sexta-feira, 26 de julho de 2019

SÃO CRISTÓVÃO, O PROTETOR DOS VIAJANTES E MOTORISTAS


São poucos os dados precisos sobre  a vida de Cristóvão. Sabe-se que era um homem alto e musculoso, extremamente forte e recebera de seus pais o nome de Reprobus. 


Nascido na  Palestina seguiu a carreira militar.  A certa altura da vida, passou a buscar a Deus; um eremita o orientou a praticar a caridade para servir ao Todo Poderoso.  Passou a viver às margens de um rio onde não havia ponte e onde várias pessoas haviam se afogado; transportar as pessoas de uma margem à outra era a forma que encontrou para servir a Deus. 

Certo dia, transportou um menino. Mas conforme atravessava o rio, a criança ia ficando mais pesada e só com muito custo e sofrimento ele conseguiu depositar com segurança o menino na outra margem. Então perguntou: "Como pode ser isso? Parece que carreguei o mundo nas costas". O menino respondeu: "Não carregou o mundo, mas sim a seu Criador". Assim Jesus se revelou a ele e o convidou segui-lo.

O gigante mudou seu nome para Cristóvão, que significa algo próximo a "carregador de Cristo", e passou a peregrinar levando a palavra de Deus. Foi à Síria, onde sua figura espetacular e nada normal chamava a atenção e atraía quem o ouvisse. Ele, então, falava do cristianismo e convertia mais e mais pessoas. Por esse apostolado foi denunciado ao imperador Décio, que o mandou prender - Décio decretara uma perseguição total aos cristãos. 

O Imperador Décio
Mas não foi fácil prende-lo, não por causa de sua força física, mas pelo poder de sua pregação. Os primeiros quarenta soldados que tentaram prendê-lo converteram-se e por isso foram todos martirizados. Depois, quando já estava no cárcere, mandaram duas mulheres, Nicete e Aquilina, à sua cela para tentá-lo. Elas também abandonaram o pecado e foram batizadas, sendo igualmente mortas. Foi quando Décio, muito irado, mandou que ele fosse submetido a suplícios e em seguida morto. Cristóvão foi então espancado, flechado, atirado ao fogo e por fim decapitado. Corria o ano de 250; no ano seguinte, Décio foi morto em batalha contra os bárbaros. 

Cristóvão é popularmente conhecido como o protetor dos viajantes e dos motoristas. Apesar de a Igreja  aprovar a devoção a Cristóvão,  listando-o entre os mártires    venerados em 25 de julho, em 1969, ela removeu seu dia festivo do calendário de santos, argumentando  que há poucos fatos confirmados sobre a vida e a morte de  Cristóvão.

Em São Paulo, na Avenida Tiradentes, próximo à Estação da Luz, há uma igreja dedicada a São Cristóvão. Essa igreja fazia parte do complexo do antigo Seminário Arquidiocesano da capital, cujo prédio hoje é ocupado por estabelecimentos comerciais, especialmente lojas de vestidos de noiva, próximo à Rua São Caetano. 


EM 26 DE JULHO COMEMORAMOS SANT'ANA (SANTA ANA) E SÃO JOAQUIM

Santa Ana ou Sant'Ana é a mãe de Nossa Senhora e avó de Jesus. Sobre ela há poucos dados biográficos - as informações que chegaram até nós sobre os pais de Maria foram deixadas pelo Proto-Evangelho de Tiago, um livro escrito provavelmente no século I e que não faz parte dos Evangelhos Canônicos, ou seja, aqueles reconhecidos pela Igreja como oficiais. 

Mas o Evangelho de Tiago é uma obra importante da antiguidade e citada em diversos escritos dos padres da Igreja Oriental, como Epifânio e Gregório de Nissa. O nome “Ana” vem do hebraico “Hanna” e significa “graça”. Santa Ana  era esposa de  São Joaquim que era descendente da família do rei Davi. 

Ana se casou jovem como toda moça em Israel naquele tempo. A tradição diz que São Joaquim era um homem de posses e bem situado na sociedade. Ambos viviam em Jerusalém, ao lado do tanque de Betesda (foto atual do local ao lado), onde mais tarde Jesus curou o paralítico e onde hoje está a Basílica de Santana. No Evangelho de João, capítulo 5, há referências sobre o local e sobre outros milagres ali ocorridos.

Mesmo depois de muitos anos de casada, Ana não conseguia engravidar;  em Israel daquele tempo a esterilidade era sempre atribuída à mulher, por causa da falta de conhecimentos científicos, e a mulher estéril era vista como amaldiçoada por Deus, o que trouxe a Ana muitas humilhações.

Santa Ana e São Joaquim, porém, eram pessoas de fé e confiavam em Deus; num dado momento, São Joaquim resolveu retirar-se para o deserto, para rezar e fazer penitência. Nessa ocasião, um anjo lhe apareceu e disse que suas orações tinham sido ouvidas.



Ao mesmo tempo o anjo apareceu também a Santa Ana dizendo a mesma coisa;  pouco tempo depois que  Joaquim voltou para casa, Ana engravidou.  

Segundo a tradição, no dia 8 de setembro do ano 20 a. C., Santa Ana deu à luz uma menina à qual o casal deu o nome de Miriam, que em hebraico, significa “Senhora da Luz”. Na tradução para o latim ficou “Maria”.  

Santa Ana e São Joaquim são de fundamental importância na História da Salvação. Não só pelo nascimento de Maria, mas também pela educação que deram à futura Mãe do Salvador.

A devoção a Santa Ana e São Joaquim é muito antiga no Oriente; foram cultuados desde o começo do cristianismo. No século VI a devoção a eles já era enraizada entre os fiéis do Oriente. 

No Ocidente, o culto a Sant'Ana começou no século VIII; em 710, as relíquias da avó de Jesus foram levadas de Israel para Constantinopla e de lá, foram distribuídas entre várias igrejas.  

No ano de 1584, o Papa Gregório XIII fixou a data da festa de Sant’Ana em 26 de Julho. Na década de 1960 o Papa Paulo VI juntou a esta data a comemoração de São Joaquim. Por isso, no dia 26 de julho comemora-se também o “Dia dos Avos”.

Em 1625 um fato extraordinário mudaria o foco da devoção a Sant'Ana. No vilarejo de Auray, na França, ela apareceu a um homem chamado Yves Nicolazic. Na aparição Santana disse: “Yves Nicolazic, não temas. Eu sou Ana, mãe de Maria. Próximo daqui, existia, outrora, uma capela que me era dedicada, e isso, antes mesmo que houvesse qualquer aldeia por aqui. Era a primeira capela erguida em toda a região. Ela foi destruída há 924 anos e seis meses. Desejo que uma nova capela seja erguida neste local, o mais depressa possível, e que cuideis dela, porque Deus quer que eu seja honrada nesta área."

Yves Nicolazic obedeceu e levou o povo do vilarejo ao local indicado por Sant'Ana. Lá, encontraram a antiga imagem, tal qual Sant"Ana havia dito. O bispo da diocese de Vannes, Dom Rosmadec, mandou investigar os fatos. Os estudiosos confirmaram tudo que fora anunciado por Sant'Ana e uma igreja foi ali construída (foto ao lado).

O papa João Paulo II fez uma visita a Auray em 1996. Depois disso, o número de peregrinos subiu para cerca de 800 mil por ano.

Sant'Ana é a padroeira dos avós, mas também é invocada pelas mulheres que não conseguem engravidar. É também a padroeira da educação, por ter educado Nossa Senhora e influenciado profundamente na educação de Jesus.

Santa Ana e São Joaquim, avós de Jesus, sabem dar o carinho e atenção dos avós. Eles conhecem o aconchego que só os avós podem dar aos netos. Por isso, recorramos a eles com confiança; com a mesma confiança que nos aproximamos de nossos tão queridos avós para pedir o que precisamos.

segunda-feira, 22 de julho de 2019

SÃO LUIS MARIA GRIGNION DE MONTFORT E A DEVOÇÃO A MARIA

São Luís Maria Grignion de Montfort (31 de Janeiro de 1673 - 28 de Abril de 1716), foi um sacerdote francês,   reconhecido por por sua atividade como pregador e  escritor; seus livros são muito lidos nos dias atuais e considerados de extrema importância no Magistério da Igreja Católica.

Ele é considerado como um dos primeiros estudiosos da Mariologiaconjunto de estudos teológicos acerca de Maria e muitos consideram-no candidato a se tornar um Doutor da Igreja.

Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem Maria é sua obra principal, tendo sido escrito ao redor de 1712 e permanecido oculto por cerca de 130 anos.

João Paulo II disse que quando o leu, sua visão sobre a Virgem Maria mudou profundamente, razão pela qual ele consagrou o seu Pontificado a Ela, adotando o lema "Totus Tuus" (Todo Teu) - a letra "M" em seu brasão também refere-se a Maria; o  Santo Padre afirmou que, principalmente nos momentos mais difíceis e decisivos de sua vida, sua consagração à Virgem Maria foi de suma importância.

Na obra, São Luis propõe uma consagração muito especial a Nossa Senhora, que nos leva a fazer tudo "Com Maria, por Maria, para Maria, e em Maria", consagrando-nos a Jesus   como "escravos de amor".

  

sexta-feira, 19 de julho de 2019

NOSSA SENHORA DA DIVINA PROVIDÊNCIA

Nossa Senhora da Divina Providência já era invocada desde o século XII na Itália. O título está relacionado à intercessão de Nossa Senhora durante as Bodas de Caná (João 2, 1-11). Na ocasião, Maria viu a aflição dos noivos, cuja festa de casamento ficara sem vinho, e pediu a Jesus que os ajudasse. Jesus, ouvindo o pedido de sua mãe, transformou água em vinho, livrando os noivos de um vexame - foi seu primeiro milagre. 


Essa devoção começou a popularizar-se no final dos anos 1500. Obras estavam sendo realizadas em Roma e foi necessário demolir uma igreja; nesse processo, acabou sendo destruído um afresco que mostrava a  Virgem Maria - afrescos são pinturas feitas diretamente sobre o gesso ou  argamassa; não são quadros que se pode remover quando necessário. Por isso, precisam de maior atenção e cuidado, nem sempre se conseguindo preservá-los, como no caso da velha igreja.

O responsável pela obra, tentando minimizar a perda, doou um quadro a ser colocado na nova igreja, que substituiria a antiga. Ele representava a Virgem Maria segurando um menino em seus braços. O quadro era muito menor que o afresco, medindo apenas 54 X 42 cm.

Sem um nome, era possível saber apenas que  representava a Virgem Maria segurando o Menino Jesus. Sabe-se que o quadro é de Scipione Pulzone, pintor que viveu entre 1550 e 1598.  


Apesar da falta de recursos para as obras, nada faltou durante todo o tempo de construção da nova igreja, que foi terminada dentro do tempo previsto. Os padres barnabitas, responsáveis pela nova igreja, atribuíram tal fato à intercessão de Nossa Senhora da Divina Providência, a quem pediram ajuda durante as obras; Nossa Senhora “providenciou” todo o necessário.
Inicialmente, o quadro foi colocado em uma pequena capela dentro da nova igreja; no século XVIII, foi colocada uma réplica do quadro em um local mais visível, agora com uma identificação, que dizia que o quadro representava Nossa Senhora da Divina Providência (Mater Divinae Providentiae). Em pouco tempo, multidões de peregrinos passaram a acorrer à igreja, até que em 1888 foi oficializada pela Igreja a devoção a Nossa Senhora Mãe da Divina Providência.
 
O termo Providência está ligado diretamente às ações de Deus para com a humanidade. Significa que Deus nunca nos abandona e sempre cuida de nós, providenciando tudo o que é necessário para nossa vida. 

Durante o Cerco de Jericó 2019, evento promovido por nosso Santuário, tivemos um testemunho da força de Nossa Senhora da Divina Providência: o Padre Anderson Ricardo, que esteve conosco, contou-nos que pediu o apoio da Mãe da Providência para conseguir reorganizar a situação, inclusive financeira, de uma paróquia que passara a administrar - segundo ele, com esse apoio teve êxito em seu trabalho, o que o levou a escrever um pequeno livro, um guia para uma novena dedicada à Mãe da Divina Providência.

domingo, 14 de julho de 2019

SANTO ANTÔNIO TAMBÉM É INVOCADO POR QUEM QUER ENCONTRAR OBJETOS PERDIDOS

Como dissemos em post anterior, muitos católicos tem o hábito de pedir a intercessão de São Longuinho quando desejam encontrar algum objeto perdido. 


Outros, costumam pedir a intercessão de Santo Antônio, de quem também já falamos, nessas situações. Essa tradição está ligada a um episódio da vida do Santo, a perda de um livro.  

Quando estava em um mosteiro franciscano
em Montpellier, França, Santo Antônio lecionava e pregava para seus companheiros. Ele sempre trazia consigo um livro de Salmos que continha anotações e comentários que usava para ensinar teologia a seus alunos.

Isso foi durante o século XIII, quando quase não existiam livros e os poucos que havia eram de difícil acesso e caríssimos. Seria muito difícil – ou mesmo impossível substituir o livro caso esse fosse perdido. 

Acontece que um de seus alunos decidiu deixar a comunidade franciscana e, quando partiu, levou – talvez sem querer – o livro de Santo Antônio, que ficou profundamente angustiado, sem saber o que faria sem o livro. Ele não tinha ideia de onde esse jovem tinha ido e era quase impossível localizá-lo.

Santo Antônio, então, rezou para que o rapaz devolvesse o livro. Algum tempo depois, o jovem voltou ao mosteiro e trouxe o livro de volta, pedindo perdão. Ele também retornou aos franciscanos e Santo Antônio perdoou o noviço, exortando-o a nunca fazer algo assim novamente.

Esse mesmo livro é preservado até hoje no mosteiro franciscano de Bolonha, na Itália.

Após a morte de Santo Antônio, essa história se espalhou pelo mundo afora. Ele então se tornou conhecido como um poderoso intercessor para encontrar coisas perdidas e essa reputação só cresceu com o passar dos anos.

domingo, 7 de julho de 2019

IRMÃ DULCE E SUA CANONIZAÇÃO


O Papa Francisco anunciou que a Irmã Dulce será canonizada no dia 13 de outubro, no Vaticano. 

Conhecida como “Anjo Bom da Bahia”, a Irmã Dulce vai ser canonizada como Santa Dulce dos Pobres. Sua festa litúrgica permanecerá sendo no dia 13 de agosto.

Também foram divulgados detalhes do caso de cura obtida de Deus por intercessão da Irmã Dulce e que constitui o milagre necessário para que ela seja declarada santa. Trata-se da cura de José Maurício Moreira, de 50 anos, baiano e morador de Recife, que ficou cego aos 14 anos e, depois de suplicar a intercessão da beata, voltou a enxergar de modo inexplicável, segundo os médicos.


Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes nasceu em Salvador no dia 26 de maio de 1914 e, desde muito jovem, começou a ajudar pessoas carentes na porta da própria casa - o espírito solidário vinha de família, já que o avô e o pai, que era professor da Faculdade de Odontologia de Salvador, participavam de instituições filantrópicas, mas, além de ajudar, Maria Rita queria também evangelizar. Na foto com seus pais e irmãos, é a primeira à esquerda.

Aos 13 anos de idade conheceu uma favela em Salvador  e  decidiu dedicar sua vida a “amar e servir”, lema da sua ação em benefício dos mais necessitados. Em 1929, aos 15 anos, conheceu as Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus  e tentou entrar às escondidas na congregação, mas o irmão mais novo a denunciou ao pai, que queria que ela fosse professora. Dulce estudou, em obediência ao pai, mas logo que terminou o curso conseguiu convencê-lo de que sua vocação era outra e entrou para a vida religiosa.

Em fevereiro de 1933, entrou para a Congregação em São Cristóvão, no estado de Sergipe, adotando o nome de  Dulce em homenagem à sua mãe, falecida aos 26 anos quando ela tinha apenas 7 anos.

Retornando a Salvador em 1935, iniciou seu trabalho de ação social e caridade cristã em favor de comunidades pobres como a de Alagados, um conjunto de palafitas no bairro de Itapagipe. Em 1939, adaptou um velho galinheiro situado ao lado do convento para abrigar os primeiros 70 doentes pobres aos quais passaria a se dedicar em paralelo à assistência aos pobres. Foi o nascimento das Obras Sociais Irmã Dulce, uma instituição que hoje faz 2,2 milhões de atendimentos ambulatoriais por ano, mantém 954 leitos  em 5 hospitais e quase 800 crianças em seu centro educacional.

Mas foi preciso trabalhar muito até chegar a esse ponto: em 1936, com apenas 22 anos, fundou, com Frei Hildebrando Kruthanp, a União Operária São Francisco, primeiro movimento cristão operário da Bahia. 

No ano seguinte, sempre com Frei Hildebrando, criou o Círculo Operário da Bahia, mantido com a arrecadação de três cinemas que ambos haviam construído através de doações.  Tinham como finalidade a difusão das cooperativas, a promoção cultural e social dos operários e a defesa dos seus direitos.

Em  1939 inaugurou o Colégio Santo Antônio, voltado para os operários e seus filhos; em 1959 criou um “bandejão”  para dar comida aos pobres, ao que se seguiu a rede de aleitamento materno e outras obras de caridade, para cujo sustento a própria irmã Dulce chegou a tocar acordeon e a cantar nas ruas de Salvador, tentando arrecadar dinheiro. 

Tudo isso foi desenvolvido apesar da saúde frágil -  ela sofria com um enfisema pulmonar e vivia de forma muito modesta, como se pode ver pela foto do quarto em que viveu durante seus últimos anos.

Seu trabalho foi reconhecido em nível internacional, tendo sido  indicada ao Prêmio Nobel da Paz em 1988, com o apoio da Rainha Sílvia, da Suécia.

Faleceu em 13 de março de 1992 , tendo sido beatificada por Bento XVI em  22 de maio de 2011; cabe-nos lembrar uma de suas frases: Importante é fazer a caridade, não falar de caridade. Compreender o trabalho em favor dos necessitados como missão escolhida por Deus” .

terça-feira, 2 de julho de 2019

ALGUMAS CURIOSIDADES SOBRE O VATICANO

O Vaticano ou Cidade do Vaticano, oficialmente Estado da Cidade do Vaticano (em italiano Stato della Città del Vaticano; em latim  Civitas Vaticana), é um país encravado na cidade de Roma.  Com aproximadamente 44 hectares (0,44 km²) e  população estimada de 1000 habitantes, é o menor país do mundo. 

A Cidade do Vaticano  existe desde 1929, criada após negociações entre o Papa e o governo da Itália. É distinta da Santa Sé, que pode ser entendida como a sede religiosa da Igreja Católica. O Papa, enquanto líder religioso,  dirige a Santa Sé;  na condição de chefe de Estado  dirige a Cidade do Vaticano  - a imagem ao lado, mostra a bandeira da Cidade do Vaticano.

Neste post gostaríamos de trazer algumas curiosidades a respeito do Vaticano: 

1. Os documentos oficiais do Vaticano são publicados em italiano; os da Santa Sé, principalmente em latim.

2. O Vaticano é o único país inteiro a ser reconhecido como Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO. O título foi outorgado em 1984.

3. Nascer no Vaticano não garante a cidadania; para isso, é preciso trabalhar na cidade-estado – algo que praticamente só alguns cardeais e os membros da Guarda Suíça (responsáveis pela segurança do Papa) fazem. Quem deixa de trabalhar ali,  perde a cidadania.

4. Em média, os habitantes do Vaticano “consomem” 54,26 litros de vinho por ano, estando no topo da lista dos maiores consumidores per capita no mundo. Mas, na verdade, a maior parte desse vinho é consumida na comunhão.

5. Antes de ocuparem o Vaticano, os papas viviam no Palácio de Latrão, localizado também em Roma. Isso mudou em 1309, quando, em função de guerras, eles passaram a dirigir a Igreja a partir de Avignon, na França, onde permaneceram até 1377 – foram 7 os papados desse período. Assim que o Papa voltou para Roma, o antigo palácio foi destruído por um incêndio e o Vaticano passou a ser a sede da Igreja.
guarda suíça
6. A Guarda Suíça, que protege os papas, foi fundada em 1506 pelo Papa Júlio II. Para fazer parte dela, é preciso ser homem, católico, solteiro, ter no mínimo 1,74 m de altura e idade entre 19 e 30 anos.

7. Em função do grande número de turistas, o Vaticano é o paraíso dos batedores de carteira, sendo por isso  considerada a cidade com maior índice de criminalidade em todo o mundo – 1,5 crimes por habitante todos os anos!  

caixa eletrônico
8. Se no caixa eletrônico você ler a mensagem “Inserito scidulam quaeso ut faciundam cognoscas rationem”, não se assuste: ele está só pedindo para você inserir o cartão. O Vaticano é o único lugar do mundo com caixas eletrônicos também em latim.

9. O Museu do Vaticano abriga uma das maiores coleções de obras de arte do mundo: são cerca de 70 mil, com apenas 20 mil delas sendo expostas ao público. O teto da Capela Sistina é uma das pinturas mais admiradas.

10. É na Capela Sistina, assim denominada em homenagem ao Papa Sisto IV, que ocorrem os conclaves onde são escolhidos os novos papas, conforme mostra a imagem no final do post. Curiosamente, Michelangelo recusou o trabalho de pintura do teto da capela, por se considerar um escultor e não um pintor. No fim, acabou cedendo às pressões do Papa Julio II e criou a obra, uma das mas famosas do mundo.

capela sistina