domingo, 29 de março de 2020

CELEBRANDO O DOMINGO DE RAMOS

No Domingo de Ramos, celebra-se a entrada solene de Jesus em Jerusalém, que marca o começo da Semana Santa e prepara os cristãos para reviver a Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor. 

Os ramos, abençoados nesse dia, são o sinal da vitória da vida sobre a morte e o pecado. Desde 1984, por iniciativa de João Paulo II, no Domingo de Ramos se comemora também a festa dos jovens, em todas as dioceses do mundo.

Jesus é um Rei de paz, humildade e amor. Ele se apresenta à multidão montado em um jumentinho; as pessoas estendiam seus mantos no caminho ou o cobriam com ramos de árvores, como relata Mateus, em seu evangelho (Mt 21, 8).

Ainda hoje, a bênção dos ramos atrai multidões, mas nesse ano, com a pandemia que estamos vivendo, tudo deverá ser diferente; não devemos ir às igrejas, mas uma boa sugestão é seguir as recomendações da CNBB, que nos propõe:

  • Rezar, pedindo a graça de bem viver a Semana Santa, ainda que em recolhimento em casa
  • Colocar no portão ou na porta de casa, em lugar bem visivel, alguns ramos. Marcar a casa é uma característrica do povo de Deus
  • Participar das celebrações transmitidas pela televisão ou pelas redes sociais  
  • Comprometer-se a participar ativamente da coleta da Campanha da Fraternidade, quando a nova data for indicada. Com essa coleta, ajudamos os mais pobres
  • Motivar as pessoas,  pelas redes sociais, telefones ou outros meios, que mantenham o distanciamento social, celebrando o Domingo de Ramos da forma aqui recomendada.

Recomendamos a todos que continuem seguindo as recomendações das autoridades sanitárias, sempre conectados ao Facebook do Santuário

PANDEMIA: LOUVAR A DEUS E LAVAR AS MÃOS!

Nestes tempos de pandemia é bom orar e também lavar as mãos...

É possível fazer os dois ao mesmo tempo, conforme a ilustração abaixo:


Neste link podemos ouvir o hino, cantado pelo Padre Fábio de Melo.

sexta-feira, 27 de março de 2020

A BENÇÃO URBI ET ORBI

Hoje, 27 de março de 2020, de modo excepcional, o Papa Francisco nos deu a benção Urbi et Orbi. Ela foi dada de modo totalmente excepcional, devido à pandemia Covid-19.

Foi um fato histórico podermos ver a Praça de São Pedro vazia, nesta ocasião sem precedentes.

A expressão latina Urbi et Orbi significa “para a cidade [de Roma] e para o mundo“. Essa bênção é dada pelo Papa normalmente em apenas três ocasiões:

- por um novo Papa, no dia de sua eleição, logo após o resultado do Conclave;
- todos os anos, no dia de Natal;
- todos os anos, no dia da Páscoa.

Urbi et Orbi é uma bênção que nenhum outro bispo pode dar, e é na atualidade veiculada por meios eletrônicos para que o máximo possível de fiéis possa acompanhá-la ao vivo. Neste link, é possível assistir à Benção, transmitida pela Rádio Vaticano. 

Sobre a bênção de hoje, o Papa Francisco disse “Queremos responder à pandemia do vírus com a universalidade da oração, da compaixão, da ternura. Vamos permanecer juntos. Vamos demonstrar nossa proximidade às pessoas mais solitárias e exaustas”.

A cerimônia incluiu a Liturgia da Palavra e a bênção com o Santíssimo Sacramento. Na ocasião o Papa lembrou aqueles que estão na linha de frente do combate à pandemia: profissionais da saúde, policiais, trabalhadores dos serviços públicos e outros.

Sigamos pedindo a Deus que nos proteja a todos e também continuemos a seguir as determinações das autoridades sanitárias; a luta ainda será longa. 

 

domingo, 22 de março de 2020

PADRE BENTO: UM HERÓI QUASE ESQUECIDO

Nesses tempos de pandemia, é preciso lembrar um padre que nasceu, viveu, trabalhou e morreu na área de nossa Diocese, cuidando de pessoas atingidas pela hanseníase (lepra) e que é lembrado por poucos - trata-se do Padre Bento. 

A hanseníase, no passado era uma doença tida como incurável, e que causava horríveis ferimentos na pele - as pessoas que a contraiam eram isoladas compulsoriamente e poucos se atreviam a cuidar delas, por medo do contágio. 

Bento Dias Pacheco nasceu na Fazenda da Ponte, em Itu, em 1819, filho de uma família abastada. Com abundantes recursos financeiros, a família incentivava-o a estudar; Bento optou pelo sacerdócio, ordenando-se em 1840. 

Iniciou seu ministério em Itu, mas pouco permaneceu em atividades paroquiais, na medida em que, em razão do falecimento de seu pai, passou a auxiliar na gestão da fazenda da família, agora sob os cuidados de sua mãe. Ainda assim, o Padre Bento começou a se notabilizar na região em face dos cuidados que dispensava aos escravos e aos pobres.

Em 1869, decidiu se dedicar integralmente aos portadores da hanseníase, operando uma transformação profunda em sua vida. Vendeu todos os seus bens e distribuiu o dinheiro obtido aos pobres da região.

Despediu-se de parentes e amigos, e passou a morar na Chácara da Piedade, local em que eram segregados os portadores da hanseníase, vítimas tanto da gravidade da moléstia quanto do radical preconceito e repulsa da sociedade.

Por quarenta e dois anos padre Bento dedicou-se a cuidar desses doentes dia e noite, amparando-os material e espiritualmente, sem que desenvolvesse a terrível moléstia. 

O trabalho incessante de padre Bento em prol desses necessitados perdurou, sem interrupções, até o seu falecimento, em 6 de março de 1911, na mesma chácara em que morou por quarenta e dois anos; foi sepultado em Itu. 

A fama de seu trabalho realizado em prol da caridade espalhou-se, tendo em março de 2003 a Cúria Diocesana de Jundiaí instalado o Tribunal Eclesiástico Diocesano para a Causa de Beatificação e Canonização de Padre Bento Dias Pacheco, cujo processo tramita atualmente na Congregação para as Causas dos Santos, no Vaticano.

Peçamos ao Padre Bento que interceda por nós junto a Deus nesses tempos difíceis que vivemos; também não nos esqueçamos de seguir as orientações das autoridades sanitárias e divulguemos a obra do Padre Bento.

sexta-feira, 20 de março de 2020

O PAPA NOS DIZ COMO FAZER UMA CONFISSÃO ESPIRITUAL QUANDO NÃO HÁ PADRE

O Papa Francisco explicou em sua homilia, durante a Missa celebrada na Casa Santa Marta nesta sexta-feira, 20 de março, como se confessar durante o confinamento decretado em muitos países do mundo em função da pandemia de coronavírus COVID-19.

O Papa afirmou: “sei que muitos de vocês, na Páscoa, vão se confessar para se encontrarem com Deus. Mas muitos me perguntariam hoje: ‘Mas padre, onde posso encontrar um sacerdote, um confessor, por que não posso sair de casa? E eu quero fazer as pazes com o Senhor, eu quero que ele me abrace, que meu pai me abrace… Como posso fazer se não encontro sacerdotes?'”.

Francisco pediu que cada um faça em casa aquilo que diz o Catecismo, que é muito claro nesse ponto: “se não encontras um sacerdote para confessar, fale com Deus, Ele é teu pai, e diga a Ele a verdade: ‘Senhor, fiz isso, isso, isso … Perdoa-me’, e peça perdão a Ele de todo coração, com o Ato de Contrição. No entanto, para que essa confissão espiritual seja eficaz, devemos confessar-nos a um sacerdote assim que seja possível.

Sigamos o que nos dizem o Papa e as autoridades sanitárias; todo cuidado é pouco, somos responsáveis também pelo próximo.

terça-feira, 17 de março de 2020

SÃO PAULO: TESTEMUNHO DE FÉ E ARDOR MISSIONÁRIO

Saulo, nascido em Tarso, na atual Turquia, por volta do ano 5, foi educado em Jerusalém tornando-se um um fariseu radical; os fariseus compunham um grupo de judeus que se tornaram famosos, entre outras coisas, por seu radicalismo e hipocrisia. 
Movido por ódio aos cristãos, foi enviado a Damasco (hoje capital da Síria) para castigá-los - esses castigos podiam chegar ao apedrejamento até a morte, como ocorreu com Santo Estevão.
Damasco era governada por um árabe inimigo dos judeus, mas que se uniu a eles para perseguir os cristãos, os quais eram muito numerosos nessa cidade. Vemos aqui, mais uma vez, como os maus, embora divididos entre si, se unem contra os bons.
Saulo com um grupo de soldados estava chegando a Damasco e, quando estavam próximos à porta da cidade, viram uma luz tão intensa e escutaram um som tão forte que todos caíram por terra. Saulo ouviu então uma voz lhe perguntando:
- Saulo, Saulo, por que Me persegues? Saulo respondeu:
- Quem és Tu, Senhor? A voz respondeu:
- Eu sou Jesus, a Quem  estás perseguindo. Agora, levanta-te, entra na cidade e ali te será dito o que deves fazer (At 9, 4-5).
Ele ergueu-se e percebeu que estava cego. Então, tomando-o pela mão, levaram-no para uma casa, já dentro da cidade, onde permaneceu durante três dias rezando, sem comer nem beber; acredita-se que esse fato ocorreu entre os anos 31 e 36.
Nesse ínterim, Nosso Senhor apareceu a um cristão chamado Ananias, e ordenou-lhe que fosse a uma determinada casa para curar um homem de Tarso, chamado Saulo. Surpreso, Ananias disse que esse homem vinha para Damasco em perseguição aos cristãos, mas Jesus tranquilizou-o, afirmando:
“Vai, porque este homem é um instrumento que escolhi para levar o meu Nome às nações pagãs, aos reis e aos israelitas. Pois Eu vou lhe mostrar o quanto ele deve sofrer pelo meu Nome” (At 9, 15-16).
Ananias foi até aquela residência, impôs as mãos sobre Saulo e imediatamente ele recobrou a vista. “Em seguida, levantou-se e foi batizado. Depois, alimentou-se e recuperou as forças.
“Saulo passou alguns dias com os discípulos que havia em Damasco e logo começou a pregar nas sinagogas, afirmando que Jesus é o Filho de Deus. […] E deixava confusos os judeus que moravam em Damasco” (At 9, 18-20.22). 
Logo depois, já tendo adotado o nome de Paulo, partiu para a Arábia, onde permaneceu durante três anos (Gl 1, 17-18). A respeito de sua estada na Arábia, o Apóstolo diz que ele foi arrebatado “até ao terceiro Céu – se com o corpo ou sem o corpo, não sei – […] e lá ouviu palavras inefáveis” (II Cor 12, 2-4).
Enquanto realizava um retiro no Monte Horeb, onde estiveram Moisés e Elias, Nosso Senhor lhe revelou “os mistérios da Lei Nova e suas relações com o Antigo Testamento, que ele desenvolverá mais tarde numa linguagem cuja sublimidade jamais será igualada”.
Findo esse retiro, ele regressou a Damasco e continuou suas ardorosas pregações. Os judeus ímpios conseguiram convencer o governador de Damasco a colocar guardas a fim de controlar “dia e noite as portas da cidade, para matá-lo” (At 9, 24).
Durante uma noite os cristãos o levaram até uma parte alta da muralha, colocaram-no dentro de um cesto e o fizeram descer. Ele, então, dirigiu-se a Jerusalém.
Chegando lá, procurou os cristãos, “mas todos tinham medo dele, pois não acreditavam que ele fosse discípulo” (At 9, 28).
Os cristãos de Jerusalém tinham ouvido falar do que acontecera a Saulo às portas de Damasco, mas como ele desapareceu por três anos julgavam que isso não fosse verdade.
Até que um dia Barnabé, que com ele estudara, apresentou-o a São Pedro e São Tiago o Menor (Gl 1, 18-19), contando-lhes o milagre que convertera Saulo e “como, na cidade de Damasco, ele havia pregado, corajosamente, em Nome de Jesus” (At 9, 27).
Paulo foi, então, admitido na comunidade dos cristãos de Jerusalém, e logo pôs-se a propagar nossa fé, inclusive discutindo com os judeus de língua grega. Isso despertou tantos ódios  que “procuravam matá-lo” (At 9, 29). Para livrá-lo, alguns cristãos levaram-no até Cesareia da Palestina, e dali o enviaram para sua cidade natal, Tarso (At 9, 30). Ele ficara em Jerusalém apenas durante quinze dias (Gl 1, 18).  
Conforme Nosso Senhor havia predito a Ananias (At 9, 16), Paulo sofreu  muito por ter trabalhado ardorosamente pela expansão da  Igreja. Diz ele: “Cinco vezes, recebi dos judeus quarenta chicotadas menos uma; três vezes fui batido com varas; uma vez, apedrejado; três vezes naufraguei; passei uma noite e um dia em alto-mar; fiz inúmeras viagens, com perigos de rios, perigos de ladrões, perigos da parte de meus compatriotas, perigos da parte dos pagãos, perigos na cidade, perigos em regiões desertas, perigos no mar, perigos por parte de falsos irmãos; trabalhos e fadigas, inúmeras vigílias, fome e sede, frequentes jejuns, frio e nudez” (II Cor 11, 24-27). Também escreveu muito (treze epístolas chegaram até nós), sempre divulgando o cristianismo.
Preso novamente durante cerca de um ano e meio, foi transferido para Roma depois de apelar ao Imperador, um direito que tinha por ser cidadão romano, ao perceber que não receberia julgamento justo de seu povo. 
Paulo passou então a pregar na capital, onde acabou preso e condenado à morte durante perseguição aos cristãos acontecida no reinado de Nero - este acusou os cristãos de terem incendiado a cidade. De acordo com  tradição ele foi executado ao redor do ano de 67, no local conhecido como Tre Fontane (Três Fontes). Por ser cidadão romano, teria sido decapitado, e não crucificado como a maioria dos cristãos. 

domingo, 15 de março de 2020

QUARESMA - É IMPORTANTE QUE NOS CONFESSEMOS

Na Quaresma, é altamente recomendado que nos confessemos.

Este post reproduz recomendações do portal Aleteia para que façamos uma boa confissão; inicialmente, diz o portal:  comece perguntando-se: “Quando fiz a minha última confissão? Foi válida?”.

A confissão não é válida quando:
  • se omite  um pecado mortal por grave negligência no nosso exame de consciência;
  • não há arrependimento nem propósito sincero de emenda;
  • se oculta um pecado grave conhecido por tal, ou o número dos pecados mortais, ou alguma circunstância necessária;
  • o penitente antes da absolvição, não está disposto a cumprir a penitência.
Pergunte-se ainda: Cumpri fielmente a penitência da última confissão? Desde a última confissão bem feita, quais pecados eu tive a infelicidade de cometer por pensamentos, palavras e obras?
Como auxílio para responder a esta última pergunta, procure refletir sobre os pecados mais comuns:

PECADOS CONTRA OS MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS:
1. CONTRA O PRIMEIRO MANDAMENTO
Creio fielmente em tudo o que Deus revelou, ou duvidei voluntariamente de alguma doutrina da Igreja Católica Apostólica Romana? Li, assinei, publiquei, propaguei, emprestei livros, folhetos, revistas, ou jornais hostis a Deus e à santa religião? Dei ouvido a conversas ou discursos ímpios ou heréticos? Assisti à sessão espírita, ao culto protestante, ou de religiões não cristãs? Abandonei a única Igreja verdadeira que é a Católica para abraçar seita falsa? Tenho confiança em Deus e na divina graça? Consultei espíritas ou cartomantes? Videntes? Desesperei ou fui presunçoso de esperar a salvação sem deixar o pecado? Cometi pecados no intuito de confessá-los mais tarde? Amei a Deus e cumpri a sua vontade? Deixei de rezar por muito tempo? Falei mal de Deus, contra a sua Santa Mãe, Maria Santíssima, contra os santos, contra a Igreja e seus ministros? Rezei sem devoção, com distrações voluntárias?
2. CONTRA O SEGUNDO MANDAMENTO
Profanei o Santíssimo Sacramento, pessoas, lugares, coisas consagradas a Deus? Blasfemei contra Deus? Jurei o seu santo nome sem necessidade? Jurei voto? Pronunciei levianamente o nome de Deus ou falso? Deixei de cumprir uma promessa?
3. CONTRA O TERCEIRO MANDAMENTO
Deixei de ouvir a missa inteira aos domingos e festas de guarda por própria culpa? Perdi uma parte principal (ofertório, elevação, comunhão)? Profanei a Igreja por conversas, olhares indiscretos, namoros, por traje indecente? Trabalhei ou mandei trabalhar nos domingos ou dias de guarda?
4. CONTRA O QUARTO MANDAMENTO
Para os filhos: desrespeitei os pais falando-lhes asperamente ou respondendo-lhes mal? Murmurei contra eles? Desobedeci? Obedeci de má vontade? Descuidei dos pais na velhice, na pobreza ou na doença (sustento, últimos sacramentos. Levar os pais para recebê-los ou chamar um padre para ministrá-los), remédios? Desejei-lhes mal? Deixei de rezar por eles?
Para os pais: protelei por meses ou até anos o batismo de meus filhos, a primeira comunhão? Descuidei-me da educação física e intelectual? Principalmente da educação religiosa dos meus filhos? Não os mandei à missa aos domingos e festas de guarda, ao catecismo? Cuidei de suas boas leituras, reprimi divertimentos impróprios? Dei-lhes mau exemplo? Deixei de corrigi-los? Castiguei-os, não com caridade, mas com ira?
5. CONTRA O QUINTO MANDAMENTO
Odiei o próximo? Desejei-lhe mal? Procurei vingar-me? Não tive caridade com os pobres, doentes e necessitados? Prejudiquei minha saúde por excesso de comida e bebida, sobretudo bebidas alcoólicas? Usei drogas? Tentei contra a própria vida ou contra a vida do próximo, ou alimentei estes pensamentos? Abortei, incentivei o aborto? Tive esses pensamentos? Usei, entreguei, recomendei a “pílula do dia seguinte”? Seduzi pessoa ao pecado ou dei escândalo? Roguei pragas? Maltratei animais?
6. CONTRA O SEXTO E NONO MANDAMENTOS
Consenti em pensamentos desonestos e em maus desejos? Olhei indiscreta e maliciosamente para coisas indecentes, pessoas descompostas? Tive conversas imorais? Li e olhei livros e revistas, estampas e fotografias obscenas e imorais? Pratiquei atos indecentes comigo mesmo (masturbação), com outra pessoa, do mesmo sexo ou de outro sexo, com animais? Faltei com o pudor e modéstia em meus trajes?
Para os casados: procurei satisfação carnal fora do matrimônio (adultério ou pecado solitário – masturbação)? Abusei do matrimônio evitando ter filhos por métodos artificiais? Aconselhei meios para esse fim?
7. CONTRA O SÉTIMO E DÉCIMO MANDAMENTOS
Roubei, furtei, aceitei objetos furtados, guardei-os? Tive vontade de roubar ou furtar? Não restituí ao dono um objeto achado ou emprestado? Deixei de pagar as dívidas sem motivo de força maior (desemprego, calamidade, necessidade maior para o sustento da vida)? Fiz dívidas que sabia que não poderia pagar, com o intuito de, de fato, não pagá-las? Não paguei ao operário o salário justo? Dei prejuízo voluntário ao próximo? Desperdicei o dinheiro em jogo, futilidades?
8. CONTRA OITAVO MANDAMENTO
Menti? Violei segredos? Levantei falso? Supus más intenções? Abri cartas alheias? Fiz juízos temerários? Fingi doenças, pobreza, piedade para enganar ou outros? Dei ouvido a conversas contra a vida alheia?

PECADOS CONTRA OS MANDAMENTOS DA IGREJA
Fiquei mais de um ano sem confessar meus pecados? Não fiz a comunhão pascal (os que não podem comungar devem fazer a comunhão espiritual)? Não guardei jejum e abstinência na quarta-feira de Cinzas, na sexta-feira Santa, na vigília da Assunção? Não guardei abstinência de carne, sem jejum, em todas as sextas-feiras da Quaresma e do ano? Não comutei a obrigação em obras de caridade ou outra forma de abstinência?

PECADOS CAPITAIS
Avalie sua consciência sobre os seguintes pecados:
1. Soberba, orgulho: desprezar os inferiores, tratá-los com desdém; querer tudo dominar.
2. Avareza: pensar somente em ganhar dinheiro e acumular fortuna, sem nada gastar com os pobres, ou para fins de piedade e caridade; negar esmola, podendo dá-la.
3. Impureza: procurar prazeres ilícitos que lhe mancham a alma e roubam a inocência.
4. Ira: ficar facilmente com raiva, impacientar-se. Deixar se levar pelo ímpeto da cólera.
5. Gula: exceder-se na comida ou bebida. Embriagar-se.
6. Inveja: não querer que outros estejam bem; entristecer-se com o bem-estar do próximo, empregar meios para impedir, diminuir, ou destruir a felicidade do próximo.
7. Preguiça: perder o tempo em ociosidade; não cumprir, por indolência, as obrigações do trabalho ou da religião.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Devemos acusar-nos só dos pecados que cometemos. Evite falar do pecado alheio, a menos que tenha tomado parte dele. Tendo cometido algum pecado que, talvez, não se ache neste resumo, não deixemos de declará-lo ao confessor.
Uma boa prática é procurar sempre o mesmo confessor. Psicologicamente, a prática o confirma, isso inibe a reincidência nos mesmos pecados já confessados. É como se fosse uma “boa vergonha” de precisar voltar perante o mesmo sacerdote com as mesmas máculas de sempre.

sexta-feira, 13 de março de 2020

SÃO JOSÉ E AS EPIDEMIAS

Nestes tempos em que vivemos uma epidemia, vale a pena lembrar que situações como essa, já afetam a civilização há muito tempo. 

Dentre as mais conhecidas,  a Peste Negra que a partir da Idade Média matou cerca de 100 milhões de pessoas e a Gripe Espanhola, que afetou todo o mundo no início do século XX e que matou cerca de 50 milhões de pessoas. 

Desde os primórdios do Cristianismo, fiéis tem pedido a intercessão de São José no sentido de que fossem, com seus familiares e amigos, protegidos dessas doenças.

O livro "The Glories of the Catholic Church"  (não conhecemos tradução para o português) narra uma série de milagres devidos à intercessão de São José em situações de epidemias.

Neste momento, em que coincidentemente se aproxima a data consagrada a São José, cabe-nos seguir rigorosamente as recomendações das autoridades sanitárias, tomar cuidado com "fake news" e orar muito, pedindo a ajuda de São José, que nos ensina a confiar em Deus em todas as circunstâncias e colocar nossas vidas em Suas mãos. 

sexta-feira, 6 de março de 2020

SÃO PATRÍCIO: UMA VIDA DE AVENTURAS E UM GRANDE EVANGELIZADOR

A Irlanda é um dos países  mais católicos do mundo: quase 80% de sua população professa nossa fé. 

Seu padroeiro é São Patrício, e sua festa, que acontece em 17 de março é extremamente importante no país: é feriado e inúmeros eventos acontecem nessa data em homenagem ao santo, que é venerado também por outras igrejas cristãs. A foto ao lado mostra uma parada militar em Dublin, capital da Irlanda, em comemoração ao dia de São Patrício - eventos similares acontecem em muitos países, especialmente naqueles de língua inglesa.

Sua vida, cheia de aventuras,  é muito interessante: nasceu no ano de 377, não se sabe se na Inglaterra ou Escócia - apesar de ter nascido cristão, só na adolescência passou a professar a fé.


Aos dezesseis anos, foi raptado por piratas e vendido como escravo. Levado para a Irlanda foi obrigado a trabalhar duramente em meio a um povo rude e pagão. Por duas vezes tentou a fuga, até que na terceira vez teve êxito. Embarcou para a Grã-Bretanha e depois para a Gália, atual França, onde viveu em vários mosteiros e se habilitou para a vida monástica e missionária.

Acompanhou São Germano, do mosteiro de Auxerre, numa missão apostólica na Grã-Bretanha. Mas seu destino parecia mesmo ligado à Irlanda, pois sua alma piedosa desejava evangelizar aquela nação pagã que o escravizara. Quando faleceu o Bispo Paládio, responsável pela missão no país, o Papa Celestino I o convocou para dar seguimento ao trabalho. Foi consagrado bispo e viajou para a "Ilha Verde", como era conhecido o país, no ano de 432 - o mapa mostra a localização do país.

Sua obra naquelas terras ficará eternamente gravada na História da Igreja Católica e da própria Humanidade, pois mudou o destino de todo um povo. Em quase três décadas, o bispo Patrício converteu praticamente todo o país.   O trabalho desse fantástico e singelo bispo foi tão eficiente que o catolicismo se enraizou na Irlanda, vendo nos anos seguintes florescer um grande número de Santos e  missionários.

O método de Patrício para conseguir tantas conversões foi a fundação de muitos mosteiros - esse método foi adotado pela Igreja também na Inglaterra e na Alemanha. Promovendo por toda parte a construção de mosteiros, o bispo Patrício fez da Irlanda um centro de irradiação de fé e cultura. Dali partiram centenas de monges missionários que peregrinaram por terras estrangeiras levando o Evangelho.

A obra de Patrício interferiu tanto na cultura dos irlandeses, que as lendas  desse povo falam muito de monges simples com suas aventuras, prodígios e graças, enquanto outras nações têm como protagonistas seus reis e suas façanhas bélicas.


Patrício morreu no dia 17 de março de 461, na cidade de Down, atualmente Downpatrick; seu corpo está sepultado na catedral da cidade (na foto), que já foi visitada por nosso reitor, o Padre Alberto.

Até hoje, no dia de sua festa os irlandeses fixam à roupa um trevo, cuja folha se divide em três, numa homenagem ao Santo,  que o usava para exemplificar melhor o sentido do mistério da Santíssima Trindade: "um só Deus em três pessoas". O verde, do trevo, tornou-se a cor nacional da Irlanda e é fartamente usado nas festividades.


A data de 17 de março há séculos marca a festa de São Patrício, a glória da Irlanda. Os irlandeses sempre sentiram um enorme orgulho de sua pátria e de seu padroeiro: só na Irlanda existem duzentos santuários erguidos em honra a São Patrício.