos jesuítas portugueses.

O Padre Nelson destaca dois pontos que tornam o catolicismo e o marxismo absolutamente incompatíveis: 

1 – A visão de Deus: segundo Karl Marx,  Deus “não passa de um ideal e de uma projeção humana”, negando-se assim a Revelação; além disso, Marx afirma que “a religião é um instrumento de dominação”;

2 – A propriedade privada: o marxismo a considera “um roubo”, enquanto a Doutrina Social da Igreja a considera “intrínseca à dignidade humana e um direito natural”.

Reflitamos e procuremos conhecer as ideias dos possíveis candidatos, à medida em que as eleições se aproximam, lembrando-nos do que disse o Papa Bento XVI:




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domingo, 16 de janeiro de 2022

Muitos crucifixos no pescoço, pouca conversão

O Padre  Gabriel Vila Verde alerta-nos para  o risco de darmos mais prioridade a ritos e símbolos  do que a Deus; disse o Padre: “muitos crucifixos no pescoço, pouca conversão”.

Partindo da liturgia de 13 de janeiro, lembra o Padre que os israelitas foram derrotados pelos filisteus em uma batalha. 

Preparando-se para outra batalha, levaram a Arca da Aliança para o local da luta; no entanto, sofreram outra derrota, perdendo o triplo de homens.  

Segundo o Livro do Êxodo, a Arca era feita de madeira  e coberta de ouro, e continha   as duas tabuas de pedra onde estavam escritos os Dez Mandamentos.  


 

Segundo o Padre, os israelitas consideravam a Arca apenas como um talismã, não como um  objeto de culto, de adoração a Deus. Os israelitas tinham abandonado o culto, pensando que a simples presença da Arca resolveria o problema.

Partindo desses fatos, o Padre traça  um paralelo com posturas de pouca conversão que ocorrem hoje entre muitos católicos, dizendo:  "muitos sacrários, pouca adoração; muitos terços no braço, pouca oração; muitos crucifixos no pescoço, pouca conversão; muitos templos, pouco culto; muita pregação, pouco jejum!"

Por essas razões a Igreja vive tantos escândalos, tantas batalhas perdidas: estamos imitando os israelitas, confiando apenas na presença da Arca.

Mas do que adianta termos a Arca se não fizermos a vontade de Deus?

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quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Papa ora pelos trabalhadores



Em sua catequese de 12 de janeiro, o Papa Francisco fez uma oração especial por todos os trabalhadores. 

O Papa disse: “é bom pensar que o próprio Jesus trabalhou e aprendeu esta arte com São José. Hoje devemos perguntar-nos o que podemos fazer para recuperar o valor do trabalho; e que contribuição podemos, como Igreja, oferecer para que ele possa ser resgatado da lógica do mero lucro e possa ser experimentado como direito e dever fundamental da pessoa, que exprime e incrementa a sua dignidade"

Por tudo isto – prosseguiu Francisco – “gostaria hoje de recitar convosco a oração que São Paulo VI elevou a São José a 1 de maio de 1969”:


Ó São José, Padroeiro da Igreja

vós que, ao lado do Verbo encarnado
trabalhastes todos os dias para ganhar o pão
tirando d’Ele a força para viver e labutar;

vós que experimentastes a ansiedade do amanhã,
a amargura da pobreza, a precariedade do trabalho;

vós que irradiais hoje, o exemplo da vossa figura,
humilde perante os homens
mas grandíssima diante de Deus,
protegei os trabalhadores na sua dura existência quotidiana,
defendendo-os do desânimo,
da revolta negadora,
bem como das tentações do hedonismo;

e preservai a paz no mundo,
aquela paz que, por si só, pode garantir o desenvolvimento dos povos.

Amém. 

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domingo, 2 de janeiro de 2022

São Francisco de Sales

No bairro de Vila Rami existe uma 
rua denominada São Francisco de Sales. Neste post, vamos falar um pouco da vida deste santo de nossa Igreja.

Nasceu na França, no castelo de Sales, que pertencia à sua família, no ano de 1567. Seus pais pretendiam que se formasse em Direito e deram a ele uma educação primorosa, tendo estudado em Paris e na Universidade de Pádua, onde viu sua vocação ser despertada.

Em 1592 recebeu os títulos de Doutor em Teologia e Direito, tendo sido ordenado no ano seguinte e passado a trabalhar em Genebra, na Suiça.

A região era palco de violentos conflitos entre católicos e protestantes, mas Francisco desenvolveu forte ação evangelizadora, tendo sido nomeado Bispo Coadjutor e depois Titular da diocese de Genebra, embora precisasse viver em Annecy, na França, pois Genebra estava sob controle dos protestantes.

Sua  diocese ficou famosa por toda a Europa por causa de sua organização eficiente, do clero zeloso e dos leigos muito bem formados, algo muito raro na época. Durante seus anos como bispo, Francisco ganhou fama como um pregador, como amigo dos pobres e como uma pessoa de afabilidade e compreensão sobrenaturais.

Escreveu muito, destacando-se entre suas obras   "Introdução à Vida Devota", que - algo raro na época - foi escrita especialmente para os leigos. Nela, ele recomendava a caridade acima da penitência como forma de progressão na vida espiritual. Desenvolveu uma linguagem de sinais para ensinar os surdos, sendo por isso considerado seu patrono,

Juntamente com Santa Joana Francisca de Chantal,  fundou a Ordem da Visitação de Santa Maria (as monjas "Visitandinas").

Faleceu em 1622, em consequência de um derrame; foi beatificado em 1661 pelo Papa Alexandre VII, que também o canonizou quatro anos depois. Em 1877 o Papa Pio IX declarou-o Doutor da Igreja.

É também o patrono de diversas ordens religiosas, dentre as quais se destacam os Salesianos, voltados à educação, especialmente os jovens pobres e em situação de risco. Mais informações sobre os Salesianos no Brasil podem ser encontradas neste link.

Sua festa é comemorada em 24 de janeiro.


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