segunda-feira, 4 de novembro de 2019

SANTA ISABEL DA HUNGRIA

Isabel da Hungria e da Turíngia, (em húngaro  Szent Erzsébet, em alemão  Elisabeth von Thüringen) nasceu em 7 de julho de 1207. Era filha do rei André II, da Hungria e da rainha Gertrudes.

O nascimento de Isabel foi   anunciado por  um trovador medieval no distante Reino da Turíngia (Alemanha). Numa noite de festa, o trovador profetizou ao   conde Hermano I da Turíngia: "Vejo uma estrela que se levanta da Hungria, que brilhará aqui nesta terra e depois no mundo inteiro. Hoje nasceu na Hungria uma menina que será santa. Ela será esposa de seu filho e será famosa no mundo inteiro."

Encantado com o que ouvira, o conde Hermano enviou uma comitiva a Hungria e foi acertado com o Rei André II o casamento de Isabel com seu filho mais velho, Hermano. Diz a tradição que a menina, com apenas quatro anos, despediu-se da Hungria e foi levada à Turíngia num berço de prata, acompanhada de uma grande escolta, para ser educada ao lado do futuro esposo. No entanto, quis o destino que o príncipe Hermano falecesse e em seu lugar, Isabel foi dada em casamento ao príncipe Luís, segundo filho de Hermano I e da duquesa Sofia de Wittelsbach. 

Foi  um matrimônio feliz sob todos os aspectos, a ponto de fazer  a jovem esposa dizer, com toda a sinceridade: “Se eu amo tanto uma criatura mortal, quanto não deverei amar ao Senhor!” - para sua tristeza, o marido morreu indo para as Cruzadas. Teve três filhos, Hermano, Sofia e Gertrudes, em seis anos de vida conjugal. 

Santa Isabel ajudando um pobre - estátua de Rudolf Moroder
Após a morte do marido, seus cunhados, irritados com sua generosidade para com os pobres, passaram a persegui-la, expulsando-a do castelo com os filhos, em pleno inverno, sem dinheiro ou mantimentos e proibindo a todos de ajudá-la - acabou sendo acolhida por uma tia, abadessa de um convento.  Mais tarde, quando os companheiros de seu marido retornaram, com o apoio do Papa afastaram os cunhados e Isabel voltou ao trono da Turíngia, tornando a dedicar-se integralmente aos pobres.

Vários milagres aconteceram durante sua vida:  certa vez seu marido foi informado que Isabel  havia acolhido um leproso sobre o próprio leito;  Luís correu para lá enojado, achando que a esposa havia enlouquecido, mas os olhos de sua alma se abriram e ele contemplou uma imagem de Cristo Crucificado. 

Muito famoso é o chamado Milagre das Rosas: conta-se  que certa vez, quando levava pães para os pobres nas dobras de seu manto, encontrou-se com seu marido, que voltava da caça. O duque estranhou a conduta da esposa, que parecia esconder algo e perguntou:    "O que tu levas no avental Isabel?" Ao que a jovem princesa respondeu, trêmula: "São rosas, meu senhor!" Espantado por vê-la curvada ao peso de sua carga, ele abriu o manto que ela apertava contra o corpo e nada mais achou do que belas rosas, embora fosse inverno e não fosse época de flores. Note-se que da sua sobrinha, Santa Isabel de Aragão, Rainha de Portugal, se conta uma história idêntica.

Dias antes de sua morte, Nossa Senhora apareceu-lhe cercada de anjos e prometeu-lhe o céu, visão esta que causou profunda alegria ao coração de Isabel. Faleceu na noite de 19 de novembro de 1231, com apenas 24 anos. Foi sepultada com grandes honras e seu túmulo foi e ainda é palco de inúmeros milagres realizados por sua intercessão.

Sob seu nome surgiram várias congregações. Na Alemanha, as mulheres que se dedicam ao cuidado dos doentes são chamadas  “Elisabethinerinnen”, algo como "As irmãs de Elisabeth"

Foi canonizada pelo Papa Gregório IX em 1235. Também o seu marido Luís e a sua filha Gertrudes seriam elevados aos altares e honrados como santos. Ela é lembrada em 17 de novembro. 



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