sábado, 25 de julho de 2020

AS PARÁBOLAS DE JESUS

Parábola é uma pequena narrativa que transmite uma mensagem de forma indireta.

Jesus recorreu frequentemente às parábolas para transmitir seus ensinamentos; as parábolas de Jesus foram sempre baseadas no cotidiano das pessoas da época. 

Estudos comprovam que os discursos que se utilizam de histórias, exemplos e figuras de linguagens são mais facilmente compreendidos e memorizados   - na época de Jesus, em que poucos sabiam ler ou escrever, as parábolas eram um recurso eficaz para a transmissão e fixação de seus ensinamentos.

Alguns livros do Velho Testamento trazem parábolas; analisando-se os evangelhos, conclui-se que Jesus contou-nos 40 parábolas.

Dentre as parábolas mais conhecidas contadas  por Jesus estão: 

. O bom pastor: Jo 10, 1-16

. O bom samaritano: Lc 10, 25-3

. Filho pródigo: Lc 15, 11-32

. O joio entre o trigo: Mt 13, 24-30, 36-43

. A ovelha extraviada: Mt 18, 12-13; Lc 15, 1-7

. O semeador: Mt 13, 1-9, 18-23; Mc 4, 3-20; Lc 8, 4-15

. Os servos vigilantes: Mt 24, 42-51; Lc 12, 35-48

Ler e refletir sobre as parábolas de Jesus seria um bom roteiro de estudos para todos nós

sexta-feira, 24 de julho de 2020

OS ATOS DOS APÓSTOLOS

Os Atos dos Apóstolos fazem parte do Novo Testamento, escrito em grego pelo evangelista São Lucas, provavelmente ao redor dos anos 80 e 90. 

Há várias hipóteses acerca do lugar onde o texto foi escrito: Antioquia, Roma ou mesmo alguma cidade grega.

Os Atos são compostos por 28 capítulos que narram a história da comunidade cristã a partir da Ascenção de Jesus até a chegada de Paulo a Roma - cobrem o período entre os anos 30 e 63, aproximadamente. 

Há ênfase no rápido crescimento em termos de numero de fiéis, expansão geográfica e organização da Igreja, inicialmente entre os judeus e depois entre as outras nações.

Além desses aspectos mais históricos, os Atos são uma obra catequética, de defesa da fé e teológica, no sentido de estudo a respeito de Deus.

Podemos dividir os Atos em três partes:
  • O capitulo 1, uma introdução, narra os eventos ocorridos entre a Ascensão e a véspera de Pentecostes. Fala da morte de Judas e sua substituição  por Matias no grupo dos Apóstolos. 
  • A primeira seção, dos capítulos 2 ao 15, narra  o Pentecostes e fala  sobre a comunidade cristã de Jerusalém, concentrando-se nas figuras de Pedro e Paulo, do qual narra a conversão e o início das viagens missionárias.
  • A segunda seção, a partir do capítulo 16, concentra-se nas viagens de Paulo, em sua prisão em Cesareia e sua ida a Roma, para responder ao processo que o condenou à morte.

A leitura atenta desse texto certamente contribuirá para nosso enriquecimento cultural e espiritual; os Atos estão disponíveis aqui.

É oportuno lembrar que Lucas era médico, tendo Paulo se referido a ele como "o médico amado" (Colossenses 4:14). 

Além de médico, homem culto e letrado, o Evangelista foi provavelmente um dos primeiros artistas da história da Igreja; segundo a tradição,  Lucas teria pintado imagens de Jesus Cristo, da Virgem Maria, de  Pedro e de Paulo. Por essas razões é  o padroeiro dos médicos e pintores, sendo celebrado em 18 de outubro.

Ao que parece, nasceu em Antioquia, hoje território sírio e à época sob o domínio dos romanos. Também não há certeza acerca de sua morte: teria sido martirizado no ano de 84, na Grécia. 

Uma boa sugestão de leitura é o livro "Médico de Almas e de Homens", da consagrada escritora inglesa Taylor Caldwell, que levou 46 anos para ser escrito e que, embora seja uma obra de ficção, tem contribuído para a divulgação da vida e da obra de São Lucas.


A CRUZ E O PEIXE, SÍMBOLOS CRISTÃOS

O símbolo mais importante para os cristãos é a cruz; ele está presente em todos  os momentos de nossas vidas, desde o momento em que fazemos o sinal da cruz até quando o contemplamos no alto das igrejas.

Mas nos primórdios do cristianismo, a cruz não teve tanta proeminência como símbolo, principalmente porque seu uso poderia identificar um cristão e sujeita-lo às perseguições,  tão comuns no passado, embora ainda hoje acontecendo em alguns lugares, como na China, onde o governo comunista tem obrigado    a retirada de símbolos cristãos das casas, fechado igrejas e prendido fiéis.  

Nessa época, o principal símbolo do cristianismo era o peixe, que em grego é chamado "Ichthys". Seu uso foi  adotado  porque fornecia uma ferramenta útil para os cristãos se recordarem de uma verdade importante: as letras que compõem a palavra Ichthys estão associadas à frase  "Iesous Christos Theou Yios Soter", que em grego significa "Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador.” 

Outra versão diz que o símbolo foi utilizado por lembrar o milagre da multiplicação dos pães e peixes, de que nos fala o Evangelho (João, 6). 

A imagem do peixe está presente em inúmeros monumentos antigos, dentre os quais as catacumbas de São Calisto, em Roma, que foram visitadas por peregrinos pertencentes à comunidade do Santuário;   já falamos delas em outro post

A situação começou a mudar quando Constantino se tornou imperador de Roma no ano 306. Convertido ao cristianismo, segundo se diz por ter, na véspera de uma grande batalha, olhado para o céu e visto acima do sol uma cruz luminosa  com a inscrição latina "in hoc signo vinces" (com esse símbolo, vencerás), o que realmente aconteceu.

Constantino era filho de Santa Helena, que segundo a tradição,  fez uma peregrinação a Jerusalém e ali localizou o local de crucificação de Jesus, onde Constantino mandou construir a Basílica do Santo Sepulcro, também visitada por peregrinos do Santuário.

Além da cruz, representada de diversas formas, Constantino divulgou  o "chi-ró", emblema que combina as duas primeiras letras gregas do nome de Cristo ("X" e "P") sobrepostas.

Mantenhamos estes símbolos e seus significados sempre presentes em nossas vidas 



quarta-feira, 15 de julho de 2020

O PROFETA DANIEL NA COVA DOS LEÕES

No contexto da guerra entre os reinos de Judá e da Babilônia, que foi vencida por este último, um grupo de jovens judeus bem educados foram levados para Babilônia, onde seriam preparados para atuar na administração do país - Daniel era um deles e os fatos nos são narrados no Livro de Daniel, que faz parte do Antigo Testamento.

Deus deu-lhe o dom da profecia, que aliado à sua sabedoria, fez dele uma pessoa extremamente importante, a ponto de que quando o rei de Babilônia, Dario, resolveu fazer uma reforma na administração do reino, nomeando 120 membros de sua côrte para cargos de direção e escolhendo três pessoas para supervisioná-los, uma dessas era Daniel.

Ele  mostrou tanta competência, que Dario pensava em colocá-lo à frente de todo o governo. Isso despertou a inveja de muitas pessoas, que passaram a procurar uma forma de prejudicá-lo. 

Sabendo da fidelidade de Daniel a Deus, esses invejosos conseguiram convencer o Rei a emitir um decreto permitindo  que orações fossem apenas dirigidas a Dario; quem infringisse o decreto deveria ser atirado a uma cova onde viviam leões. Pelas leis de Babilônia, decretos assinados pelo rei não poderiam ser revogados.

Ao ficar sabendo do decreto, Daniel  abriu as janelas de sua casa e orou a Deus ajoelhado, como costumava fazer. Seus inimigos denunciaram-no ao Rei, que por não poder revogar seu próprio decreto, determinou que Daniel fosse jogado aos leões, dizendo, muito triste, “que o seu Deus, a quem você continuamente serve, te livre!”.

Naquele dia, o Rei não conseguiu comer e nem dormir. No dia seguinte, levantou ao nascer do sol e correu para cova dos leões. Ali, angustiado, gritou: “Daniel”, “servo de Deus vivo, teu Deus que tu adoras com tanta fidelidade terá podido salvar-te dos leões?” (Daniel 6:20).

Daniel respondeu: "O meu Deus enviou o seu anjo, e fechou a boca dos leões para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dele; também contra ti, ó rei, não tenho cometido delito algum".

O rei ficou extremamente feliz ao ouvir a voz de Daniel e ordenou que ele fosse retirado da cova e mandou que aqueles que o acusaram fossem ali colocados  com suas mulheres e filhos, onde foram devorados pelos leões.

Daniel tinha confiança em Deus e sabia que ficar livre dos leões não era tão importante quanto à necessidade de dar  glória ao único e verdadeiro Deus.

Não existem registros da data e circunstâncias de sua morte. Mas ele possivelmente morreu em Susa, no atual Iraque, com cerca de 85 anos. 

Vale lembrar que uma estátua de Daniel faz parte do conjunto de esculturas em pedra-sabão feitas entre 1794 e 1804 pelo artista Antônio Francisco Lisboa, conhecido como Aleijadinho, localizadas no adro do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, no município de Congonhas, em Minas Gerais - é a maior estátua do conjunto.


terça-feira, 7 de julho de 2020

O ANGELUS

A Anunciação, Frei Carlos de Lisboa, 1543
O Angelus é uma oração que lembra a Anunciação de Maria e o nascimento de Jesus - popularmente é chamada Hora da Ave-Maria. 

O "sim" de Maria dá cumprimento ao anúncio dos profetas: “Uma Virgem conceberá e dará à luz o Salvador“.

O nome da oração deriva  do início da frase latina  'Angelus Domini nuntiavit Mariæ', ou 'O anjo do Senhor anunciou a Maria'.


Reza-se o Ângelus, tradicionalmente, às 6 horas, ao meio-dia e às 18 horas. Muitas igrejas preservam o costume de tocar os sinos  para lembrar a hora da Ave-Maria. A imagem ao lado reproduz o quadro "Angelus"(1859), de Jean-François Millet, mostrando camponeses rezando o Angelus ao final de seu dia de trabalho.

A criação da oração  é atribuída ao papa Urbano II (pontífice de 1088 a 1099). Já a tradição de rezá-la três vezes ao dia foi iniciada pelo rei Luis XI, da França, em 1472.

A oração

O Anjo do Senhor anunciou a Maria e Ela concebeu do Espírito Santo.
- Ave Maria...

- Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a Vossa palavra.
Ave Maria

- E o Verbo Divino encarnou e habitou entre nós.
- Ave Maria

- Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

- Oremos: Derramai, ó Deus, a vossa graça em nossos corações, para que, conhecendo, pela mensagem do Anjo, a encarnação de Cristo, vosso Filho, cheguemos, por sua paixão e cruz, à glória da ressurreição pela intercessão da Virgem Maria. Pelo mesmo Cristo, Senhor Nosso, amém.

- Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, assim como era no princípio, agora e sempre, por todos os séculos dos séculos, amém.

Em Jundiaí, a Radio Cidade transmite o Angelus todos os dias, a partir de aproximadamente 17:50h. Em Portugal, algumas emissoras fazem essa transmissão ao meio dia.

Aqui temos o Angelus cantado em latim - é um link que merece ser visitado.




domingo, 5 de julho de 2020

SÃO JOÃO NEUMANN, EXEMPLO DE PERSISTÊNCIA E TRABALHO

Não devemos confundir São João Neumann com São João Newman, de quem já falamos em outro post

Johann Nepomuk Neumann nasceu em Prachatiz, hoje Prachatice, em 28 de março de 1811. A cidade onde nasceu pertencia ao Império Austríaco e hoje faz parte da República Tcheca.

Em 1835, prestes a concluir seus estudos, o seminário onde estudava foi fechado, pois segundo  seu bispo, havia sacerdotes demais. Inconformado, escreveu a inúmeros bispos de toda a Europa, pedindo  para ser ordenado; muitos sequer responderam ao seu pedido, outros, alegando a mesma razão, recusaram.

Como muitos europeus de seu tempo,  voltou seus olhos para o Estados Unidos; aprendeu inglês trabalhando em uma fábrica e passou a escrever aos bispos dos Estados Unidos. Finalmente, o bispo de Nova York concordou em recebe-lo; deixou sua pátria e  família para sempre e cruzou o oceano para trabalhar em uma terra distante e difícil.

Como era praxe entre os imigrantes europeus, ao chegar seu nome foi americanizado para John Nepomucene.  Foi ordenado em Nova York e passou a responder por uma paróquia que abrangia uma área imensa, majoritariamente protestante, exigindo que passasse dias viajando a cavalo. Nela trabalhou intensamente, cumprindo suas obrigações como pároco, instalando comunidades, ensinando e treinando catequistas. 

Dotado de saúde frágil, que  impedia longas viagens, em 1842 ingressou na Congregação Redentorista; nela   João destacou-se como uma pessoa altamente piedosa, frugal, zelosa e amável. 

O seu conhecimento de seis idiomas modernos o tornou particularmente apto para o trabalho na sociedade americana da época, composta por grande número de imigrantes provenientes de diversas partes do mundo, que falavam diferentes línguas.

Depois de trabalhar como pároco em Baltimore e em Pittsburgh,  em 1847 foi nomeado Superior Maior dos Redentoristas nos Estados Unidos e em 1852, Bispo de Filadélfia. 

A diocese era muito grande e passava por um período de desenvolvimento considerável, tendo o bispo, sempre trabalhando muito, entre inúmeras outras obras criado cerca de 200 escolas paroquiais.


Também  trabalhou para trazer à diocese freiras europeias para que trabalhassem especialmente na área de assistência social e deu apoio à criação da congregação Sisters of St. Francis of Philadelphia (Irmãs de São Francisco de Filadélfia). 

Conseguiu evitar a dissolução das Oblate Sisters of Providence (Irmãs Oblatas da Providência), congregação de mulheres afro-americanas de Baltimore, que havia sido fundada por refugiados haitianos e que ainda hoje existe. 

No dia 5 de janeiro de 1860, aos 48 anos, enquanto caminhava em Filadélfia teve um mal súbito e caiu morto em plena rua.

Foi beatificado pelo Papa Paulo VI no dia 13 de outubro de 1963 e canonizado pelo mesmo Papa no dia 17 de junho de 1977.

sexta-feira, 3 de julho de 2020

MARIA MADALENA: APÓSTOLA DOS APÓSTOLOS

Tintoretto, cerca de 1565
Maria Madalena nasceu em uma aldeia de pescadores  às margens do Lago de Tiberíades. Seu nome deriva de Magdala, que era o nome dessa aldeia.

O evangelista Lucas fala sobre ela, no capítulo 8: “Jesus andava pelas cidades e aldeias anunciando a boa nova do Reino de Deus. Os Apóstolos estavam com ele, como também algumas mulheres que tinham sido livradas de espíritos malignos e curadas de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios”. 

A expressão “sete demônios” poderia indicar um gravíssimo mal físico ou moral, que havia acometido a mulher, do qual Jesus a curou.

Veronese, 1548
No entanto, a tradição diz que Maria Madalena era uma prostituta, porque no capítulo 7 do Evangelho de Lucas narra-se a história da conversão de uma anônima “pecadora da cidade, que ungia com perfume os pés de Jesus, convidado de um fariseu; após tê-los banhado com suas lágrimas, os enxugava com seus cabelos”. Há dúvidas sobre isso, pois alguns julgam-na ser Maria de Betânia, irmã de Marta e Lázaro.

Maria Madalena aparece ainda nos Evangelhos no momento mais duro da vida de Jesus: ela o acompanha ao Calvário, com outras mulheres. Ela aparece também quando José de Arimateia depõe o corpo de Jesus no sepulcro. Foi ela, na manhã do primeiro dia da semana, quem voltou ao sepulcro e descobriu que a pedra havia sido removida e correu para avisar Pedro e João; eles, por sua vez, foram às pressas ao sepulcro e viram que o corpo do Senhor não estava mais lá.


Egorov, 1818
Enquanto os dois discípulos voltam para casa, Maria Madalena permanece diante do sepulcro, em lágrimas. Ali, tem início um novo percurso: da incredulidade passa, progressivamente, à fé. Ao olhar dentro do sepulcro, viu dois Anjos, aos quais perguntou para aonde fora levado o corpo do Senhor.

Depois, voltando para fora, viu Jesus, mas não o reconheceu, pensando que fosse o jardineiro; este lhe perguntou por que estava chorando e quem estava procurando. E ela respondeu: “Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste e eu o irei buscar”. Jesus, então, a chama por nome: “Maria!”. E ela, voltando-se, disse: “Rabôni!”, que quer dizer “Mestre!”. 


E Jesus lhe confia uma missão: “Não me retenhas, porque ainda não subi a meu Pai, mas vai a meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”. Então, Maria de Magdala foi imediatamente anunciar aos discípulos: “Vi o Senhor! E ouvi o que ele me disse” (Jo: 20).

Por desejo do Papa Francisco, a Memória litúrgica de Maria Madalena passou a ser Festa, a partir do dia 22 de julho de 2016, para ressaltar a importância desta discípula fiel de Cristo, que demonstrou grande amor por Ele e Ele por ela.


Santo Tomás de Aquino chamava-a “Apóstola dos Apóstolos”

quarta-feira, 1 de julho de 2020

LA SPECOLA VATICANA - A IGREJA NA VANGUARDA DA CIÊNCIA

Das muitas acusações feitas contra a Igreja, uma das mais despropositadas é a de que ela é contra a ciência, de que   tem perseguido cientistas ao longo dos milênios. 

Essa afirmação é  facilmente desmentida pelo fato de haver uma grande quantidade de cientistas católicos, inclusive alguns santos, além de haver religiosos e leigos católicos responsáveis por grandes descobertas científicas.

Outro fato que demonstra a importância que a Igreja dá à ciência é a existência do  Observatório do Vaticano (também conhecido como La Specola Vaticana), um instituto de pesquisas astronômicas mantido pela Santa Sé - é um dos observatórios mais  antigos do mundo.

Foi fundado em 1572 pelo Papa Gregório XIIIpor recomendação do Concílio de Trento, que também recomendara uma reforma no calendário - seus trabalhos levaram à criação do   calendário gregoriano, hoje adotado em todo o mundo

Atualmente a responsabilidade pelo observatório é da Companhia de Jesus; o religioso que aparece na foto é o Padre George Coyne, falecido no início desse ano aos 87 anos e que foi nomeado diretor do Observatório pelo Papa João Paulo I, tendo ocupado o posto até 2006.  

A instituição tem sede na cidade italiana de Albano, mas mantem pontos de observação, um deles em Castel Gandolfo, residência de repouso do Papa, onde esteve instalado por muito tempo.

La Specola Vaticana abriga uma biblioteca com 22 mil títulos, entre eles livros antigos e raros escritos por cientistas famosos. Possui também uma relevante coleção de meteoritos.


O Observatório mantém, em parceria com a Universidade do Arizona, um telescópio muito moderno no deserto do Arizona, local adequado às observações astronômicas, em função de seu clima. O Padre Coyne deixou a direção da Specola para continuar suas pesquisas científicas junto à Universidade do Arizona, tendo trabalhado até às vésperas de sua morte.  

É a Igreja também na vanguarda da ciência.