Setembro é o mês da Bíblia, período em que se busca de maneira especial desenvolver o conhecimento da Palavra de Deus e a aplicação desta na vida cotidiana, como tem nos exortado o Papa Francisco.
Em outubro de 2014, durante a abertura do Sínodo Extraordinário da Família, no Vaticano, Francisco ressaltou que “a Bíblia não é para ser colocada em um suporte, mas para estar à mão, para ser lida frequentemente, a cada dia, seja individualmente ou juntos, marido e mulher, pais e filhos, talvez à noite, especialmente no domingo”.
Nessa linha, vamos falar um pouco sobre os cinco primeiros livros da Bíblia: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio - eles formam o chamado Pentateuco e são conhecidos pelos judeus como Torá, que quer dizer a Instrução, a Lei - à esquerda, um exemplar da Torá judaica.
O Gênesis trata da criação do mundo e do homem. Não é um livro de história natural para falar sobre as origens do mundo e da humanidade, mas sim uma apresentação religiosa da relação entre o homem e seu Criador.
Deus quis o homem vivendo no Paraíso, mas por causa do pecado, ele se afastou de seu criador. Neste estado de constante pecado, o mal parece não ter fim e sobrevêm o dilúvio. A partir daí Deus fez a primeira aliança com os homens. O Gênesis também conta a trajetória dos patriarcas Abraão, Isaac e Jacó.
O Livro do Êxodo nos fala sobre a libertação do povo de Deus da escravidão no Egito; Moisés é o escolhido e conduz o povo até a terra prometida. Neste livro temos a Aliança de Deus com seu povo no Monte Sinai: “Se obedecerdes à minha voz e guardardes a minha aliança, sereis o meu povo particular entre todos os povos” (Ex 19,5). Os Dez Mandamentos são enviados por Deus ao seu povo liberto do Egito. As tábuas da Lei, guardadas na Arca da Aliança, são o sinal visível do pacto entre Deus e o seu povo.
O Levítico foi redigido pelos descendentes de Levi (daí o nome Levítico), que exerciam as funções de sacerdotes e estavam à frente dos cultos. Neste livro está um esboço de Código Civil e de leis morais. Nele também se encontra a Lei de Talião: ”olho por olho e dente por dente”. Na época o costume era vingar as injúrias e injustiças recebidas. Essa lei foi abolida por Jesus, conforme o Evangelho de Mateus (5, 28-42).
O Livro dos Números recebeu esse nome por causa das importantes listas de números e nomes contidos nos primeiros capítulos. É também uma continuação do Êxodo. Neste período acredita-se que o povo hebreu já estava dividido em 12 tribos, que viviam de forma mais ou menos autônoma, mas que tinham em comum as mesmas crenças, o mesmo culto e a mesma legislação. O livro narra também as lutas dos hebreus contra os povos que se opuseram à passagem deles pelo deserto.
No livro dos Números vale destacar a bênção litúrgica, no capítulo 6, versículos 22 a 27: “O Senhor disse a Moisés: dize a Aarão e seus filhos o seguinte: eis como abençoareis os filhos de Israel: o Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor te mostre a sua face e conceda-te sua graça! O Senhor volva o seu rosto para ti e te dê a paz! E assim invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel e eu os abençoarei”
Deuteronômio é o quinto livro do Pentateuco. O nome significa ‘Segunda Lei’ e é essencialmente religioso e jurídico. No início o livro faz uma exortação à obediência a Deus e à fidelidade às Leis da Aliança. Em seguida trata das questões da adoração e do amor de Deus e da caridade para com o próximo. Uma parte do Deuteronômio é dedicada a uma segunda legislação sobre o culto, as instituições administrativas e a vida social, tudo fundamentado na convicção de que o povo libertado da escravidão por Deus deveria levar uma vida digna deste benefício. No final, o livro apresenta dois discursos que descrevem as bênçãos divinas sobre os israelitas e as maldições que atingirão os pecadores.
Vamos estudar um pouco?
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