Nasceu no dia 25 de novembro de 1881 em Sotto il Monte, diocese e província de Bérgamo (Itália), e nesse mesmo dia foi batizado com o nome de Angelo Giuseppe; foi o quarto de treze irmãos, nascidos numa família de camponeses. Ao seu tio Xavier, ele mesmo atribuiu a sua primeira e fundamental formação religiosa.
Foi ordenado em 1904, atuando fortemente na região de Bérgamo, onde era secretário do bispo; trabalhou como professor, desenvolveu obras sociais, escrevia para a imprensa e era um pregador muito solicitado, pela sua eloquência elegante, profunda e eficaz.

Transferido para Roma prosseguiu com seu trabalho, sendo em 1925 nomeado bispo e transferido para a Bulgária, permanecendo naquele país até 1935. A seguir, foi para a Grécia, onde se encontrava quando começou a Segunda Guerra Mundial, que devastou aquele país. Trabalhou muito junto aos prisioneiros de guerra e salvou muitos judeus com a "permissão de trânsito" fornecida pela Delegação Apostólica, que os permitia fugir dos nazistas. Em 1944 Pio XII nomeou-o Núncio Apostólico em Paris, onde também ajudou os prisioneiros de guerra e trabalhou pela normalização da vida eclesial na França.
Em 1953 foi criado Cardeal e enviado a Veneza. Depois da morte de Pio XII, foi eleito Papa a 28 de Outubro de 1958 e assumiu o nome de João XXIII. O seu pontificado, que durou menos de cinco anos, apresentou-o ao mundo como uma autêntica imagem de bom pastor.
Manso e atento, empreendedor e corajoso, simples e cordial, praticou cristãmente as obras de misericórdia corporais e espirituais, visitando os encarcerados e os doentes, recebendo homens de todas as nações e crenças e cultivando um extraordinário sentimento de paternidade para com todos.
O seu magistério foi muito apreciado, sobretudo com as Encíclicas "Pacem in Terris" e "Mater et Magistra". Seguiu trabalhando muito: convocou o Sínodo romano, instituiu uma Comissão para a revisão do Código de Direito Canônico e convocou o Concílio Ecumênico Vaticano II. A foto ao lado, mostra-o assinando a "Pacem in Terris".
O povo viu nele um reflexo da bondade de Deus e chamou-o "o Papa da bondade". Sustentava-o um profundo espírito de oração, e a sua pessoa, iniciadora duma grande renovação na Igreja, irradiava a paz própria de quem confia sempre no Senhor. Faleceu na tarde do dia 3 de Junho de 1963
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