sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

A PASTA DO PAPA FRANCISCO

Estão se tornando comuns fotos do Papa, embarcando para suas viagens, carregando uma pasta, similar às usadas por profissionais.  Essa pasta é a mesma que o Papa, quando era arcebispo de Buenos Aires, usava quando andava de ônibus e metrô naquela cidade.

A curiosidade de todos sobre a pasta foi satisfeita quando em 2013, voando do Rio de Janeiro para Roma, um jornalista perguntou-lhe o que carregava nela.  O Santo Padre respondeu com muito bom-humor (como sempre!):

“Não tenho a chave da bomba atômica! Eu sempre fiz isso. Quando viajo, levo minhas coisas. E, dentro, o que tem? Um barbeador, um breviário, uma agenda, um livro para ler -  sobre Santa Teresinha. Sou devoto de Santa Teresinha.”

Perguntado também sobre o fato de ele próprio carregar a bagagem (algo inédito entre os papas), Francisco respondeu: 


“Eu sempre carreguei minha maleta. É normal. Nós temos que ser normais (…). Temos de nos habituar a sermos normais, à normalidade da vida.”


Um fato aparentemente de pouca importância, mas que mostra a grandeza de Francisco.  

sábado, 16 de fevereiro de 2019

DE ONDE VEM A EXPRESSÃO "HOSANA"?

"Hoshana" (הושענא) é uma palavra hebraica que significa "salve-nos, por favor" e que até hoje é utilizada na liturgia judaica.

Entre os cristãos, há o registro da expressão "Hosana! Bendito é aquele que vem em nome do Senhor!(Mateus 21:8 e 9), utilizada por aqueles que saudavam Jesus quando de sua entrada em Jerusalém no que hoje chamamos Domingo de Ramos. Tristemente,   não demoraria muito para que a mesma multidão instigada pelos inimigos de Jesus dissesse a Pôncio Pilatos: “Crucifica-o”.

De qualquer forma, a expressão incorporou-se aos rituais cristãos, sendo utilizada até hoje, também como "Hosana nas alturas", sendo uma forma de adoração e pedido pela salvação. 

Em inglês, a expressão Hosana nas Alturas é traduzida por "Hosanna in the highest"; em italiano, "Osanna nelle alture".

sábado, 9 de fevereiro de 2019

A IGREJA CATÓLICA É UM CONJUNTO DE IGREJAS

Poucos sabem, mas a  Igreja Católica é atualmente constituída por um conjunto de Igrejas autônomas, sendo uma comunhão  de 24 Igrejas, uma  ocidental e 23 orientais.
O ramo ocidental, a que pertencemos, é representado pela tradição latina da Igreja Católica Apostólica Romana, guiada pelo Papa Francisco. É chamado “ocidental” por conta da localização geográfica de Roma e não porque a sua presença se restrinja a países do Ocidente; na verdade, a Igreja Católica de rito romano está presente no mundo inteiro e tem dioceses em todos os continentes, de Portugal ao Japão, do Brasil à Rússia, de Angola à China, do Canadá à Nova Zelândia.
As Igrejas católicas orientais também têm fiéis espalhados pelo mundo, mas, por razões históricas, estão mais fortemente presentes nos lugares onde surgiram. Possuem tradições culturais, teológicas e litúrgicas diferentes, bem como estrutura e organização territorial própria, mas professam a mesma doutrina e fé católica, mantendo-se, portanto, em comunhão completa entre si e com a Santa Sé.
Todas as 24 Igrejas que compõem a Igreja Católica   são autônomas para legislar de modo independente a respeito de seu rito e da sua disciplina, mas não a respeito dos dogmas, que são universais e comuns a todas elas e garantem a sua unidade de fé – formando, na essência, uma única Igreja Católica obediente ao Santo Padre, o Papa, que a todas preside.

A legislação de cada Igreja   é estudada e aprovada pelo seu respectivo sínodo, ou seja, pela reunião dos seus bispos sob a presidência do seu arcebispo-maior ou patriarca. Por exemplo, a Igreja Melquita é presidida pelo Patriarca Youssef I Absi (à esquerda); a Igreja Greco-Católica Ucraniana, pelo Arcebispo-Maior Dom Sviatoslav Shevchuk (à direita). O rebanho dos fiéis católicos de rito latino é guiado diretamente pelo Papa Francisco, bispo de Roma, que é também o líder de toda a grande comunhão da Igreja Católica em suas diversas tradições.
É muito comum até hoje, em especial no Ocidente, confundir a Igreja Católica com o rito latino, um erro que vem acontecendo há séculos e que, ao longo da história, já causou sérios prejuízos aos católicos de ritos orientais. O que é preciso entender é que todos os católicos latinos são, obviamente, católicos; mas nem todos os católicos são católicos latinos. E esta é mais uma das tantíssimas riquezas do infinito tesouro da Igreja que é Una, Santa, Católica e Apostólica!
Mais informações e a lista completa das 23 igrejas orientais podem ser encontradas aqui.
A foto abaixo, mostra o Papa Francisco em visita ao Patriarca Tawadros II, que dirige a Igreja Ortodoxa Copta, que tem sede no Egito. 


sábado, 2 de fevereiro de 2019

A CRUZ É REPRESENTADA DE DIVERSAS FORMAS

Ao longo da história da Igreja, os cristãos representaram  a cruz de maneiras diferentes. Em cada caso, a cruz foi concebida com traços particulares, que expressam sentidos espirituais específicos. O tipo de cruz mais comum é a a chamada Cruz Latina, que aparece ao lado, semelhante àquele em que Jesus foi crucificado.

Neste post mostraremos alguns outros tipos  de cruz que vem sido usadas ao longo dos séculos pelos cristãos de todo o mundo.

À esquerda, está a Cruz Papal, utilizada nas representações oficiais do papado, e que tem três braços, para lembrar-nos que Cristo é sacerdote, profeta e rei.

À direita vemos a Cruz Celta (ou Cruz Céltica), muito usada entre os católicos irlandeses - é a Cruz Latina à   frente de um círculo. Embora sua origem seja desconhecida, muitos a vinculam a São Patrício e afirmam que ele a introduziu como uma maneira de converter os pagãos. A cruz é desenhada como se estivesse em frente ao sol, que os pagãos adoravam, mostrando a supremacia de Cristo sobre o mundo natural. Além disso, assinala Cristo como a fonte de luz e vida. Às vezes é chamada de Cruz do Sol.

A Cruz de São Pedro foi baseada na história da crucificação de Pedro, que não se julgando digno de ser crucificado como Cristo, pediu que o fosse de cabeça para baixo. Por essa razão, essa cruz é freqüentemente usada para representar a humildade. Às vezes, é usada em referência ao papa, que é o sucessor de São Pedro. De forma similar, surgiu a  Cruz de Santo André (à direita), frequentemente usada em bandeiras nacionais, como a da Inglaterra e simboliza o tipo de cruz em que Santo André Apóstolo foi crucificado. Diz-se que Santo André também pediu para ser crucificado neste tipo de cruz porque ele se sentia indigno de ser crucificado da mesma maneira que Cristo o foi.

Para encerrar, Cruz Bizantina, ou Cruz Ortodoxa, até hoje usada por esses católicos.  A barra superior da cruz representa a placa pregada no topo da cruz por Pilatos (Jesus de Nazaré, rei dos judeus). A segunda barra representa o braço horizontal em que as mãos de Jesus foram pregadas. A terceira barra representa o apoio para os pés que teria sido usado como suporte para os pés de Jesus e é inclinado para cima de um lado em reconhecimento de que ao bom ladrão crucificado à direita de Jesus foi concedido o céu.