Setembro foi escolhido pela Igreja Católica como mês da Bíblia porque no dia 30 recorda-se São Jerônimo, que nasceu no ano 340 e morreu em 420.
É de São Jerônimo a tradução dos textos bíblicos para o Latim, que naquela época era a língua mais falada do mundo e ainda hoje é a língua oficial da Igreja.
É de São Jerônimo a tradução dos textos bíblicos para o Latim, que naquela época era a língua mais falada do mundo e ainda hoje é a língua oficial da Igreja.
São Jerônimo é representado frequentemente ao lado de um leão; há duas explicações para isso: uma delas é que quando estava em uma caverna com outros monges trabalhando na tradução da Bíblia, apareceu um leão com uma pata ferida. Todos fugiram, menos São Jerônimo, que foi até o animal e viu que sua pata estava cheia de espinhos; rapidamente o santo ganhou a confiança do felino, tirou-lhe os espinhos e curou-lhe as feridas. A partir de então, o leão tornou-se um animal de estimação de São Jerônimo, acompanhando-o por todos os lugares.
Outra versão diz que o animal simboliza o próprio Jesus Cristo, por causa de sua majestade, força e serenidade. Jesus é chamado de o 'Leão da Tribo de Judá', e que São Jerônimo, ao traduzir a Palavra de Deus para uma linguagem popular, tornou os ensinamentos de Jesus mais acessíveis ao povo.

No Brasil, o mês da Bíblia começou em 1971, e a cada ano, a CNBB propõe um livro para ser lido e aprofundado durante o mês de setembro - em 2018, o livro escolhido foi o da Sabedoria, que possui 19 capítulos. É frequentemente atribuído a Salomão, porém estudos indicam que foi escrito por um judeu (ou um grupo de judeus) de Alexandria nos últimos decênios do séc I antes de Cristo - foi o último livro do Antigo Testamento a ser escrito.
Alexandria era um importante centro político e cultural grego, e contava com cerca de 200.000 judeus entre seus habitantes. A cultura grega, com suas filosofias, costumes e cultos religiosos, além da hostilidade que, às vezes, incluía perseguição aberta, constituíam uma ameaça constante à fé e à cultura do povo judaico que habitava no Egito. Para não serem marginalizados da sociedade, muitos deixavam os costumes e até mesmo a fé, perdendo a própria identidade para se conformar a uma sociedade idólatra e injusta.
Alexandria era um importante centro político e cultural grego, e contava com cerca de 200.000 judeus entre seus habitantes. A cultura grega, com suas filosofias, costumes e cultos religiosos, além da hostilidade que, às vezes, incluía perseguição aberta, constituíam uma ameaça constante à fé e à cultura do povo judaico que habitava no Egito. Para não serem marginalizados da sociedade, muitos deixavam os costumes e até mesmo a fé, perdendo a própria identidade para se conformar a uma sociedade idólatra e injusta.
O autor enfrenta essa situação, escrevendo um livro que procura de todos os modos reforçar a fé e ativar a esperança, relembrando o patrimônio histórico-religioso dos antepassados. Ele ensina a verdadeira sabedoria que conduz a uma vida justa e à felicidade. Não se trata da cultura que se conquista pelo pensamento, mas da sabedoria que vem de Deus, opondo-se à idolatria e à vida injusta que nasce dela. Esta sabedoria divina guia o povo de Deus, revelando que a verdadeira felicidade pertence aos amigos de Deus. Em outras palavras, o autor quer mostrar que a sabedoria ou senso de realização da vida não é apenas um fruto do esforço do homem, mas é em primeiro lugar um dom que Deus concede aos seus filhos.
O jornal "O São Paulo", da Arquidiocese de São Paulo nos traz um uma interessante e útil matéria sobre a leitura da Bíblia.
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