Disse o Senhor à sua serva Santa Faustina Kowalska: “As almas que divulgam o culto da Minha Misericórdia, Eu as defendo por toda a vida como uma terna mãe defende o seu filhinho e, na hora da morte, não serei para elas Juiz, mas sim, Salvador misericordioso”. Foi a esta santa que Jesus revelou o desejo de instituir a festa da Divina Misericórdia.
Santa Faustina nasceu na Polônia em 1905; de família pobre, ajudava em casa com as tarefas da cozinha, ordenhando as vacas e cuidando de seus irmãos. Frequentou a escola por apenas três trimestres, porque os alunos mais velhos tiveram que sair para dar lugar às crianças mais novas.
Aos 15 anos, começou a trabalhar como empregada doméstica e sentiu fortemente o chamado à vocação religiosa. Contou esta inquietude a seus pais em várias ocasiões, mas eles se opuseram - assim, entregou-se às vaidades da vida, sem fazer caso do chamado que experimentava, até que escutou a voz de Jesus que lhe pediu para deixar tudo e ir a Varsóvia, capital da Polônia, para entrar em um convento.
Viajou sem despedir-se de seus pais, levando apenas um vestido. Lá, falou com um sacerdote, o qual conseguiu para ela hospedagem na casa de uma paroquiana.
Bateu à porta de vários conventos, mas era sempre rejeitada; acabou sendo recebida na sede da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia, mas antes teve que trabalhar como doméstica durante um ano, para pagar seu ingresso.
Poucas semanas depois, teve a tentação de deixar o convento, mas teve uma visão na qual Jesus apareceu com seu rosto destroçado e coberto de chagas. Ela perguntou: “Jesus, quem te feriu tanto?”. O Senhor respondeu: “Esta é a dor que você me causaria ao deixar este convento. É para aqui que te chamei e não para outro lugar; e tenho preparadas para ti muitas graças”.
Ali permaneceu, tomou o hábito religioso e pronunciou seus votos. Entre suas irmãs, serviu como cozinheira, jardineira e até mesmo porteira.
A esta simples mulher, piedosa, mas também alegre e caritativa, Jesus apareceu em diversas ocasiões mostrando-lhe o seu infinito amor misericordioso pela humanidade. Essas aparições foram registradas por Faustina em seu diário, onde relatou ter recebido instruções de Jesus, para que desse a conhecer ao mundo a Sua Misericórdia e também a devoção do Terço da Misericórdia.
A pedido de Santa Faustina e de seu confessor, o Padre Michael Sopoćko, o famoso pintor polonês Eugeniusz Marcin Kazimirowski pintou em 1934 o primeiro quadro mostrando Jesus no contexto da Divina Misericórdia - a imagem ao lado é uma reprodução desse quadro.
Em 5 de outubro de 1938, após longos sofrimentos suportados com grande paciência, partiu para a Casa do Pai. No ano 2000, foi canonizada pelo seu compatriota João Paulo II, que estabeleceu o segundo domingo de Páscoa como “Domingo da Divina Misericórdia”; João Paulo II, em Maio de 2000, instituiu a Festa da Divina Misericórdia, decretando que a partir de então o segundo Domingo da Páscoa se passasse a chamar "Domingo da Divina Misericórdia".
A Igreja recomenda-nos recitar o Terço da Misericórdia, na forma aqui descrita.
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