Diz a tradição que, na década de 1850, o padre lazarista francês Pedro Maria Boss (foto ao lado), Capelão do Colégio Imaculada Conceição, no Rio de Janeiro, teria lançado a ideia de se construir uma estatua de Jesus Cristo no alto de um dos morros cariocas.
A Princesa Isabel teria gostado da sugestão, mas nada foi feito para torná-la realidade até 1912, quando o Cardeal Dom Joaquim Arcoverde (que era irmão do Dr. Cavalcanti, que foi prefeito de Jundiaí), passou a trabalhar para concretizar a ideia. Arcoverde foi o primeiro Cardeal brasileiro.
Uma organização chamada Círculo Católico sugeriu três locais para a estátua: o Corcovado, o Pão de Açúcar e o Morro de Santo Antônio, (que foi quase todo demolido posteriormente, restando apenas uma pequena parte dele, onde fica o Convento de Santo Antônio, no Largo da Carioca, centro do Rio). A organização passou também a coletar fundos para a construção.
O Cardeal Arcoverde criou uma comissão para escolher o melhor projeto - o escolhido foi o de Heitor da Silva Costa. A concepção inicial do monumento, que previa a imagem de Jesus empunhando em suas mãos um globo e uma cruz, foi substituída pela imagem de Cristo que conhecemos, e que traz em suas linhas, o simbolismo da cruz; a capa da revista "Eu Sei Tudo", mostrada ao lado, traz a ideia inicial.
Em 1924, Heitor da Silva Costa embarcou para a Europa, com a finalidade de escolher um especialista em estatuária para iniciar os trabalhos; foi escolhido o artista francês, de origem polonesa, Paul Landowsky.
A imagem abaixo mostra um aspecto da construção e a obra finalizada - uma curiosidade, é que a cabeça foi a primeira peça a ser colocada.
Todo o dinheiro gasto na construção foi obtido através de doações; a obra, iniciada em 1926, foi inaugurada em 12 de agosto de 1931. A imagem tem 38 metros de altura, pesa 1145 toneladas e está a 710 metros do nível do mar.
O monumento é um dos marcos de nosso país e símbolo de nossa formação cristã.
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