quarta-feira, 14 de outubro de 2020

SANTO ANTONIO MARIA CLARET: UM HOMEM DE AÇÃO

Em 1807, nasceu em Sallent, uma cidade da
região da Catalunha, na Espanha, Antônio Maria Claret.

Desde muito jovem trabalhou como tecelão e depois como tipógrafo, mas desde adolescente sentiu um forte chamado para a vida religiosa. Em função disso, decidiu acrescentar o nome "Maria" ao seu, como forma de testemunhar que dedicaria sua vida a Nossa Senhora.

Aos 21 anos entrou no Seminário de Vic, próximo à sua cidade natal. Seu objetivo era se tornar monge cartuxo, mas um padre percebeu sua vocação missionária e  disse-lhe que assim seria mais útil à Igreja do que se adotasse a vida monástica.

Antônio Maria Claret obedeceu e foi ordenado em 1835, sendo nomeado pároco de sua terra natal. Ali, ficou durante quatro anos.

Depois disso, foi para Roma, mais precisamente para a Propaganda Fide (Propagação da Fé), um órgão da Igreja que ocupa-se das questões referentes à divulgação da fé católica no mundo inteiro.

Nesse ministério, viveu anos de árduo trabalho, especialmente nas Ilhas Canárias, uma região da Espanha onde o trabalho missionário era muito difícil. 

Ali, contribuiu para o desenvolvimento da ilha e denunciou o racismo e injustiças sociais, em função do que chegou a sofrer um atentado.

No ano de 1849, junto com outros cinco jovens padres, ele fundou a Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria.

Seus membros são conhecidos como Padres
Claretianos, que em São Paulo administram um colégio e a Paróquia Imaculado Coração de Maria, no bairro de Higienópolis. Sua igreja foi construída por eles entre os anos de1897 e 1899 e a foto ao lado mostra-a e ao colégio, logo após o final de sua construção.

Pouco tempo depois da fundação da Congregação, a diocese de Cuba, que abrangia todo aquele país, vivia tempos de enormes dificuldades - estava sem bispo há quatorze anos. 

Assim, no mesmo ano da fundação da Congregação, o Padre Antônio Maria Claret foi nomeado seu arcebispo.

Em Cuba, passou sofrer toda a sorte de pressões, especialmente por parte dos maçons, que várias vezes atentaram contra sua vida, através de incêndios, envenenamento e ataques à mão armada.

Mas Antônio Maria Claret sempre escapou ileso e continuou seu trabalho. Restaurou o velho seminário cubano, que, por causa de seu exemplo de santidade, passou a receber inúmeras vocações. Apoiou negros e índios, tornados escravos e procurou libertá-los.

Visitou todas as cidades e vilas do país, crismou 100 mil pessoas fez 9 mil casamentos. Devido ao seu empenho missionário, Cuba ganhou várias outras dioceses.

No ano 1855, com o auxílio da madre Antônia Paris, fundou uma nova congregação religiosa, que passou a se chamar Congregação das Irmãs de Ensino Maria Imaculada, que mais tarde passaram a ser chamadas Irmãs Claretianas.

Em 1857 voltou a Madri, deixando a Igreja de Cuba mais fortalecida, unida e resistente. Em sua volta à Espanha, a rainha Isabel II pediu que ele passasse a ser seu confessor. Mesmo sem querer tal cargo para não se envolver com política, aceitou, vendo nisso um chamado de Deus.

No ano 1868 a Rainha foi deposta por uma revolução e exilou-se na França, para onde também se retirou o bispo.

Santo Antônio Maria Claret morreu caos 63 anos, em 24 de outubro do ano 1870, deixando uma numerosa e importante obra escrita, que inspira e dirige almas até os dias de hoje.

Sua beatificação foi celebrada pelo papa Pio XI, que chamou-o de "precursor da Ação Católica do mundo moderno". Foi canonizado por Pio XII em 1950.


Evangelize! Repasse este post.

 

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