Conta-se que Longinus era um soldado que servia na corte dos imperadores romanos; era famoso por encontrar coisas perdidas.
E a água do lado de Cristo curou não só os olhos físicos de Longinus, como também e principalmente, os olhos de sua alma, pois seria ele o soldado que na hora da morte de Jesus teria dito "Verdadeiramente este homem era Filho de Deus". A imagem ao lado mostra uma pintura de Fra Angelico, um frade dominicano que a concluiu provavelmente em 1440 e que representa aquele acontecimento (em 1982, o frade foi beatificado pelo Papa João Paulo II).
Após abandonar o exercito romano por causa de sua conversão, fugiu para Cesárea e depois para a Capadócia, região da atual Turquia. Mas foi descoberto, preso e processado; acusado de deserção, foi condenado à pena de morte. Propuseram-lhe renunciar à fé em Jesus Cristo em troca do perdão. Mas ele se manteve firme, foi torturado, teve seus dentes arrancados e sua língua cortada, sendo depois decapitado.
Foi canonizado pelo Papa Silvestre II, quase mil anos depois, no ano de 999. O processo de canonização já tinha caminhado bastante conforme as regras da Igreja, porém, vários documentos que faziam parte do processo foram perdidos. Ciente da fama de Longinus, o Papa pediu sua intercessão para que os documentos perdidos fossem encontrados; pouco tempo depois isso ocorreu e a canonização aconteceu. Na Basílica de S. Pedro, no Vaticano, há uma estátua de Longinus, esculpida em mármore por Gian Lorenzo Bernini (concluída em 1638).
Isso ajudou a espalhar a devoção de se rezar para São Longuinho (como Longinus passou a ser conhecido por aqui) pedindo ajuda para encontrar objetos perdidos. Diz-se que após encontrar o objeto deve-se dar três pulinhos e fazer uma oração para agradecer ao Santo. Os pulinhos devem ser dispensados - trata-se de superstição. O importante é a fé e o belíssimo testemunho de vida de São Longuinho.
Em italiano, é conhecido como San Longino, em inglês Saint Longinus e em espanhol San Longinos.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário