terça-feira, 31 de agosto de 2021

SÃO RAIMUNDO NONATO, O QUE QUASE NÃO NASCEU



Raimundo Nonato é um nome comum no Brasil, especialmente em nosso Nordeste; esse nome homenageia São Raimundo Nonato.

Nonato vem do latim “non natus”, que significa “não nascido” e tem relação com o nascimento do santo: sua mãe faleceu durante o parto, antes mesmo que o bebê viesse à luz, com grave risco de também não resistir; porém o parto pôde ser completado e o pequeno sobreviveu, embora órfão de mãe.

Por essa razão, São Raimundo Nonato, celebrado liturgicamente no dia 31 de agosto, é considerado o padroeiro das mulheres grávidas e das parturientes, além das parteiras e dos recém-nascidos.

Raimundo era filho de nobres da Espanha e veio ao mundo por volta do ano 1200. Tornou-se religioso e foi enviado como missionário para resgatar cristãos escravizados por muçulmanos do norte da África, onde acabou preso e brutalmente torturado. 

Além de ser açoitado, ainda lhe perfuraram os lábios com ferro quente e puseram na sua boca um cadeado cuja chave era mantida pelo governador local. É por isso que as representações do santo costumam mostrá-lo com um cadeado aos lábios.

São Raimundo viveu este suplício durante  oito meses, até ser resgatado por outros religiosos da sua ordem, enviados por São Pedro Nolasco.

De volta à Espanha, foi nomeado cardeal pelo Papa Gregório IX, mas conservou a simplicidade de vida inclusive nas vestes e na sua cela conventual.

Em 31 de agosto de 1240, acometido de intensa febre, partiu deste mundo para os braços de Deus

sábado, 21 de agosto de 2021

REFUGIADOS DA VENEZUELA NO BRASIL



A tragédia que vem ocorrendo no Afeganistão, com a tomada do poder pelo Taleban, embora em escala muito menor, vem acontecendo na vizinha Venezuela.

Milhares de cidadãos daquele país vem procurando refúgio no Brasil, principalmente cruzando a pé a fronteira e entrando no estado de Roraima.

Desde junho de 2019, o Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE) reconhece a situação de “grave e generalizada violação de direitos humanos” no país vizinho; ao final de 2020 mais de 60 mil venezuelanos já haviam se refugiado no Brasil.

Décadas atrás, a Venezuela foi a nação mais rica da América Latina e uma das mais prósperas do mundo. O regime dos ditadores Hugo Chávez e Nicolás Maduro, porém, destruiu a economia venezuelana e lançou nada menos que 96,2% da população à pobreza – e chocantes 79,3% à miséria ou pobreza extrema, condição de quem sobrevive com menos de 1,90 dólar por dia.

Os dados são da Pesquisa Nacional de Condições de Vida 2019-2020, realizada pelo Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Católica Andrés Bello, publicada em junho de 2021.

Em 2017, um dos anos com o maior número de entradas de venezuelanos em busca de socorro no Brasil, chegaram a cruzar a fronteira 6 mil venezuelanos por mês, ou cerca de 200 por dia, conforme dados da Cáritas Brasil informados, à época, em relatório à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Muitos venezuelanos chegaram a Jundiaí e recebem assistência das irmãs Scalabrinianas - Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo, que atendem refugiados provenientes de diversos países.

É um trabalho meritório, que deve receber nosso apoio – afinal, quase todos temos antepassados que vieram para o Brasil em busca de condições dignas de vida.


terça-feira, 10 de agosto de 2021

IRMÃS PAULINAS: 90 ANOS DE BRASIL

 


As religiosas da Pia Sociedade Filhas de São Paulo (Paulinas) estão comemorando 90
 anos de presença no Brasil.

No dia 21 de outubro de 1931, desembarcou no porto de Santos   a primeira missionária paulina a vir para terras brasileiras, a Irmã Dolores Baldi. Em 28 de dezembro do mesmo ano, uniu-se a ela a Irmã Estefanina Cillario. Ambas vieram da Itália e eram muito jovens, na casa dos 20 anos.

A cidade de São Paulo foi o primeiro destino missionário das Paulinas fora da Itália. Fundada em 1915 pelo Bem-Aventurado Tiago Alberione e pela Venerável Irmã Tecla Merlo, essa congregação é o segundo ramo da Família Paulina, iniciada com a fundação da Pia Sociedade de São Paulo (Padres e irmãos Paulinos), que chegou ao Brasil meses antes das Paulinas.  

O primeiro trabalho das missionárias no Brasil começou pela produção editorial de materiais de evangelização e espiritualidade. Atualmente, a Paulinas Editora está entre as maiores editoras católicas do País,

Aos poucos, começaram a surgir jovens vocacionadas para essa missão e a congregação foi se expandindo. No começo, o apostolado da difusão dos livros e revistas era feito pelas irmãs, porta a porta. Então, surgiram as primeiras livrarias que logo se tornaram referência para os católicos.

Em 1934, nasceu a edição brasileira da revista Família Cristã, inspirada na versão italiana, fundada pelo Padre Alberione. As primeiras capas da revista eram importadas da Itália e anexadas no conteúdo, no formato de folheto. A revista era cortada, perfilada e grampeada, em um processo artesanal de acabamento, feito pelas próprias irmãs, e se tornou a revista católica de maior circulação no Brasil.  

As Filhas de São Paulo também se destacaram na produção fonográfica, quando, em 1960, fundaram a gravadora Paulinas-Comep, que lançou grandes nomes da música católica no País, entre os quais o Padre Zezinho. No campo audiovisual, as Paulinas-Multimídia já publicou inúmeros DVDs sobre a vida de santos, shows, documentários e histórias infantis e juvenis.

As Paulinas também desenvolvem um trabalho social há mais de 20 anos no bairro do Grajaú, na periferia da zona Sul de São Paulo, por meio do Centro de Promoção Humana Irmã Tecla Merlo, voltado para o atendimento de crianças, adolescentes e suas famílias.

Atualmente, as Paulinas contam com 186 religiosas que vivem em 18 comunidades da congregação nas cinco regiões do Brasil, onde continuam a missão confiada às primeiras missionárias italianas. 

A trajetória das Paulinas é marcada pelos grandes desafios da modernidade: da composição manual à editoração eletrônica, do vinil à música digital, do telefone à internet, e dos pontos de venda às livrarias virtuais, afirmou a Superiora Provincial das Paulinas no Brasil, Irmã Marlene Konzen.

E, para acompanhar essas evoluções, as Paulinas estão em constante inovação. Desde o início de 2021, a revista Família Cristã passou a ser uma publicação inteiramente digital, reformulada para atender às necessidades das novas gerações. As músicas da Paulinas-Comep também estão disponíveis nas plataformas de streaming. No campo da formação, além dos cursos presenciais, a congregação investe em cursos na modalidade a distância (EAD), nas áreas de Bíblia, Comunicação e Catequese.

Além das 31 livrarias físicas espalhadas pelo Brasil, a Paulinas conta com uma livraria virtual que, especialmente no período da pandemia, expandiu seu alcance. 

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

SANTO ESTEVÃO, REI DA HUNGRIA


Estêvão I (975 - 1038) foi o primeiro rei da Hungria, tendo recebido sua coroa do Papa Silvestre II.

Embora seus pais tenham sido batizados, Estêvão foi o primeiro membro de sua família a se tornar cristão devoto, tendo trabalhado muito para a difusão do cristianismo e pelo estabelecimento de pelo menos um arcebispado, seis bispados e três mosteiros beneditinos.

A Hungria, que desfrutou de um período duradouro de paz durante seu reinado, tornou-se a rota preferida para peregrinos e mercadores que viajavam entre a Europa Ocidental e a Terra Santa.

Morreu em 15 de agosto de 1038 e foi enterrado em na basílica que construiu em Székesfehérvár, dedicada à Virgem Maria.

Foi canonizado em 1083 pelo Papa Gregório VII, junto com seu filho Américo e com o bispo Gerardo Sagredo, que foi martirizado por pagãos que, após a morte de Estevão, queriam que a Hungria deixasse de ser cristã.

Estêvão é um santo popular na Hungria e nos territórios vizinhos. Na Hungria, seu dia de festa (20 de agosto) é também feriado comemorativo da fundação do Estado.