domingo, 1 de setembro de 2019

EM 15 DE SETEMBRO LEMBRAMOS NOSSA SENHORA DAS DORES

Nossa Senhora das Dores ou Mater Dolorosa (Mãe Dolorosa) é um dos vários títulos que a Virgem Maria recebeu ao longo da história. Este título em particular refere-se às sete dores que Nossa Senhora sofreu ao longo de sua vida terrestre, principalmente nos momentos da Paixão de Cristo.

Essas dores foram:

1. A profecia de Simeão sobre os sofrimentos de Jesus (Lucas, 2, 34-35);

2. A fuga da Sagrada Família para o Egito (Mateus, 2, 13-21);

3. O desaparecimento do Menino Jesus durante três dias (Lucas, 2, 41-51);

4. O encontro de Maria e Jesus a caminho do Calvário (Lucas, 23, 27-31);

5. O sofrimento e morte de Jesus na cruz (João, 19, 25-27);

6. O recebimento do corpo do filho tirado da cruz (Mateus, 27, 55-61);

7. O sepultamento do corpo de Jesus no Santo Sepulcro (Lucas, 23, 55-56).

Nossa Senhora das Dores é representada com um semblante de dor e sofrimento, tendo sete espadas ferindo seu  coração.  

Ela é também representada com uma expressão sofrida diante da cruz, contemplando o filho morto. Ela ainda é representada segurando Jesus morto nos braços, depois de seu corpo ser descido da cruz, inspirando assim a Pietá, uma das mais famosas esculturas do mundo,  obra de Michelangelo que está na Basílica de São Pedro, no Vaticano; a obra foi esculpida entre 1498 e 1499.

Essa escultura inspirou uma designação alternativa a Nossa Senhora das Dores: Nossa Senhora da Piedade. Em nossa Diocese, há uma paróquia dedicada a Ela,  na cidade de Cabreúva, onde há uma imagem do século XVIII.  

Foi aos pés da cruz, que Maria recebeu  a missão de ser a Mãe de todos homens e  Mãe da Igreja, quando Jesus lhe disse: " Mãe, eis aí o teu filho" - a palavra "filho" representa todos os fiéis. Nesse mesmo momento  Jesus disse a São João, que ali representava a todos nós: "Filho, eis aí tua mãe". É por isso que a devoção a Nossa Senhora se reveste de grande importância para todos os cristãos.

O culto a Nossa Senhora das Dores iniciou-se no ano 1221 no Mosteiro de Schönau, na  Alemanha, tendo se popularizado a partir de 1239 através do trabalho dos membros da Ordem dos Servos de Maria, uma ordem profundamente mariana que à época se concentrava em Florença, na Itália.

Foi daí que se originou o hino medieval chamado Stabat Mater Dolorosa (Estava a Mãe Dolorosa), uma versão maravilhosa do qual, com legendas, pode ser vista e ouvida aqui

O hino foi composto no século XIII durante o auge da devoção franciscana ao Jesus crucificado e foi atribuído ao papa Inocêncio III, a São Boaventura, ou mais comumente, a Jacopone da Todi (1230-1306), que é considerado pela maioria como o autor real.








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