Angelo Giuseppe Roncalli, o Papa São João XXIII, nasceu na Itália em 1881 e foi ordenado sacerdote em 1904.
Quando bispo, trabalhando como diplomata na Turquia, ajudou a salvar centenas de judeus perseguidos pelo nazismo durante a Segunda Guerra Mundial ao lhes conceder o “visto de trânsito” da Delegação Apostólica (Embaixada do Vaticano).
Em 1958, com a morte do Papa Pio XII, foi eleito ao Trono de Pedro e não demorou a ser apelidado de “Papa Bom”, graças ao seu enorme carisma e bom humor, além, obviamente, da bondade e generosidade pelas quais já era vastamente conhecido.
Em seu comprometimento com o diálogo entre os povos e com a missão católica de testemunhar o Evangelho em todos os âmbitos da vida humana, convocou o Concílio Vaticano II para discutir como a pastoral da Igreja precisaria responder aos desafios de um mundo em aceleradas transformações sociais.
São inúmeros os casos em que demonstrou sua alegria e bom humor: em uma ocasião, recebeu o rabino de Roma e, após a reunião, o acompanhou até a porta da sala de audiências. O rabino então cedeu a passagem para que o Papa saísse antes, mas São João XXIII, fazendo educadamente o gesto de deixá-lo ir à frente, respondeu em tom solene: “Primeiro o Antigo Testamento!”. Em outra ocasião, um grupo de freiras se apresentou a ele informando que eram as irmãs de São José. O Papa respondeu na hora: “Como estão bem conservadas!”.
São João XXIII faleceu em 3 de julho de 1963, foi beatificado por São João Paulo II no Jubileu do Ano 2000 e canonizado pelo Papa Francisco em abril de 2014. Sua festa litúrgica é celebrada em 11 de outubro.