sexta-feira, 21 de setembro de 2018

A ESTRELA DO ORIENTE, O NASCIMENTO DE JESUS E NOSSA MISSÃO

Falando à Rádio Aparecida, o missionário redentorista, Padre Lucas Emanuel explica a uma ouvinte a passagem do evangelho de São Mateus (2;1,2) em que se fala da Estrela do Oriente:  

"E, tendo nascido Jesus em Belém de Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém, 
dizendo: onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos a adorá-lo."

Diz o Padre que, no nascimento de Jesus, essa estrela foi a guia que levou os três reis magos até o Menino Jesus. Diz também que “aproveitando esse grande sinal que guia até Jesus, nós podemos entender também a nossa missão do mundo como um apontar para Jesus. Devemos nos esforçar para que, conhecendo Jesus, possamos leva-Lo àqueles que estão ao nosso redor".



A fala completa do Padre Lucas pode ser ouvida aqui.

SETEMBRO, MÊS DA BÍBLIA

Setembro foi escolhido pela Igreja Católica como mês da Bíblia porque no dia 30 recorda-se São Jerônimo, que nasceu no ano 340 e morreu em 420. 

É de São Jerônimo a tradução dos textos bíblicos para o Latim, que naquela época era a língua mais falada do mundo e ainda hoje é a língua oficial da Igreja.

São Jerônimo é representado frequentemente ao lado de um leão; há duas explicações para isso:  uma delas é que quando estava em uma caverna com outros monges trabalhando na tradução da Bíblia,  apareceu um leão com uma pata ferida. Todos fugiram, menos São Jerônimo, que foi até o animal e viu que sua pata estava cheia de espinhos; rapidamente o santo ganhou a confiança do felino, tirou-lhe os espinhos e curou-lhe as feridas. A partir de então, o leão tornou-se um animal de estimação de São Jerônimo, acompanhando-o por todos os lugares. 

Outra versão diz que o  animal simboliza o próprio Jesus Cristo, por causa de sua majestade, força e serenidade. Jesus é chamado de o 'Leão da Tribo de Judá', e que São Jerônimo, ao traduzir a Palavra de Deus para uma linguagem popular, tornou os ensinamentos de Jesus mais acessíveis ao povo.

No Brasil, o mês da Bíblia começou em 1971, e a cada ano, a CNBB propõe um livro para ser lido e aprofundado durante o mês de setembro - em 2018, o livro escolhido foi o da Sabedoria, que  possui 19 capítulos. É frequentemente atribuído a Salomão, porém estudos indicam que foi escrito por um judeu (ou um grupo de judeus) de Alexandria nos últimos decênios do séc I antes de Cristo - foi o último livro do Antigo Testamento a ser escrito.

Alexandria era um importante centro político e cultural grego, e contava com cerca de 200.000 judeus entre seus habitantes. A cultura grega, com suas filosofias, costumes e cultos religiosos, além da hostilidade que, às vezes, incluía perseguição aberta, constituíam uma ameaça constante à fé e à cultura do povo judaico que habitava no Egito. Para não serem marginalizados da sociedade, muitos deixavam os costumes e até mesmo a fé, perdendo a própria identidade para se conformar a uma sociedade idólatra e injusta. 

O autor enfrenta essa situação, escrevendo um livro que procura de todos os modos reforçar a fé e ativar a esperança, relembrando o patrimônio histórico-religioso dos antepassados. Ele ensina a verdadeira sabedoria que conduz a uma vida justa e à felicidade. Não se trata da cultura que se conquista pelo pensamento, mas da sabedoria que vem de Deus, opondo-se à idolatria e à vida injusta que nasce dela. Esta sabedoria divina guia o povo de Deus, revelando que a verdadeira felicidade pertence aos amigos de Deus. Em outras palavras, o autor quer mostrar que a sabedoria ou senso de realização da vida não é apenas um fruto do esforço do homem, mas é em primeiro lugar um dom que Deus concede  aos seus filhos.

O jornal "O São Paulo", da Arquidiocese de São Paulo nos traz um uma interessante e útil matéria sobre a leitura da Bíblia


segunda-feira, 17 de setembro de 2018

COSME E DAMIÃO, SANTOS E IRMÃOS

No próximo dia 26 de setembro comemora-se o dia dos Santos Cosme e Damião.

Nascidos em Egéia, situada na atual Turquia, por volta do ano 260, eram gêmeos, filhos de família nobre. Sua mãe, Teodata, transmitiu-lhes a fé cristã. Os irmãos  foram estudar na Síria, na época, um grande centro de estudos; lá, estudaram medicina. Tornaram-se médicos famosos, não só pela sua competência mas pela  caridade para com os doentes.

Por causa da profunda formação cristã que tiveram, os irmãos, vivendo num mundo paganizado, decidiram atrair as pessoas para Jesus Cristo através do exercício da medicina, dando aos seus pacientes não apenas tratamento, mas amor e caridade, sem cobrar por seus serviços.   Eles queriam curar as pessoas no corpo e na alma, levando a elas também os ensinamentos e a salvação de Jesus Cristo. Por este motivo, São Cosme e São Damião são os padroeiros dos médicos, das faculdades de medicina e dos farmacêuticos.

Por volta do ano 300, enquanto trabalhavam e ensinavam em nome de Jesus, o imperador Diocleciano lançou uma grande perseguição contra os cristãos, o que levou Cosme e Damião a serem presos e  levados a um tribunal.  Lá, foram acusados de feitiçaria, por curarem os doentes e de pregarem uma seita proibida.

Ao serem questionados sobre isso, responderam: "Nós curamos as doenças em nome de Jesus Cristo, e pelo seu poder. Ele é o Filho de Deus que veio a este mundo para salvar e para curar". No tribunal, foi exigido deles que renunciassem à fé em Jesus Cristo e começassem a falar aos pacientes sobre os deuses romanos. Eles se recusaram, não renunciaram aos princípios do Evangelho e por isso foram duramente torturados e  condenados à morte por apedrejamento e flechadas. 

Tudo foi preparado, então, para a execução da pena. A pena foi executada por carrascos experientes. Os irmãos, porém, não morreram. Então, o juiz ordenou que fossem queimados em praça pública. Executaram a sentença, mas o fogo não os atingiu. Cosme e Damião não paravam de louvar a Deus por estarem sendo dignos de sofrerem por Jesus Cristo. Os pacientes que eram atendidos por eles, que ainda não tinham se convertido, se converteram ao verem essas coisas. Os soldados decidiram afogar os dois, mas eles foram salvos por anjos. Por fim, a mando do juiz, os torturadores lhes cortaram as cabeças. Cosme e Damião  tinham três irmãos, Antimo, Leôncio e Euprepio, que também morreram como mártires com eles. 

Cosme e Damião foram sepultados pelos pacientes que tinham sido curados por eles. Mais tarde, seus restos mortais foram transladados para uma basílica dedicada a eles (foto ao lado), construída pelo Papa Felix IV ao redor do ano 530 em local antes ocupado por um templo pagão, em Roma. Lá e em toda a Igreja, eles são venerados como santos mártires, ou seja, morreram por testemunharem sua fé em Jesus Cristo e não renegarem esta fé.  

domingo, 9 de setembro de 2018

MADRE TERESA DE CALCUTÁ E A GOTA DE ÁGUA LIMPA


Em 1979, logo após receber o Prêmio Nobel da Paz, a Madre Teresa de Calcutá falou com um jornalista que lhe fez uma pergunta provocadora:
– A senhora tem setenta anos. Quando a senhora morrer, o mundo vai ser como antes. O que mudou depois de tanto esforço?
A Madre Teresa então lhe respondeu:
– Veja, eu nunca pensei que poderia mudar o mundo. Eu só tentei ser uma gota de água limpa em que pudesse brilhar o amor de Deus. Você acha pouco?
O repórter não conseguiu responder. No silêncio que se seguiu,  Madre Teresa retomou a palavra e disse ao repórter:
– Tente ser você também uma gota limpa e, assim, seremos dois. Você é casado?
– Sim, madre.
– Peça também à sua esposa, e assim seremos três. Tem filhos?
– Três filhos, madre.
– Peça também aos seus três filhos e assim seremos seis.
É uma lição extremamente simples e prática. Para torná-la realidade, basta a vontade.

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

CRISTO REDENTOR, MONUMENTO SÍMBOLO DE NOSSO PAÍS

Diz a tradição que, na década de 1850, o padre lazarista francês Pedro Maria Boss (foto ao lado), Capelão do Colégio Imaculada Conceição, no Rio de Janeiro, teria lançado a ideia de se construir uma estatua de Jesus Cristo no alto de um dos morros cariocas. 

A Princesa Isabel teria gostado da sugestão, mas nada foi feito para torná-la realidade até 1912, quando o Cardeal Dom Joaquim Arcoverde (que era irmão do Dr. Cavalcanti, que foi prefeito de Jundiaí), passou a trabalhar para concretizar a ideia. Arcoverde foi o primeiro Cardeal brasileiro.

Uma organização chamada Círculo Católico sugeriu três locais para a  estátua: o Corcovado, o Pão de Açúcar e o Morro de Santo Antônio, (que foi  quase todo demolido posteriormente, restando apenas uma pequena parte dele, onde fica o Convento de Santo Antônio, no Largo da Carioca, centro do Rio). A organização passou também a coletar fundos para a construção.

O Cardeal Arcoverde criou uma comissão para escolher o melhor projeto - o escolhido foi o de  Heitor da Silva Costa. A concepção inicial do monumento, que previa a imagem de Jesus  empunhando em suas mãos um globo e uma cruz, foi substituída pela imagem de Cristo que conhecemos, e que traz em suas linhas, o simbolismo da cruz; a capa da revista "Eu Sei Tudo", mostrada ao lado, traz a ideia inicial. 

Em 1924, Heitor da Silva Costa embarcou para a Europa, com a finalidade de escolher um especialista em estatuária para iniciar os trabalhos; foi escolhido  o artista francês, de origem polonesa, Paul Landowsky.

A imagem abaixo mostra um aspecto da construção e a obra finalizada - uma curiosidade, é que a cabeça foi a primeira peça a ser colocada.

Todo o dinheiro gasto na construção foi obtido através de doações; a obra, iniciada em 1926, foi inaugurada em 12 de agosto de 1931. A imagem tem 38 metros de altura, pesa 1145 toneladas e está a 710 metros do nível do mar.

O monumento é um dos marcos de nosso país e símbolo de nossa formação cristã.