segunda-feira, 15 de abril de 2019

COBRIR AS IMAGENS NA SEMANA SANTA?


É um costume muito antigo da Igreja cobrir com panos roxos as cruzes, quadros e imagens sacras, a partir do quinto Domingo da Quaresma, também chamado de Primeiro Domingo da Paixão – esse é o domingo que antecede o Domingo de Ramos. A tradição prevê também que, após a Missa da Ceia do Senhor na Quinta-Feira Santa, sejam retiradas também as toalhas do altar.


A cruz coberta lembra-nos a humilhação de   Jesus Cristo, que teve de ocultar-se para não ser apedrejado pelos judeus, como nos relata o Evangelho de São João: “Os judeus pegaram pela segunda vez em pedras para o apedrejar. Disse-lhes Jesus: Tenho-vos mostrado muitas obras boas da parte de meu Pai. Por qual dessas obras me apedrejais? (…). Procuraram então prendê-lo, mas ele se esquivou das suas mãos. Ele se retirou novamente para além do Jordão, para o lugar onde João começara a batizar, e lá permaneceu” (Jo 10, 31 -32 e 39-40).

O ato de cobrir as imagens sacras, também chamado “velatio”, representa o luto pelo sofrimento de Jesus Cristo, procurando fazer com que os fiéis reflitam sobre esse tema e em suas implicações para nossa vida.

Antes da reforma litúrgica promovida pelo Concílio Vaticano II era obrigatório cobrir todas as cruzes e imagens; hoje     isso não é obrigatório – segundo o  Missal Romano, há várias hipóteses:   pode-se cobrir as imagens ou não as cobrir; se forem cobertas, devem permanecer assim desde a tarde do sábado anterior ao V Domingo da Quaresma, até ao começo da Vigília Pascal.

De novo vale lembrar que a Igreja considera importante não o cobrir as imagens, mas sim a nossa atitude nesse tempo. 

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