segunda-feira, 11 de novembro de 2019

O PAPA E A CARTEIRA DE IDENTIDADE DO CRISTÃO

Em post anterior, já falamos das catacumbas, que são cemitérios subterrâneos, usados no passado pelas comunidades cristãs e judaicas, especialmente em Roma.

As catacumbas cristãs, que são as mais numerosas, originaram-se no segundo século, e foram lugares de sepultura e onde os cristãos reuniam-se para celebrar os ritos fúnebres,  e os aniversários dos mártires e dos defuntos.

Em casos excepcionais, durante as perseguições, serviram também como lugar de refúgio para a celebração da Eucaristia. 

Pela primeira vez  o Papa Francisco presidiu a missa do Dia de Finados em uma catacumba, mais precisamente nas Catacumbas de Priscila, com a presença de irmãs beneditinas e convidados. Após a missa, Francisco visitou as catacumbas e parou por alguns minutos diante de uma imagem de Nossa Senhora, do século III. Em seguida, voltou ao Vaticano e rezou junto aos túmulos dos pontífices falecidos.

Na Missa, o Papa disse que o que define todo cristão, independentemente a que grupo pertença, são as beatitudes, ou bem-aventuranças, conforme ensinado nos Evangelhos por  Mateus (5,1-12) e por Lucas (6,20-49). Esses textos  traçam   o perfil do seguidor de Jesus Cristo: pobre em espírito, manso, aflito, com fome e sede de justiça, misericordioso, puro de coração, promotor da paz e perseguido por causa da justiça.

Essa mesma identidade buscavam os primeiros cristãos, disse o Papa, e, também, os de hoje. “Se você segue isso [as bem-aventuranças], você é cristão”, afirmou. Mesmo que pertença a um ou outro movimento ou associação, “a sua carteira de identidade é essa [o Evangelho], e se você não tem isso, não servem para nada os movimentos ou os pertencimentos. Ou você vive assim, ou não é cristão.” As “bem-aventuranças” são, nas palavras do Papa Francisco, “o grande protocolo” do cristão. “Sem isso, não há identidade, mas só a ficção de ser cristão”, acrescentou.

Reflitamos!



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