domingo, 23 de agosto de 2020

O QUE FAZER COM IMAGENS DANIFICADAS

O Catecismo da Igreja Católica (nº 1161) ensina que imagens de Jesus, Nossa Senhora, anjos e santos devem ser colocadas nas igrejas, casas e caminhos - a Igreja sempre valorizou essa prática.

Como a maior parte dessas imagens é frágil, é comum que sejam danificadas por acidentes e aqui surge uma dúvida: o que fazer com imagens danificadas? Uma primeira sugestão é tentar restaurá-las.

Quando isso não for viável, é preciso dispor delas e para isso, alguns dizem que se deve jogá-las em rios ou deixá-las em cemitérios ou igrejas. 

No entanto, é mais interessante triturá-las, depositando os resíduos em um jardim ou vaso. Com isso, evita-se que  as imagens sejam desrespeitadas, ao serem jogadas no lixo  ou deixadas em lugar indevido.

Além disso, com o depósito dos resíduos em um jardim ou vaso, estamos ajudando a natureza, fertilizando a terra. 

Assim, deve-se desfazer das imagens danificadas de forma a que o seu valor espiritual e significado religioso não sejam afetados, evitando qualquer sinal de desrespeito.

O Doutor da Igreja São João Damasceno dizia que “a beleza e a cor das imagens estimulam minha oração. É uma festa para os meus olhos...". Uma imagem danificada não  atinge esse objetivo e por isso pode ser dispensada sem nenhum problema.

É interessante relembrar o ataque e a restauração da imagem original de N.S. Aparecida, de que falamos em outro post

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

MUDANÇAS NA FÓRMULA DO BATISMO SÃO VETADAS

Tem se observado recentemente alguns casos em que, no momento do batizado, o padre ou o diácono utiliza a expressão "nós te batizamos" ao invés do tradicional "eu te batizo". 

Isso tem sido feito no sentido de dar ao sacramento um senso de comunidade, mas a Igreja adverte que essa mudança pode tornar o batismo inválido.

O assunto foi discutido pela Congregação para a Doutrina da Fé e submetido ao Papa, que aprovou as conclusões da Congregação e determinou que elas fossem comunicadas a toda a Igreja. 

A Congregação lembra que quem batiza age enquanto sinal-presença da ação de Cristo, e não da comunidade; lembra-nos que o  Concílio Vaticano II afirma: "Quando alguém batiza, é Cristo mesmo que batiza".

Devemos tomar cuidado ao adotar novidades sem muita reflexão. 
 

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

A REGRA DE SÃO BENTO, UM INSTRUMENTO ÚTIL PARA NOSSA VIDA COTIDIANA

São Bento nasceu na cidade de Norcia (Itália) ao redor do ano de 480, e morreu em torno de 547 na Abadia de Monte Cassino, a cerca de 80 km de Nápoles,  abadia essa por ele fundada. 

Foi o  fundador da Ordem de São Bento ou Ordem dos Beneditinos, uma das maiores ordens monásticas do mundo. Foi o criador da Regra de São Bento, um dos mais importantes regulamentos de vida monástica, inspiração de muitas outras comunidades religiosas. Era irmão gêmeo de Santa Escolástica e sua memória é lembrada no dia 11 de julho

A essência da regra está em seu lema, “Pax” (paz) e na  expressão “Ora et labora” (reza e trabalha), mas sua riqueza é detalhada em princípios e critérios esclarecedores e inspiradores, derivados dos Mandamentos da Lei de Deus e da proposta de Jesus nos Evangelhos.

Seguem-se alguns pontos do capítulo 4 da Regra, chamado "Quais são os instrumentos das boas obras", que são aplicáveis não só aos monges e monjas, mas a todos os cristãos: 


Primeiramente, amar ao Senhor Deus de todo o coração, com toda a alma, com todas as forças.

Depois, amar ao próximo como a si mesmo.

Em seguida, não matar.

Não cometer adultério.

Não furtar.

Não cobiçar.

Não levantar falso testemunho.

Não fazer a outrem o que não quer que lhe seja feito.

Reconfortar os pobres.

Vestir os nus.

Visitar os enfermos.

Socorrer na tribulação.

Consolar o que sofre.

Não se afastar da caridade.

Não jurar para não vir a perjurar.

Não retribuir o mal com o mal.

Não fazer injustiça, mas suportar pacientemente as que lhe são feitas.

Não ser soberbo.

Não ser dado ao vinho.

Não ser guloso.

Não ser preguiçoso.

Não ser murmurador.

Colocar toda a esperança em Deus.

O que achar de bem em si, atribuí-lo a Deus e não a si mesmo.

Mas, quanto ao mal, saber que é sempre obra sua e a si mesmo atribuí-lo.

Temer o dia do juízo.

Desejar a vida eterna com toda a cobiça espiritual.

Vigiar a toda hora os atos de sua vida.

Guardar sua boca da palavra má ou perversa.

Não gostar de falar muito.

Não falar palavras vãs ou que só sirvam para provocar riso.

Não gostar do riso excessivo ou ruidoso.

Dar-se frequentemente à oração.

Não satisfazer os desejos da carne.

Não odiar a ninguém.

Não ter ciúmes.

Não exercer a inveja.

Não amar a rixa.

Fugir da vanglória.

Venerar os mais velhos.

Amar os mais moços.

Voltar à paz, antes do pôr-do-sol, com aqueles com quem teve desavença.

E nunca desesperar da misericórdia de Deus.


Sem dúvida, um excelente guia para a vida diária!

Neste outro post, podemos conhecer um pouco mais sobre a medalha de São Bento.

domingo, 2 de agosto de 2020

A CARIDADE: ESSÊNCIA DOS DISCÍPULOS DE JESUS

Na primeira homilia que nos dirigiu, nosso Reitor, o Padre Carlos, falou da importância da caridade, da atenção aos outros - sua fala estava ligada ao Evangelho do dia, que contava a multiplicação dos pães e dos peixes.

Coincidentemente, há poucos dias o Papa Francisco abordou o tema, afirmando que, por egoísmo, deixamos de ver aqueles que sofrem. Disse Francisco: “À beira do caminho da vida há homens e mulheres como nós, há idosos e crianças que nos pedem, com um olhar, que lhes demos uma mão”.

O Papa fez essas afirmações em um vídeo que encaminhou aos participantes de um curso  organizado pela Diocese de Comodoro Rivadavia, na Argentina;  esse vídeo pode ser visto aqui.

O Papa disse também que  Jesus nos pede para sermos servos dos outros, agindo  como o Bom Samaritano,    um homem anônimo que cuidou daquele que estava ferido à beira do caminho - o Padre Carlos também citou essa passagem. 

Lembrou Francisco que Jesus diz: ‘"Todo aquele que der ainda que seja somente um copo de água fresca a um destes pequeninos, porque é meu discípulo, em verdade eu vos digo: não perderá sua recompensa” (Mt 10,42).