A Igreja Católica sempre teve um papel muito importante na formação de nossa cultura, inclusive na área musical, como mostra a história de Guido, um monge beneditino que nasceu em Arezzo no ano de 992 - as fotos ao lado mostram a casa onde nasceu, na qual está afixada uma placa da qual constam os dizeres "aqui nasceu e viveu o Monge Guido".
Sempre dedicado à música, Guido que vivia em um mosteiro em Pomposa, cidade próxima a Ferrara, Itália, por volta de 1025 publicou o Micrologus, um livro sobre música, amplamente utilizado durante a Idade Média.
O objetivo do monge era tornar mais fácil o canto durante as cerimônias litúrgicas, sem que os cantores precisassem necessariamente saber de cor a letra e a melodia das músicas.
No livro, Guido expunha seu método, que incluía o que hoje conhecemos como notas musicais, e deu nome a elas: ut – re – mi – fa – sol – la – si (Giovanni Battista Doni, um estudioso de música, mudaria ut por dó no século XVIII).
Guido atribuiu os nomes às notas tomando como base os primeiros versos do hino Ut Queant Laxis, dedicado a São João Batista, e escrito ao redor do ano 750 pelo beneditino Paulo, conhecido como "O Diácono", que foi também um importante historiador:
UT queant laxis
REsonare fibrisMIra gestorum
FAmuli tuorum
SOLve polluti
LAbii reatum
Sancte Iohannes
Que pode ser traduzido como "Para que os servos possam, com suas vozes soltas, ressoar as maravilhas de vossos atos, limpa a culpa do lábio manchado, ó São João!"
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