domingo, 15 de setembro de 2019

SÃO VICENTE DE PAULO, O APÓSTOLO DA CARIDADE


Vicente de Paulo (em francês, Vincent De Paul) foi uma figura extraordinária.  Nasceu em Pouy, França, no dia 24 de abril de 1581 - pertencia a uma família muito pobre.

Na infância foi um simples guardador de porcos, mas estudando muito  foi ordenado aos dezenove anos. 

Em 1605, retornando de uma viagem a Marselha,  o navio em que se encontrava foi atacado por piratas turcos. Vicente foi aprisionado e levado ao norte da África,  onde foi vendido como escravo - "pertenceu" a diversos donos, até que foi vendido a um fazendeiro, antigo católico que, com medo de dos muçulmanos que governavam a região, se convertera ao islamismo. Vicente "reconverteu" o fazendeiro, e em sua companhia fugiu de volta à França em 1607, onde  o "dono" de Vicente acabou por tornar-se monge.

Mais tarde se tornou capelão da rainha da França,   Margarida de Valois,  e em função disso  era encarregado da distribuição de esmolas aos pobres e fazia visitas aos enfermos  em nome da rainha. Todos o admiravam e respeitavam: do cardeal Richelieu, que na prática governava a França à nova rainha, Ana da Áustria, além do próprio rei Luís XIII, que fez questão  de que Vicente de Paulo estivesse presente em seu leito de morte.

Mas quem mais era merecedor da piedade e atenção de Vicente de Paulo eram mesmo os pobres, os menos favorecidos, que sofriam as agruras da miséria.  Quando convenceu o

governo francês de que o povo sofria por falta de solidariedade e de pessoas caridosas para estender-lhe as mãos, o rei nomeou-o Ministro da Caridade; nessa função, organizou um trabalho de assistência aos pobres em escala nacional. Fundou  quatro instituições voltadas para a caridade: a "Confraria das Damas da Caridade", os "Servos dos Pobres", a "Congregação dos Padres da Missão", conhecidos como padres lazaristas, em 1625, e as "Filhas da Caridade", em 1633 - estas são as irmãs vicentinas, que trabalham em nossa cidade há décadas; a foto acima, provavelmente da década de 1940, mostra uma dessas irmãs com a Filhas de Maria da Paróquia de Vila Arens.

Este homem prático, firme, dotado de senso de humor e sobretudo realista, que dizia "amemos a Deus, irmãos meus, mas o amemos
às nossas custas, com a fadiga dos nossos braços, com o suor do nosso rosto", morreu em Paris no dia 27 de setembro de 1660, estando sepultado na capela da Igreja de São Lázaro, em Paris, onde seu corpo permanece incorrupto.

Canonizado em 1737, são Vicente de Paulo é festejado no dia de sua morte, pelos seus filhos e sua filhas espalhados nos quatro cantos do mundo e por toda a sociedade leiga cristã engajada em cuidar para que seu carisma permaneça,  sempre a serviço dos mais necessitados, doentes e marginalizados.

A face mais visível de sua herança está entre nós através das Conferências Vicentinas, de quem já falamos em outro post - existem três delas vinculadas ao nosso Santuário:   Nossa Senhora Aparecida, Santa Cecília e Santa Clara.

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