segunda-feira, 18 de novembro de 2019

SANTA LUZIA, PADROEIRA DOS OLHOS

Santa Luzia (conhecida em muitos lugares como Santa Lúcia) nasceu em torno do ano de 283 na cidade italiana de Siracusa - era considerada uma das mais belas jovens daquela cidade. 

Era de uma rica família cristã; seu pai morreu quando ela tinha cinco anos de idade. Muito jovem, levada pelas suas fortes convicções cristãs, consagrou-se secretamente a Deus, fazendo voto de castidade. 

Um jovem pagão era apaixonado por Luzia, que o recusou em virtude de seu voto. Por vingança, o jovem denunciou-a como cristã ao governador de Siracusa, que a prendeu e enviou ao imperador Diocleciano, que promovia uma grande perseguição aos cristãos. 

O imperador tentou convence-la deixar a fé cristã; sem êxito, decidiu martirizá-la. Luzia foi colocada em uma fogueira, onde não sofreu nenhum mal; a seguir, seus olhos foram arrancados, e de forma cruel lhe foram entregues em um prato. Imediatamente nasceram-lhe no rosto  dois lindos olhos,  perfeitos e mais bonitos do que os primeiros.

Como   nada a convencia, deceparam-lhe a cabeça no momento em que Luzia dizia: "adoro a um só Deus verdadeiro, a quem prometi amor e fidelidade".  Era o dia 13 de dezembro do ano de 304.


Os cristãos recolheram o seu corpo e sepultaram-no nas catacumbas de Roma. Sua fama de santa se espalhou por toda a Itália e Europa e depois para todo o mundo, sendo hoje venerada como a padroeira dos oftalmologistas e daqueles que tem problemas de visão. 


Nosso Reitor, o Padre Alberto já esteve em peregrinação a Siracusa, lugar onde viveu e morreu Luzia.

Membros de nossa comunidade estiveram recentemente visitando uma igreja dedicada a Santa Luzia e São Brás,  localizada na cidade de Lisboa. Essa igreja é administrada pela Ordem de Malta e após ter a imagem da Santa sido destruída por um incêndio, recebeu uma imagem esculpida pelo Aleijadinho. A igreja e a imagem são mostradas nas fotos acima.

Luzia é muito venerada no interior da Região Nordeste do Brasil; ali, muitas pessoas que dependem de visão apurada em seu trabalho, como costureiras, por exemplo, não trabalham nesse dia, em homenagem à Santa. 



domingo, 17 de novembro de 2019

UMA PROPOSTA INTERESSANTE PARA O ADVENTO

Grupos católicos estão lançando uma proposta interessante, para o período do Advento, mais especificamente a partir do dia 1 de dezembro: lermos a cada dia um capítulo do Evangelho de Lucas.  

Esse Evangelho tem 24 capítulos e narra a vida e o  ministério de Jesus, desde Seu nascimento até Sua Ascensão; se lermos um por dia, no dia 24, véspera de Natal, teremos lido um relato completo da vida de Jesus e na manhã de Natal, acordaremos sabendo o que e quem estamos celebrando.


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segunda-feira, 11 de novembro de 2019

O PAPA E A CARTEIRA DE IDENTIDADE DO CRISTÃO

Em post anterior, já falamos das catacumbas, que são cemitérios subterrâneos, usados no passado pelas comunidades cristãs e judaicas, especialmente em Roma.

As catacumbas cristãs, que são as mais numerosas, originaram-se no segundo século, e foram lugares de sepultura e onde os cristãos reuniam-se para celebrar os ritos fúnebres,  e os aniversários dos mártires e dos defuntos.

Em casos excepcionais, durante as perseguições, serviram também como lugar de refúgio para a celebração da Eucaristia. 

Pela primeira vez  o Papa Francisco presidiu a missa do Dia de Finados em uma catacumba, mais precisamente nas Catacumbas de Priscila, com a presença de irmãs beneditinas e convidados. Após a missa, Francisco visitou as catacumbas e parou por alguns minutos diante de uma imagem de Nossa Senhora, do século III. Em seguida, voltou ao Vaticano e rezou junto aos túmulos dos pontífices falecidos.

Na Missa, o Papa disse que o que define todo cristão, independentemente a que grupo pertença, são as beatitudes, ou bem-aventuranças, conforme ensinado nos Evangelhos por  Mateus (5,1-12) e por Lucas (6,20-49). Esses textos  traçam   o perfil do seguidor de Jesus Cristo: pobre em espírito, manso, aflito, com fome e sede de justiça, misericordioso, puro de coração, promotor da paz e perseguido por causa da justiça.

Essa mesma identidade buscavam os primeiros cristãos, disse o Papa, e, também, os de hoje. “Se você segue isso [as bem-aventuranças], você é cristão”, afirmou. Mesmo que pertença a um ou outro movimento ou associação, “a sua carteira de identidade é essa [o Evangelho], e se você não tem isso, não servem para nada os movimentos ou os pertencimentos. Ou você vive assim, ou não é cristão.” As “bem-aventuranças” são, nas palavras do Papa Francisco, “o grande protocolo” do cristão. “Sem isso, não há identidade, mas só a ficção de ser cristão”, acrescentou.

Reflitamos!



segunda-feira, 4 de novembro de 2019

SANTA ISABEL DA HUNGRIA

Isabel da Hungria e da Turíngia, (em húngaro  Szent Erzsébet, em alemão  Elisabeth von Thüringen) nasceu em 7 de julho de 1207. Era filha do rei André II, da Hungria e da rainha Gertrudes.

O nascimento de Isabel foi   anunciado por  um trovador medieval no distante Reino da Turíngia (Alemanha). Numa noite de festa, o trovador profetizou ao   conde Hermano I da Turíngia: "Vejo uma estrela que se levanta da Hungria, que brilhará aqui nesta terra e depois no mundo inteiro. Hoje nasceu na Hungria uma menina que será santa. Ela será esposa de seu filho e será famosa no mundo inteiro."

Encantado com o que ouvira, o conde Hermano enviou uma comitiva a Hungria e foi acertado com o Rei André II o casamento de Isabel com seu filho mais velho, Hermano. Diz a tradição que a menina, com apenas quatro anos, despediu-se da Hungria e foi levada à Turíngia num berço de prata, acompanhada de uma grande escolta, para ser educada ao lado do futuro esposo. No entanto, quis o destino que o príncipe Hermano falecesse e em seu lugar, Isabel foi dada em casamento ao príncipe Luís, segundo filho de Hermano I e da duquesa Sofia de Wittelsbach. 

Foi  um matrimônio feliz sob todos os aspectos, a ponto de fazer  a jovem esposa dizer, com toda a sinceridade: “Se eu amo tanto uma criatura mortal, quanto não deverei amar ao Senhor!” - para sua tristeza, o marido morreu indo para as Cruzadas. Teve três filhos, Hermano, Sofia e Gertrudes, em seis anos de vida conjugal. 

Santa Isabel ajudando um pobre - estátua de Rudolf Moroder
Após a morte do marido, seus cunhados, irritados com sua generosidade para com os pobres, passaram a persegui-la, expulsando-a do castelo com os filhos, em pleno inverno, sem dinheiro ou mantimentos e proibindo a todos de ajudá-la - acabou sendo acolhida por uma tia, abadessa de um convento.  Mais tarde, quando os companheiros de seu marido retornaram, com o apoio do Papa afastaram os cunhados e Isabel voltou ao trono da Turíngia, tornando a dedicar-se integralmente aos pobres.

Vários milagres aconteceram durante sua vida:  certa vez seu marido foi informado que Isabel  havia acolhido um leproso sobre o próprio leito;  Luís correu para lá enojado, achando que a esposa havia enlouquecido, mas os olhos de sua alma se abriram e ele contemplou uma imagem de Cristo Crucificado. 

Muito famoso é o chamado Milagre das Rosas: conta-se  que certa vez, quando levava pães para os pobres nas dobras de seu manto, encontrou-se com seu marido, que voltava da caça. O duque estranhou a conduta da esposa, que parecia esconder algo e perguntou:    "O que tu levas no avental Isabel?" Ao que a jovem princesa respondeu, trêmula: "São rosas, meu senhor!" Espantado por vê-la curvada ao peso de sua carga, ele abriu o manto que ela apertava contra o corpo e nada mais achou do que belas rosas, embora fosse inverno e não fosse época de flores. Note-se que da sua sobrinha, Santa Isabel de Aragão, Rainha de Portugal, se conta uma história idêntica.

Dias antes de sua morte, Nossa Senhora apareceu-lhe cercada de anjos e prometeu-lhe o céu, visão esta que causou profunda alegria ao coração de Isabel. Faleceu na noite de 19 de novembro de 1231, com apenas 24 anos. Foi sepultada com grandes honras e seu túmulo foi e ainda é palco de inúmeros milagres realizados por sua intercessão.

Sob seu nome surgiram várias congregações. Na Alemanha, as mulheres que se dedicam ao cuidado dos doentes são chamadas  “Elisabethinerinnen”, algo como "As irmãs de Elisabeth"

Foi canonizada pelo Papa Gregório IX em 1235. Também o seu marido Luís e a sua filha Gertrudes seriam elevados aos altares e honrados como santos. Ela é lembrada em 17 de novembro.