John Fisher (1469 - 1535) foi um cardeal, intelectual e educador inglês, martirizado durante o reinado de Henrique VIII.
É venerado como santo não apenas pela nossa Igreja, mas também pela Igreja Anglicana, sendo famoso seu retrato pintado pelo alemão Hans Holbein, que ilustra este post.
Filho de uma família rica, estudou na Universidade de Cambridge, até hoje uma das mais importantes do mundo, onde doutorou-se em Teologia. Em 1504, foi nomeado reitor vitalício dessa universidade.
Iniciou sua vida sacerdotal como vigário da pequena cidade de Northallerton; mais tarde, já como bispo, foi tutor do futuro rei Henrique VIII.
Já rei, Henrique desejava ter um filho homem, por acreditar que uma mulher não seria capaz de consolidar sua dinastia. Isso levou-o a casar-se seis vezes, inclusive mandando executar duas de suas esposas e a separar-se de outras para casar-se novamente, na busca de um filho homem; tinha uma vida desregrada, com amantes, muita bebida etc. Quando resolveu deixar sua primeira esposa, pediu ao Papa Clemente VII que anulasse seu casamento, o que foi negado - São John também era contra.
Em função disso, Henrique declarou-se chefe da Igreja na Inglaterra, deixando de reconhecer a autoridade do Papa. Mais uma vez São John foi contra essa medida, tendo por isso sido preso, julgado, condenado e executado em 22 de junho de 1535 - enquanto estava preso, foi criado cardeal pelo Papa Paulo III. Em 1886 o Papa Leão XIII beatificou-o, tendo sido canonizado em 1935 pelo Papa Pio XI.
Na mesma ocasião, e pelas mesmas razões, foi também executado Thomas More, filósofo, diplomata, escritor e homem de estado - seu retrato, também pintado por Hans Holbein, está ao lado.
A condenação desses homens, é considerada pela Igreja Católica como consequência da fidelidade à Igreja e à própria consciência, e representa a luta da liberdade individual contra o poder arbitrário do Estado. Isso os levou à canonização.
A condenação desses homens, é considerada pela Igreja Católica como consequência da fidelidade à Igreja e à própria consciência, e representa a luta da liberdade individual contra o poder arbitrário do Estado. Isso os levou à canonização.
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