segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

SÃO ROQUE - UMA VIDA CURTA, MAS INTENSA

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Existe em nossa cidade uma igreja  dedicada a São Roque; ela também é conhecida como Igreja do Cruzeiro, e pode ser avistada desde nosso Santuário. A primeira missa foi celebrada ali em 1981, tendo sido elevada a paróquia em 2001.

Mas quem foi São Roque? Não existem grandes certezas sobre sua vida, permanecendo a maior partes dos seus dados biográficos envolvidos em mistério. Até o seu verdadeiro nome é desconhecido, já que Roch (aportuguesado para Roque) seria o seu nome de família e não seu nome de batismo. Teria nascido na cidade de Montpellier, na França, por volta de 1350 e falecido na mesma cidade por volta de 1379. 

Era filho de uma família rica, e teria  nascido com um sinal em forma de cruz avermelhada na pele do peito; perdeu os pais muito cedo, tendo sido educado por um tio e estudado medicina em sua cidade natal, sem concluir seus estudos.  

Dedicando-se desde cedo à caridade, por volta dos 20 anos distribuiu seus bens aos pobres, deixando uma pequena parte com o tio e partiu em peregrinação para Roma.

No decorrer da viagem, ao chegar à cidade de Acquapendente, próxima de Viterbo, já na Itália,  encontrou-a assolada pela peste (aparentemente a grande epidemia da Peste Negra de 1348). De imediato ofereceu-se como voluntário para assistência aos doentes. Em seguida visitou muitas outras cidades e aldeias - onde surgia um foco de peste, lá estava Roque ajudando e curando os doentes.

Depois de visitar Roma (período que alguns biógrafos situam entre 1368 a 1371), onde rezava diariamente sobre o túmulo de São Pedro e onde também curou vítimas da peste, na viagem de volta para Montpellier, ao chegar a Piacenza, foi ele próprio contagiado pela doença. Para não contagiar alguém, isolou-se na floresta próxima daquela cidade, onde, diz a lenda, teria morrido de fome se um cão não lhe trouxesse diariamente um pão e se da terra não tivesse nascido uma fonte de água com a qual matava a sede. O cão pertenceria a um  homem muito rico, mas de má vida,  Gottardo Palastrelli, que apercebendo-se  da presença de Roque, o teria ajudado, sendo por ele convertido.

Curado, regressou a Montpellier, mas logo foi preso e levado diante do governador, que alguns biógrafos afirmam seria um seu tio materno, que não o reconheceu. Roque foi considerado um espião e passou alguns anos numa prisão (alguns biógrafos dizem ter sido 5 anos) até morrer, abandonado e esquecido por todos, só sendo reconhecido depois de morto, pela cruz que tinha marcada no peito.

Outra versão situa o local da prisão em Angera, próximo do Lago Maggiore, afirmando que teria sido mandado prender pelo duque de Milão sob a acusação de ser espião  do Papa e morrido prisioneiro ali.  Embora não haja consenso sobre o local, parece certo que ele morreu na prisão, depois de um longo período de encarceramento.

Descoberta a cruz no peito, foi reconhecido, e a fama da sua santidade rapidamente se espalhou por todo o sul de França e pelo norte da Itália, sendo-lhe atribuídos numerosos milagres. Passou a ser invocado em casos de epidemia, popularizando-se como  protetor contra a peste. O primeiro milagre póstumo que lhe é atribuído foi a cura do seu carcereiro, que se chamaria Justino e coxeava. Ao tocar com a perna no corpo de Roque, para verificar se estaria realmente morto, o carcereiro foi milagrosamente curado.

São Roque é geralmente representado em trajes de peregrino, por vezes com a vieira (concha) típica dos peregrinos de Santiago de Compostela, e com um longo bordão do qual pende uma cabaça. Uma das pernas é geralmente mostrada desnudada, sendo aí visível uma ferida gerada pela peste. Por vezes é acompanhado por um cão, que aparece a seu lado trazendo-lhe um pão.

Embora sem provas, afirma-se que Roque teria pertencido à Ordem Terceira de São Francisco. É lembrado no dia 16 de agosto.



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