quarta-feira, 15 de julho de 2020

O PROFETA DANIEL NA COVA DOS LEÕES

No contexto da guerra entre os reinos de Judá e da Babilônia, que foi vencida por este último, um grupo de jovens judeus bem educados foram levados para Babilônia, onde seriam preparados para atuar na administração do país - Daniel era um deles e os fatos nos são narrados no Livro de Daniel, que faz parte do Antigo Testamento.

Deus deu-lhe o dom da profecia, que aliado à sua sabedoria, fez dele uma pessoa extremamente importante, a ponto de que quando o rei de Babilônia, Dario, resolveu fazer uma reforma na administração do reino, nomeando 120 membros de sua côrte para cargos de direção e escolhendo três pessoas para supervisioná-los, uma dessas era Daniel.

Ele  mostrou tanta competência, que Dario pensava em colocá-lo à frente de todo o governo. Isso despertou a inveja de muitas pessoas, que passaram a procurar uma forma de prejudicá-lo. 

Sabendo da fidelidade de Daniel a Deus, esses invejosos conseguiram convencer o Rei a emitir um decreto permitindo  que orações fossem apenas dirigidas a Dario; quem infringisse o decreto deveria ser atirado a uma cova onde viviam leões. Pelas leis de Babilônia, decretos assinados pelo rei não poderiam ser revogados.

Ao ficar sabendo do decreto, Daniel  abriu as janelas de sua casa e orou a Deus ajoelhado, como costumava fazer. Seus inimigos denunciaram-no ao Rei, que por não poder revogar seu próprio decreto, determinou que Daniel fosse jogado aos leões, dizendo, muito triste, “que o seu Deus, a quem você continuamente serve, te livre!”.

Naquele dia, o Rei não conseguiu comer e nem dormir. No dia seguinte, levantou ao nascer do sol e correu para cova dos leões. Ali, angustiado, gritou: “Daniel”, “servo de Deus vivo, teu Deus que tu adoras com tanta fidelidade terá podido salvar-te dos leões?” (Daniel 6:20).

Daniel respondeu: "O meu Deus enviou o seu anjo, e fechou a boca dos leões para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dele; também contra ti, ó rei, não tenho cometido delito algum".

O rei ficou extremamente feliz ao ouvir a voz de Daniel e ordenou que ele fosse retirado da cova e mandou que aqueles que o acusaram fossem ali colocados  com suas mulheres e filhos, onde foram devorados pelos leões.

Daniel tinha confiança em Deus e sabia que ficar livre dos leões não era tão importante quanto à necessidade de dar  glória ao único e verdadeiro Deus.

Não existem registros da data e circunstâncias de sua morte. Mas ele possivelmente morreu em Susa, no atual Iraque, com cerca de 85 anos. 

Vale lembrar que uma estátua de Daniel faz parte do conjunto de esculturas em pedra-sabão feitas entre 1794 e 1804 pelo artista Antônio Francisco Lisboa, conhecido como Aleijadinho, localizadas no adro do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, no município de Congonhas, em Minas Gerais - é a maior estátua do conjunto.


Nenhum comentário:

Postar um comentário