segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

SÃO LUIS: UM SANTO QUE FOI UM GRANDE REI

São Luís nasceu na França em 1214, filho 
do rei Luís VIII e da rainha Branca de Castela. Tornou-se rei aos 12 anos, com a morte do pai; sua mãe foi a regente até que chegasse à maioridade, quando assumiu o governo como Luís IX. 

Teve muitos problemas como governante - uma longa guerra contra a Inglaterra e revoltas dos nobres, que desejavam poder absoluto, sem subordinação ao rei; teve sucesso, conseguindo resolver esses problemas.

Foi um rei reformador e lançou as bases da justiça real francesa, na qual o rei era o juiz supremo, a quem qualquer pessoa podia apelar quando se jugasse injustiçada, e introduziu o conceito de presunção de inocência nos processos criminais - os acusados passaram a ser considerados inocentes até que houvesse provas em contrário. 

Era admirado por seus súditos e por toda a Europa como um rei extremamente justo. Chegava a ficar várias vezes na semana sob um carvalho no Castelo de Vincennes ouvindo os apelos e pedidos de seus súditos de todas as classes.

Suas ações foram inspiradas nos valores cristãos, sendo ele um homem extremamente devoto da fé católica, punindo a blasfêmia, jogos de azar, juros extorsivos e prostituição. Construiu inúmeros hospitais, leprosários, orfanatos e escolas e era famoso pela sua caridade e cuidado com os pobres e doentes.

Casou-se com a rainha Margarida da Provença em 1234 e com ela teve onze filhos, dentre os quais o rei Filipe III, que o sucedeu.

Os descendentes de São Luís chegaram a quase todos os tronos da Europa e América - os imperadores brasileiros dele descendiam, assim como todos os atuais monarcas europeus.

Em todas as épocas posteriores da história da França, marcada por conflitos, guerras e revoluções, seu governo foi lembrado com nostalgia pelos franceses que usavam as expressões "o bom tempo de meu senhor São Luís" ou como o "século de ouro de São Luís", deixando uma imagem imensamente positiva aos olhos da história e do imaginário popular francês.

Buscando resgatar os lugares santos, participou da 7ª Cruzada; nela sofreu uma derrota militar e ficou preso durante 5 anos ; depois de solto empenhou-se na 8ª Cruzada, durante a qual adoeceu (tifo ou escorbuto) e morreu no norte da África em 25 de agosto de 1270. A imagem ao lado é uma gravura de Gustave Doré que mostra seu aprisionamento.

Foi canonizado pelo Papa Bonifácio VIII em 1297; é lembrado no dia 25 de agosto.

No Brasil, é o padroeiro da Arquidiocese de São Luís do Maranhão.

domingo, 6 de dezembro de 2020

SÃO DAMIÃO DE MOLOKAI: DEU A VIDA PELOS LEPROSOS

O padre Josef de Veuster-Wouters foi canonizado em 11 de outubro de 2009, passando a ser chamado São Damião de Molokai.

Nasceu em 3 de janeiro de 1840, numa pequena cidade ao norte de Bruxelas, na Bélgica. Aos 19 anos entrou para a Ordem dos Padres do Sagrado Coração e tomou o nome de Damião.

A vida de Damião começou a mudar quando completou 21 anos de idade e estudava em um seminário em Paris. Um bispo do Havaí, arquipélago do Pacífico, estava em Paris, buscando missionários para sua diocese. 

O bispo expunha os problemas daquela região e falava dos doentes de lepra, que eram confinados em uma ilha chamada Molokai - na época, a doença era incurável.

Damião logo se colocou à disposição para ir como missionário à ilha. Ainda não fora ordenado, mas estava disposto a insistir que o aceitassem na missão rumo a Molokai.

Escreveu ao superior da Ordem, que, inspirado por Deus, permitiu a sua partida. Assim, em 1863 Damião embarcava para o Havaí, logo após ser ordenado.

Chegando ao Havai, Damião logo se dirigiu a Molokai, junto com outros três missionários. A situação era terrível, os leprosos não tinham como trabalhar, roubavam uns dos outros e matavam-se por um punhado de arroz.

Naquele local o padre imediatamente começou a trabalhar: recuperou o cemitério, com frequência ia à capital, comprar faixas, remédios, lençóis e roupas para todos. Nesse meio tempo, escrevia para os jornais, falando dos horrores da ilha de Molokai. 

Essas notícias se espalharam e abalaram o mundo, e alguma ajuda começou a surgir - um médico que contraíra a lepra ouviu falar de Damião e viajou para a ilha a fim de ajudar.

No tempo que passou na ilha, Damião construiu uma igrejinha de alvenaria, onde passou a celebrar as missas - a foto ao lado, de 1870, mostra-o com as crianças do coro da igrejinha. 

Também construiu um pequeno hospital, onde, ele e o médico cuidavam dos doentes mais graves. Dois aquedutos completavam a estrutura sanitária tão necessária à vida daquele povoado.

Porém a obra de Damião abrangeu algo mais do que a melhoria física do local, ele trouxe nova esperança e alívio para os doentes. Já era chamado apóstolo dos leprosos.

Numa noite de 1885, Damião colocou o pé esquerdo numa bacia com água muito quente. Percebeu que tinha contraído a lepra, pois não sentiu dor alguma - a lepra torna partes do corpo insensíveis. Haviam passado cerca de dez anos desde que ele chegou à ilha e, milagrosamente, não havia contraído a doença até então. Com o passar do tempo, a doença o tomou por inteiro.

O doutor já havia morrido quando, em 15 de abril de 1889, padre Damião morreu. Em 1936, seu corpo foi transladado para a Bélgica, onde recebeu os solenes funerais de Estado. 

Um verdadeiro exemplo de fé, caridade e amor ao próximo!

Em 2005, o Padre Damião foi eleito o "maior belga de todos os tempos" numa votação organizada pela televisão do pais.

terça-feira, 10 de novembro de 2020

SANTA HILDEGARD VON BINGEN, OS BENEDITINOS E A CERVEJA

Foi nas abadias de Saint Gallen, na Suíça e de Weihenstephan, Alemanha que se iniciou a produção da cerveja em mosteiros beneditinos. 

Sabe-se que em 1040 Weihenstephan teve autorização para fabricar e comercializar cerveja, sendo essa a cervejaria mais antiga do mundo ainda em funcionamento.
Coube à monja e hoje santa beneditina e doutora da Igreja, Hildegard von Bingen (1098-1179) uma inovação na receita da cerveja: ela acrescentou um ingrediente chave para a preservação e aromatização da bebida, o lúpulo.

Hildegard era uma amante da cerveja e grande conhecedora das ervas; sabendo dos efeitos do lúpulo no organismo  o acrescentou na cerveja com o intuito também medicinal. Faleceu com 81 anos, uma idade avançadíssima para a época - é provável que a cerveja a tenha ajudado a chegar tão longe. 

Em seu livro “Liber Subtilitatum Diversarum Naturarum Creaturarum”,  ela descreve as qualidades conservantes que o lúpulo dá à cerveja e descreve também sua capacidade calmante, que contribui para o sono e para o relaxamento do sistema nervoso.

É importante lembrar que não há nenhuma menção à cerveja na Regra de São Bento, embora o santo patriarca tenha escrito um capítulo de sua regra exclusivamente dedicado ao consumo de uma outra bebida, o vinho, bem mais popular na Península Itálica, onde viveu S. Bento. 

Trata-se do capítulo 40, “Da medida da bebida”; nele, São Bento permite o consumo moderado da bebida, sem excessos, um quarto de litro por dia.

A cerveja está presente em muitos eventos ligados aos beneditinos: ela tem sido a salvação do mosteiro de Núrsia, na Itália, cidade natal de São Bento (480-547). Esse mosteiro ficou ao menos 200 anos sem monges, pois eles foram expulsos em 1810; apenas foi repovoado por religiosos no ano 2000, a convite do Papa João Paulo II. 

O mosteiro sofreu muitíssimo com um terremoto em 2016, restando intacta no lugar, apenas a cervejaria, que está ajudado nas finanças e contribuindo para a construção de um novo mosteiro.

Os monges da abadia de Grimbergen, na Bélgica, encontraram em 2019, nos seus arquivos a receita perdida de uma cerveja que há mais de 200 anos não era fabricada. Isto pelo fato de a abadia ter sido saqueada durante a Revolução Francesa, sendo na ocasião, a cervejaria destruída. A receita foi encontrada acidentalmente e os religiosos testaram-na, obtivendo grande sucesso.

Nos últimos anos alguns mosteiros brasileiros passaram a produzir suas próprias cervejas. O destaque é a premiada “Mosteiro”, do Mosteiro de São Bento de São Paulo, com dois sabores (Red e Golden), lembrando a influência dos monges alemães da congregação. A imagem ao lado mostra a cerveja e outros produtos do mosteiro.

O mosteiro da congregação americano-cassinense de Vinhedo, oferece uma saborosa cerveja, assim como também o Mosteiro de São Bento de Brasília.

Estas bebidas, assim como outras iguarias monásticas, como pães, bolos e biscoitos, podem ser adquiridas em  lojas nos próprios mosteiros.

Saúde, mas beba com moderação! 

sábado, 31 de outubro de 2020

PADRE JOFRÉ: O FUNDADOR DO PRIMEIRO HOSPITAL PSIQUIÁTRICO DO MUNDO

A Ordem Real, Celestial e Militar de Nossa Senhora das Mercês para a Redenção dos Cativos, também conhecida como Ordem de Nossa Senhora das Mercês (em latim, Ordo Beatae Mariae de Mercede redemptionis captivorum) foi fundada em 1218 por São Pedro Nolasco, na cidade de Barcelona. 

Além dos votos tradicionais de pobreza, castidade e obediência, os seus membros fazem um quarto voto: morrer, se preciso for, por quem estiver em perigo de perder a fé. Trabalhavam muito para resgatar os cristãos escravizados por muçulmanos. 

Na sexta-feira, 24 de fevereiro de 1409, um de seus membros, o Padre Juan Gilabert Jofré saía do convento dos mercedários em Valência, na Espanha, rumo à catedral da cidade. 

No caminho, viu um grupo de jovens zombando e agredindo um homem - aos berros, chamavam-no de “louco, louco!”.

De fato, era visível que se tratava de um homem com distúrbios mentais. O padre, corajosamente, afugentou os agressores, e levou o homem para o convento.

A partir dai o Padre Jofré passou a se preocupar com pessoas que tinham problemas mentais, a ponto de começar a trabalhar para criar um hospital para elas. O Papa Bento XIII soube da iniciativa e autorizou a obra, determinando a dedicação do hospital aos Santos Mártires Inocentes.

Em 1º de junho de 1410, nasceu o Hospital dos Inocentes para acolher não só doentes mentais, mas também pobres e crianças abandonadas. A capela do hospital foi dedicada a Nossa Senhora dos Desamparados.

Esse foi o primeiro hospital do mundo em fornecer tratamento e residência a doentes mentais, e se tornou o atual Hospital Universitário de Valência.

O Padre Jofré faleceu em 18 de maio de 1417, aos 67 anos.  

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domingo, 25 de outubro de 2020

AUMENTA O SOFRIMENTO DOS CRISTÃOS NA CHINA

A China tem sido objeto de admiração pelo
seu grande progresso científico e tecnológico,  bem como pelo seu crescimento econômico.

Mas essa admiração não deve ser incondicional; devemos observar o que sofrem os cristãos daquele país, que é uma ditadura.

Na China, a educação religiosa de qualquer pessoa com menos de 18 anos é ilegal. Isso significa que as aulas de Catecismo são proibidas e os menores não podem entrar nas igrejas, que são monitoradas por câmeras ligadas à rede de segurança pública.

Os padres tem sido forçados a frequentar cursos de treinamento do governo; aqueles que se recusam a apoiar o Partido Comunista, são presos.

Outros grupos religiosos, também tem sofrido muito, particularmente os muçulmanos uigures, que sofrem trabalhos forçados, doutrinação, esterilização, aborto forçado e tortura em campos de detenção.

O objetivo repetidamente declarado do governo do país,   é interferir nas religiões, difundindo “teorias religiosas de caráter chinês” junto àqueles que professam qualquer religião.

Nessa linha, no caso das igrejas cristãs, há determinações para remover menções aos Dez Mandamentos e substituí-las por  dizeres do  antigo ditador Mao Tsé-tung e do atual, Xi Jinping.

Interesses ideológicos fazem com que poucas informações acerca desses temas sejam mencionadas por nossa grande imprensa.

Devemos permanecer vigilantes e orar para que essa situação seja superada


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quarta-feira, 21 de outubro de 2020

MAIS DUAS IGREJAS INCENDIADAS NO CHILE

Mais duas igrejas foram incendiadas por criminosos no Chile durante manifestações no domingo, 18 de outubro.

Um dos templos destruídos foi a Igreja da Assunção, uma das mais antigas da capital, datada de 1876. A outra foi a capela dos Carabineiros (Polícia Militar), dedicada a São Francisco de Borja.

Acerca do assunto, disse o Padre José
Eduardo de Oliveira
em sua página no Facebook:

A queima de Igrejas no Chile é uma demonstração de que o laicismo não veio para brincar. É uma ideologia assassina, que se vitimiza diante da moral bíblica apenas como arma retórica para legitimar a perseguição sistemática ao cristianismo.

Infelizmente, muitos trocaram os fundamentos da fé pelos pressupostos laicos, desconstruindo a teologia cristã a partir de categorias emprestadas do marxismo atual, travestido de eco-feminismo. Isso não é uma brincadeira! 

Primeiro, queimam a teologia católica; depois, queimam Igrejas”.

Apesar de surpresos pela falta de manifestação de alguns, que por dever de ofício estão obrigados a falar acerca do assunto, devemos estar atentos para combater as causas e aqueles que praticam crimes como esses, que provavelmente pretendem também queimar cristãos.

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

EM 22 DE OUTUBRO, COMEMORAMOS SÃO JOÃO PAULO II

João Paulo II nascido Karol Józef Wojtyła e desde 2014, São João Paulo II, nasceu em Wadowice, Polônia, em 18 de maio de 1920 e morreu no Vaticano em 2 de abril de 2005.

Teve uma juventude difícil, com os nazistas ocupando seu país natal. Mais tarde, já prestes a ser ordenado, os comunistas tomaram o poder na Polônia, tornando extremamente difícil a vida para os cristãos.

Estudou muito, tendo obtido doutorados em Filosofia e Teologia.

Foi eleito Papa em 16 de outubro de 1978 e teve   o terceiro maior pontificado, ficando à frente da Igreja  por 26 anos, 5 meses e 17 dias, depois dos papas São Pedro, cujo pontificado durou cerca de 37 anos, e Pio IX, que liderou por 31 anos. Foi o  primeiro Papa não italiano desde o holandês  Adriano VI, eleito em 1522. 

Devoto de Nossa Senhora, adotou como lema a expressão latina totus tuus (todo seu), que tem sua origem nos escritos de São Luís Maria Grignion de Montfort e significa a consagração total à Virgem Maria. Também colocou em seu brasão a letra M, em alusão a Maria.

João Paulo II foi  um dos líderes mais influentes do século XX: teve papel fundamental para o fim do regime comunista  em toda a Europa e para a queda de diversas ditaduras ao redor do mundo.

Também trabalhou muito para    a melhoria das relações da Igreja Católica com outras religiões, como o   judaísmo e o islamismo e com igrejas cristãs, como a  Ortodoxa,  Luterana,  Anglicana e outras.

Muito culto, falava 13 idiomas. Trabalhou muito,  tendo visitado 129 países durante o seu pontificado; fez três visitas oficiais ao Brasil e em uma viagem à Argentina, fez escala em nosso país.

Sofreu vários atentados, o mais grave em 1981  quando foi baleado na Praça de São Pedro, no Vaticano. Atribuiu sua salvação a Maria, tendo mais tarde depositado  uma das balas que o atingiu no altar de Nossa Senhora, em Fátima. Mais tarde, visitou seu agressor na prisão, perdoando-o. 

Mesmo no final de sua vida, com a saúde debilitada pelo Mal de Parkinson, não esmoreceu na tarefa de servir a Deus e à Igreja.

Em 27 de abril de 2014, numa cerimônia inédita presidida pelo Papa Francisco, e com a presença de seu sucessor, o Papa Emérito Bento XVI, foi declarado Santo juntamente com o Papa João XXIII; sua festa litúrgica celebra-se no dia 22 de outubro.


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UM MARAVILHOSO EXEMPLO DE INCLUSÃO

A congregação das Irmãzinhas Discípulas 
do Cordeiro (Le petites soeurs disciples de l’Agneau, em francês) nos dá um exemplo de inclusão: recebe jovens portadoras da Síndrome de Down que desejam consagrar-se a Deus.

As irmãs que integram esta congregação abraçam a vocação religiosa contemplativa seguindo os carismas de São Bento (com o seu lema “Ora e trabalha“, ou “Ora et labora“) e de Santa Teresinha do Menino Jesus, conhecido como “O pequeno caminho”.

Irmãs com ou sem a síndrome convivem na mesma comunidade, sob as mesmas regras, testemunhando com a própria vida que Deus chama todos à santidade.

A comunidade surgiu em 1985 a partir do
trabalho da madre Line, atual priora, e da irmã Veronique, jovem com síndrome de Down que hoje é religiosa, mas que, na época, não era aceita por outras congregações, que não se consideravam preparadas para receber uma postulante com a síndrome.

A congregação  recebeu aprovação definitiva por parte do bispo de Bourges, dom Armand Maillard. Para a celebração das Santas Missas e demais sacramentos, a comunidade recebe assistência do mosteiro beneditino de Fontgombault.

Ao comemorar os 20 anos da fundação, em 2005, o bispo dom Pierre Plateau assim declarou às irmãzinhas:

Porque ama vocês, Jesus as chamou; provavelmente porque quer que a sua pequena comunidade mostre a um mundo propenso a ser muito egoísta que Deus é terno para com todos os que O reconhecem e que os pequenos são capazes de demonstrar muito amor, inclusive mais do que outros. Esta é a sua maneira de proclamar a Boa Nova”.

A encíclica Evangelium Vitae (O Evangelho da Vida), do Papa São João Paulo II, nos diz a este respeito:

A coragem e a serenidade com que muitos irmãos nossos, afetados por graves deficiências, conduzem a sua existência quando são aceitos e amados por nós constituem um testemunho particularmente eficaz dos valores autênticos que qualificam a vida e, mesmo em condições difíceis, a tornam preciosa para a própria pessoa e para os outros”.

Sem dúvida, um exemplo a ser seguido.


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quarta-feira, 14 de outubro de 2020

SANTO ANTONIO MARIA CLARET: UM HOMEM DE AÇÃO

Em 1807, nasceu em Sallent, uma cidade da
região da Catalunha, na Espanha, Antônio Maria Claret.

Desde muito jovem trabalhou como tecelão e depois como tipógrafo, mas desde adolescente sentiu um forte chamado para a vida religiosa. Em função disso, decidiu acrescentar o nome "Maria" ao seu, como forma de testemunhar que dedicaria sua vida a Nossa Senhora.

Aos 21 anos entrou no Seminário de Vic, próximo à sua cidade natal. Seu objetivo era se tornar monge cartuxo, mas um padre percebeu sua vocação missionária e  disse-lhe que assim seria mais útil à Igreja do que se adotasse a vida monástica.

Antônio Maria Claret obedeceu e foi ordenado em 1835, sendo nomeado pároco de sua terra natal. Ali, ficou durante quatro anos.

Depois disso, foi para Roma, mais precisamente para a Propaganda Fide (Propagação da Fé), um órgão da Igreja que ocupa-se das questões referentes à divulgação da fé católica no mundo inteiro.

Nesse ministério, viveu anos de árduo trabalho, especialmente nas Ilhas Canárias, uma região da Espanha onde o trabalho missionário era muito difícil. 

Ali, contribuiu para o desenvolvimento da ilha e denunciou o racismo e injustiças sociais, em função do que chegou a sofrer um atentado.

No ano de 1849, junto com outros cinco jovens padres, ele fundou a Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria.

Seus membros são conhecidos como Padres
Claretianos, que em São Paulo administram um colégio e a Paróquia Imaculado Coração de Maria, no bairro de Higienópolis. Sua igreja foi construída por eles entre os anos de1897 e 1899 e a foto ao lado mostra-a e ao colégio, logo após o final de sua construção.

Pouco tempo depois da fundação da Congregação, a diocese de Cuba, que abrangia todo aquele país, vivia tempos de enormes dificuldades - estava sem bispo há quatorze anos. 

Assim, no mesmo ano da fundação da Congregação, o Padre Antônio Maria Claret foi nomeado seu arcebispo.

Em Cuba, passou sofrer toda a sorte de pressões, especialmente por parte dos maçons, que várias vezes atentaram contra sua vida, através de incêndios, envenenamento e ataques à mão armada.

Mas Antônio Maria Claret sempre escapou ileso e continuou seu trabalho. Restaurou o velho seminário cubano, que, por causa de seu exemplo de santidade, passou a receber inúmeras vocações. Apoiou negros e índios, tornados escravos e procurou libertá-los.

Visitou todas as cidades e vilas do país, crismou 100 mil pessoas fez 9 mil casamentos. Devido ao seu empenho missionário, Cuba ganhou várias outras dioceses.

No ano 1855, com o auxílio da madre Antônia Paris, fundou uma nova congregação religiosa, que passou a se chamar Congregação das Irmãs de Ensino Maria Imaculada, que mais tarde passaram a ser chamadas Irmãs Claretianas.

Em 1857 voltou a Madri, deixando a Igreja de Cuba mais fortalecida, unida e resistente. Em sua volta à Espanha, a rainha Isabel II pediu que ele passasse a ser seu confessor. Mesmo sem querer tal cargo para não se envolver com política, aceitou, vendo nisso um chamado de Deus.

No ano 1868 a Rainha foi deposta por uma revolução e exilou-se na França, para onde também se retirou o bispo.

Santo Antônio Maria Claret morreu caos 63 anos, em 24 de outubro do ano 1870, deixando uma numerosa e importante obra escrita, que inspira e dirige almas até os dias de hoje.

Sua beatificação foi celebrada pelo papa Pio XI, que chamou-o de "precursor da Ação Católica do mundo moderno". Foi canonizado por Pio XII em 1950.


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segunda-feira, 12 de outubro de 2020

EM 26 DE OUTUBRO, LEMBRAMOS SÃO LUIS ORIONE

Luís Orione nasceu em Pontecurone, um lugarejo pertencente à Diocese de Tortona, no norte da Itália, em 23 de junho de 1872.

De família profundamente religiosa, em 1885 foi estudar com os franciscanos em um convento de Voghera, mas em 1886 precisou voltar a viver com sua família, em função de problemas de saúde. 

Em 1889 foi para o Seminário em Tortona, tendo sido ordenado em 1895. 

No ano de 1899 fundou a Pequena Obra da Divina Providência, uma ordem que reúne religiosos empenhados na caridade e em pregar o Evangelho. 

Em 1908 viaja para Messina e Reggio Calabria e em 1915 para Mársica, em ambas as situações para ajudar vítimas de grandes terremotos que abalaram essa cidades.

Ainda em 1915, fundou a Congregação das Pequenas Irmãs da Caridade. 

Logo depois da Primeira Guerra Mundial começou a viajar pelo mundo, divulgando os trabalhos de sua ordem; esteve no Brasil quatro vezes.

Grande devoto de Nossa Senhora, propagou a devoção mariana e ergueu santuários, entre os quais o de Nossa Senhora da Guarda em Tortona e o de Nossa Senhora de Caravaggio.

Na construção desses santuários, colocava clérigos de sua congregação no trabalho braçal, ao lado dos operários que construíam esses santuários; era uma forma de evangelização.

Faleceu em Sanremo, em 12 de março de 1940. O Papa Pio XII chamou-o «...pai dos pobres, benfeitor da humanidade sofredora e abandonada...». Foi canonizado em 2004. 

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segunda-feira, 5 de outubro de 2020

AS ENCÍCLICAS

As encíclicas são cartas que o Papa dirige aos bispos, e por extensão a toda a Igreja.

Elas vem sendo usadas pelos papas em várias circunstâncias, ao longo dos séculos. Elas não tratam apenas de assuntos como a Bíblia ou a liturgia, por exemplo, mas muitas vezes abordam assuntos como o controle de natalidade e o comunismo.

Um papa publica uma encíclica sobretudo quando surge uma necessidade específica; como diz a Enciclopédia Católica:

Pela natureza do caso, as encíclicas dirigidas aos bispos de todo o mundo tratam geralmente de assuntos que afetam o bem-estar da Igreja em geral. Condenam alguma forma de erro predominante, apontam perigos que ameaçam a fé ou a moral, exortam os fiéis à constância ou prescrevem remédios para os males previstos ou já existentes.

Algumas das encíclicas muito conhecidas são a Mit brennender sorge, que Pio XI escreveu em 1937, abordando o regime nazista e sua ideologia racista.

Muito importante também é a Humanae Vitae que Paulo VI escreveu em 1968, discutindo a teologia positiva da Igreja Católica em relação à vida humana, exaltando a dignidade da pessoa humana.

Mais recentemente, temos a Redemptor Hominis, de 1979, em que João Paulo II aponta os erros do comunismo ateu.

Ai
nda neste mês, o Papa Francisco deve publicar a encíclica Fratelli Tutti, abordando os temas da fraternidade e da amizade social. Essa é a 299ª encíclica da história da Igreja.

Como forma de conhecer melhor nossa Igreja, é importante que conheçamos esses documentos e sigamos o que neles é proposto.

domingo, 20 de setembro de 2020

“SANTO ANJO DO SENHOR”: MAIS DO QUE UMA ORAÇÃO INFANTIL

Há muito tempo as crianças católicas vêm aprendendo a oração do Santo Anjo do Senhor,  ensinada em casa, pelos pais, nas escolas católicas ou na Igreja. 

É uma oração simples, fácil de ser memorizada, que invoca a intercessão do anjo da guarda. Ela se tornou um elemento básico da cultura católica e vem sendo transmitida de geração em geração.

Por muitos anos, acreditou-se que Santo Anselmo de Cantuária, um monge beneditino que viveu no século XI, fosse o autor da oração. No entanto, estudos recentes concluíram que a oração provavelmente foi composta por Reginaldo de Cantuária, outro monge beneditino que viveu na mesma época que Santo Anselmo.

Independentemente de quem tenha criado a oração, o que temos que ter em mente é a sua riqueza e a sua tradição, que remonta a quase mil anos. A Igreja preservou-a durante todos esses anos por causa de sua verdade simples e profunda. Ela reconhece a existência de nossos anjos da guarda e invoca sua ajuda em nosso tempo de necessidade.

Os anjos da guarda estão aqui para nos proteger, nos guiar e nos levar à vida eterna. Esta não é apenas uma “oração infantil”, mas uma oração que todos deveriam dizer diariamente. 

Essa oração nos lembra que os anjos podem ter um impacto em nossas vidas e estão aqui por causa do amor de Deus por nós, que podemos invocar o seu auxílio e confiar na promessa de Jesus de que os nossos “anjos sempre contemplam o rosto de meu Pai que está nos céus” (Mateus 18:10).

Vamos aproveitar e rezar agora:

Santo Anjo do Senhor,

meu zeloso guardador,

se a ti me confiou a piedade divina,

sempre me rege,

me guarda,

me governa

e me ilumina.

Amém

 

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quinta-feira, 17 de setembro de 2020

A PRIMEIRA EPÍSTOLA DE SÃO PAULO AOS TESSALONICENSES

Em sua segunda viagem missionária, Paulo, Silas e Timóteo chegam pela primeira vez à cidade de Tessalônica, hoje chamada em português Salônica e em grego Thessaloniki. Na atualidade essa é a segunda maior cidade da Grécia.

No período em que ficaram na cidade, Paulo pregou na sinagoga, tendo conseguido a conversão de um grande número de pessoas, lançando as bases de uma das mais importantes comunidades cristãs da época.

Mas eles permaneceram na cidade por pouco tempo, pois os judeus, movidos pela inveja (Atos 17:5), revoltaram a cidade e iniciaram então uma perseguição contra Paulo, acusando-o de traição ao Imperador (Roma dominava a região).

Paulo e Silas fugiram para Beréia, hoje Véria, onde também conseguiram muitas conversões, atraindo novamente a atenção dos judeus de Tessalônica que seguiram para lá para incitar a população. 

Paulo foi obrigado a se separar deles e, por mar, foi a Atenas e em seguida a Corinto, também cidades gregas. 

Em Corinto, encontrou-se com Timóteo, que fora a Tessalônica, de onde trouxe ótimas noticias sobre a fé, esperança, amor e perseverança dos cristãos daquela cidade, mesmo em meio às perseguições sofridas. Paulo, feliz com as notícias, escreveu-lhes então esta carta, ao redor do ano 40.

Nela, Paulo mostra seu carinho pela comunidade. É uma mensagem de ânimo diante da luta do dia a dia; Paulo elogia a perseverança dos cristãos de Tessalônica e dá aos cristãos de hoje uma visão de como vivia uma comunidade nos primeiros tempos do cristianismo.

Na carta, Paulo os chama de ekklesia (igreja, assembléia) , sendo essa a primeira vez que a essa palavra é usada no Novo Testamento.



domingo, 6 de setembro de 2020

DISSE O PAPA: A FOFOCA É PIOR QUE A COVID

No domingo 6 de setembro, durante a oração do Angelus, disse o Papa: "As fofocas fecham o coração da comunidade. O Demônio é o grande fofoqueiro, sempre falando mal dos outros. Ele é um grande mentiroso que procura desunir a Igreja e separar os irmãos. Esforcemo-nos para não fofocar. A fofoca é uma peste pior que a COVID. Façamos um esforço, nada de fofocas"

O Papa também nos orientou a fazer a "correção fraternal" dos irmãos que erram. Pediu que esse seja um hábito saudável, de forma a que se possa sempre manter nas nossas comunidades relações fraternais, baseadas no perdão e sobretudo na força invencível da misericórdia de Deus. 

No mesmo domingo nosso Reitor, o Padre Carlos, tratou do assunto de forma muito feliz, falando-nos do Evangelho do dia,  Mt 18,15-20.

sábado, 5 de setembro de 2020

SÃO JOÃO CRISÓSTOMO, O MAIOR PREGADOR CRISTÃO

São João Crisóstomo nasceu no ano de 347  em, Antioquia, hoje Antáquia, na Turquia; é considerado o maior pregador cristão de todos os tempos.

Muito estudioso, desde  cedo foi atraído pelo chamado de Deus,   vivendo seis anos como eremita, sendo os dois últimos em uma caverna.

Foi ordenado  no ano de 386, permanecendo como padre em Antioquia por doze anos onde ganhou enorme popularidade pela eloquência de suas falas na catedral da cidade, especialmente  sobre passagens da Bíblia e ensinamentos morais.

Enfatizava a caridade e se mostrava sempre preocupado com as necessidades materiais e espirituais dos pobres. Falava também contra o abuso da riqueza e das propriedades pessoais.

No final do ano de 397, foi nomeado arcebispo de Constantinopla, hoje Istambul (na Turquia) que era a capital do império e uma das maiores cidades do mundo. Sempre preocupado com os pobres, ali  fundou hospitais destinados a eles.

Com seus dons de grande pregador, conseguia se fazer entender por todos, inclusive pelas pessoas mais simples; explicava como  a Bíblia poderia ser utilizada para dirigir a vida cotidiana. 
Pregando contra a corrupção, os privilégios e a imoralidade de grande parte dos nobres e do clero, tomou medidas que geraram o afastamento de inúmeros padres e até mesmo de um bispo.

Tudo isso tornava-o cada vez mais querido pelo povo e odiado pelos que criticava, que através de intrigas, conseguiram que o governo o exilasse para uma área remota, onde morreu no ano de 407. Suas últimas palavras foram "Glória a Deus por todas as coisas".

Foi canonizado e proclamado Doutor da Igreja. Além da Igreja Católica, é venerado pelas igrejas Ortodoxa, Anglicana e Luterana. 

É lembrado no dia 13 de setembro.

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

EM SETEMBRO, MÊS DA BÍBLIA, ESTUDEMOS O DEUTERONÔMIO.

Neste ano,  a Igreja no Brasil comemora o Mês da Bíblia fundamentando-se no livro do Deuteronômio, com o lema “Abre tua mão para o teu irmão” (Dt 15,11).

Em função da pandemia, a sugestão da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB é que neste ano a oração, a reflexão e os estudos sejam feitos em família ou grupos de convivência (amigos, colegas de trabalho, círculos bíblicos etc.). 

Uma  sugestão adicional é fazer encontros pelas plataformas que permitem reuniões online - encontros como estes podem ser organizados pelas comunidades e paróquias.

O Deuteronômio é um livro do Antigo Testamento, cuja autoria é atribuída a Moisés, que viveu cerca de 1.400 anos antes de Cristo e que guiado por Deus, liderou a libertação do povo israelita da escravidão no Egito.

Ao longo de 34 capítulos, o livro narra como Moisés conduziu o povo pelo deserto em direção à Terra Prometida, numa jornada que durou 40 anos.

Além de reforçar a importância de seguir os 10 mandamentos, Moisés alerta o povo acerca da importância do amor a Deus, dizendo: "Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, e com todo o teu entendimento” (Dt 6:5). 

Essas palavras foram lembradas por Jesus  conforme dito por Marcos, 12:28-34:
  • Chegou um dos escribas e, tendo ouvido a discussão e vendo que Jesus lhes havia respondido bem, fez-lhe esta pergunta: Qual é o primeiro de todos os mandamentos?

  • Respondeu Jesus: O primeiro é: Ouve, ó Israel, o Senhor é nosso Deus, o Senhor é um só;

  • e amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força.

  • O segundo é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.

  • Disse-lhe o escriba: Na verdade, Mestre, disseste bem que Ele é um; e não há outro senão Ele;

  • e que o amá-lo de todo o coração, de todo o entendimento e de toda a força, e amar ao próximo como a si mesmo, excede a todos os holocaustos e sacrifícios.

  • Vendo Jesus que ele havia falado sabiamente, disse-lhe: Não estás longe do reino de Deus. Ninguém ousava mais interrogá-lo.

Oremos, reflitamos e estudemos!
 .
  

domingo, 23 de agosto de 2020

O QUE FAZER COM IMAGENS DANIFICADAS

O Catecismo da Igreja Católica (nº 1161) ensina que imagens de Jesus, Nossa Senhora, anjos e santos devem ser colocadas nas igrejas, casas e caminhos - a Igreja sempre valorizou essa prática.

Como a maior parte dessas imagens é frágil, é comum que sejam danificadas por acidentes e aqui surge uma dúvida: o que fazer com imagens danificadas? Uma primeira sugestão é tentar restaurá-las.

Quando isso não for viável, é preciso dispor delas e para isso, alguns dizem que se deve jogá-las em rios ou deixá-las em cemitérios ou igrejas. 

No entanto, é mais interessante triturá-las, depositando os resíduos em um jardim ou vaso. Com isso, evita-se que  as imagens sejam desrespeitadas, ao serem jogadas no lixo  ou deixadas em lugar indevido.

Além disso, com o depósito dos resíduos em um jardim ou vaso, estamos ajudando a natureza, fertilizando a terra. 

Assim, deve-se desfazer das imagens danificadas de forma a que o seu valor espiritual e significado religioso não sejam afetados, evitando qualquer sinal de desrespeito.

O Doutor da Igreja São João Damasceno dizia que “a beleza e a cor das imagens estimulam minha oração. É uma festa para os meus olhos...". Uma imagem danificada não  atinge esse objetivo e por isso pode ser dispensada sem nenhum problema.

É interessante relembrar o ataque e a restauração da imagem original de N.S. Aparecida, de que falamos em outro post

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

MUDANÇAS NA FÓRMULA DO BATISMO SÃO VETADAS

Tem se observado recentemente alguns casos em que, no momento do batizado, o padre ou o diácono utiliza a expressão "nós te batizamos" ao invés do tradicional "eu te batizo". 

Isso tem sido feito no sentido de dar ao sacramento um senso de comunidade, mas a Igreja adverte que essa mudança pode tornar o batismo inválido.

O assunto foi discutido pela Congregação para a Doutrina da Fé e submetido ao Papa, que aprovou as conclusões da Congregação e determinou que elas fossem comunicadas a toda a Igreja. 

A Congregação lembra que quem batiza age enquanto sinal-presença da ação de Cristo, e não da comunidade; lembra-nos que o  Concílio Vaticano II afirma: "Quando alguém batiza, é Cristo mesmo que batiza".

Devemos tomar cuidado ao adotar novidades sem muita reflexão. 
 

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

A REGRA DE SÃO BENTO, UM INSTRUMENTO ÚTIL PARA NOSSA VIDA COTIDIANA

São Bento nasceu na cidade de Norcia (Itália) ao redor do ano de 480, e morreu em torno de 547 na Abadia de Monte Cassino, a cerca de 80 km de Nápoles,  abadia essa por ele fundada. 

Foi o  fundador da Ordem de São Bento ou Ordem dos Beneditinos, uma das maiores ordens monásticas do mundo. Foi o criador da Regra de São Bento, um dos mais importantes regulamentos de vida monástica, inspiração de muitas outras comunidades religiosas. Era irmão gêmeo de Santa Escolástica e sua memória é lembrada no dia 11 de julho

A essência da regra está em seu lema, “Pax” (paz) e na  expressão “Ora et labora” (reza e trabalha), mas sua riqueza é detalhada em princípios e critérios esclarecedores e inspiradores, derivados dos Mandamentos da Lei de Deus e da proposta de Jesus nos Evangelhos.

Seguem-se alguns pontos do capítulo 4 da Regra, chamado "Quais são os instrumentos das boas obras", que são aplicáveis não só aos monges e monjas, mas a todos os cristãos: 


Primeiramente, amar ao Senhor Deus de todo o coração, com toda a alma, com todas as forças.

Depois, amar ao próximo como a si mesmo.

Em seguida, não matar.

Não cometer adultério.

Não furtar.

Não cobiçar.

Não levantar falso testemunho.

Não fazer a outrem o que não quer que lhe seja feito.

Reconfortar os pobres.

Vestir os nus.

Visitar os enfermos.

Socorrer na tribulação.

Consolar o que sofre.

Não se afastar da caridade.

Não jurar para não vir a perjurar.

Não retribuir o mal com o mal.

Não fazer injustiça, mas suportar pacientemente as que lhe são feitas.

Não ser soberbo.

Não ser dado ao vinho.

Não ser guloso.

Não ser preguiçoso.

Não ser murmurador.

Colocar toda a esperança em Deus.

O que achar de bem em si, atribuí-lo a Deus e não a si mesmo.

Mas, quanto ao mal, saber que é sempre obra sua e a si mesmo atribuí-lo.

Temer o dia do juízo.

Desejar a vida eterna com toda a cobiça espiritual.

Vigiar a toda hora os atos de sua vida.

Guardar sua boca da palavra má ou perversa.

Não gostar de falar muito.

Não falar palavras vãs ou que só sirvam para provocar riso.

Não gostar do riso excessivo ou ruidoso.

Dar-se frequentemente à oração.

Não satisfazer os desejos da carne.

Não odiar a ninguém.

Não ter ciúmes.

Não exercer a inveja.

Não amar a rixa.

Fugir da vanglória.

Venerar os mais velhos.

Amar os mais moços.

Voltar à paz, antes do pôr-do-sol, com aqueles com quem teve desavença.

E nunca desesperar da misericórdia de Deus.


Sem dúvida, um excelente guia para a vida diária!

Neste outro post, podemos conhecer um pouco mais sobre a medalha de São Bento.