quarta-feira, 7 de março de 2018

O DIA INTERNACIONAL DA MULHER: MULHERES NA NOSSA IGREJA

Para comemorar o Dia Internacional da Mulher, que ocorre em 8 de março, seria oportuno relembrar algumas palavras do Papa Francisco: 

"A contribuição das mulheres não deve se limitar a temas femininos ou a reuniões apenas entre mulheres. O diálogo é um caminho que a mulher e o homem devem percorrer juntos. Hoje mais do que nunca é necessário que as mulheres estejam presentes";

"As mulheres e as crianças estão entre as vítimas mais frequentes de uma violência cega";

"É  preciso valorizar o papel da mulher".  

Nessa linha de valoriza-las e homenageá-las por esta data, cabe lembrar algumas figuras femininas que tiveram um papel extremamente importante na vida da Igreja. Além dessas, evidentemente não podemos nos esquecer de Maria, a mais importante delas. 



Teresa de Ávila (1515-1582)


A carmelita é provavelmente a mulher de maior destaque em toda a história da Igreja – se descontarmos Maria e outras citadas pela Bíblia. Uma das grandes personalidades da Reforma Católica, período de reação à Reforma Protestante, Teresa foi a primeira mulher a ser declarada Doutora da Igreja, em 1970. Seus textos – Castelo Interior, Caminho de Perfeição e muitos outros – são referência indispensável para a mística e a espiritualidade cristãs. Em vinte anos, fundou 17 conventos. 

Luísa de Marillac (1591-1660)

Luísa prometeu na juventude servir somente a Deus, mas seu tutor a usou em uma manobra política e obrigou-a a casar-se com um membro da corte francesa. Depois de doze anos, Luísa enviuvou e passou a trabalhar com o padre Vicente de Paulo, que pediu para que ela dirigisse os serviços de caridade que um grupo de senhoras realizavam. Anos depois, ela e quatro mulheres fizeram votos de servir a Cristo nos pobres: foi o início das Filhas da Caridade, a primeira congregação de mulheres consagradas não enclausuradas, que têm “por mosteiro a casa do doente, por cela um quarto de aluguel, por claustro as ruas da cidade ou as salas dos hospitais”, nas palavras de Vicente. Em 18 anos, Luísa fundou comunidades em mais de trinta cidades.

Teresa de Calcutá (1910-1997)

O seu nome se tornou sinônimo de bondade desinteressada. Teresa deixou o convento em que morava na Índia para se dedicar aos mais marginalizados da sociedade, devolvendo a dignidade a moribundos abandonados nas sarjetas da cidade de Calcutá. Muitas mulheres se juntaram a ela e a congregação das Missionárias da Caridade se espalhou pelo mundo. Madre Teresa foi reconhecida mundialmente pelo trabalho de sua congregação – recebeu, entre outras honrarias, o Nobel da Paz em 1979. Hoje, a congregação está presente em 133 países com mais de 4.500 religiosas, trabalhando sobretudo junto a refugiados, aidéticos, leprosos e crianças abandonadas, sem distinção de religião, como fez Madre Teresa desde o início.

Chiara Lubich (1920-2008)

Marcada pela experiência da Segunda Guerra Mundial em sua juventude, Chiara Lubich deu início a um projeto centrado na espiritualidade da unidade, o Movimento dos Focolares, hoje presente em 182 países. As suas crenças, que iam ao encontro às necessidades da Igreja em uma sociedade multicultural e multirreligiosa, anteciparam e acompanharam os passos do Concílio Vaticano II. Foi convidada a falar na ONU, no Parlamento Europeu, nos sínodos do Vaticano e a grupos de muçulmanos, judeus, budistas e hindus. Visitando o Brasil, fundou o projeto “Economia de Comunhão”, que reúne diversos segmentos da sociedade empenhados em viver uma cultura econômica voltada para a comunhão, em alternativa ao estilo de vida capitalista.

A todas as mulheres, nossas homenagens, respeito e gratidão.


Nenhum comentário:

Postar um comentário