sexta-feira, 1 de maio de 2020

SÃO GIUSEPPE MOSCATI - UM MÉDICO QUE VIVEU EM TEMPOS DIFÍCEIS

Giuseppe Moscati nasceu em Benevento, Itália, em 25 de julho de 1880. Foi o sétimo filho de uma família nobre - seu pai era um famoso advogado e juiz. Ainda menino, mudou-se com a família para Nápoles, onde passaria o resto de sua vida. 

Graduou-se em Medicina no ano de 1903, e foi trabalhar no Ospedali degli Incurabili, fundado em 1521, do qual acabou se tornando administrador; nunca deixou de estudar e pesquisar. 

Era uma pessoa muito afável,  apaixonado não só pela medicina mas por vários campos da cultura: arte, natureza, história antiga etc. Extremamente religioso, optou por não se casar, tendo feito voto de castidade.

Era também responsável por um hospital próximo ao Vesúvio, que foi atingido pela erupção do vulcão acontecida em 8 de abril de 1906; de forma heroica, conduziu a evacuação do hospital, retirando os últimos pacientes pouco antes de o prédio desabar.

Teve atuação destacada também durante a epidemia de cólera que assolou Nápoles em 1911. Nesse mesmo ano,  tornou-se membro da Academia Real de Medicina Cirúrgica e recebeu seu doutorado em química fisiológica. Foi também professor, tendo obtido a  Libera Docenzao mais alto título acadêmico da época.

Sua mãe morreu de diabetes em 1914, o que o levou a pesquisar acerca dessa doença, tendo sido um dos pioneiros a  experimentar a insulina no tratamento de diabetes.

Durante a Primeira Guerra Mundial, Moscati tentou se alistar nas forças armadas, mas foi rejeitado; as autoridades militares achavam que ele poderia servir melhor o país, tratando os feridos em seu hospital; ele próprio atendeu cerca de 3.000 soldados. 

Dedicou-se muito ao cuidado dos pobres. Dizia-se, mesmo antes de sua morte,  que ele podia diagnosticar com precisão as doenças que afetavam um paciente apenas por ouvir uma lista de seus sintomas, e que  realizava curas impossíveis - era conhecido como  "o médico santo".  

Moscati morreu na tarde de 12 de abril de 1927. Ele assistiu à missa naquela manhã, recebeu a comunhão  e passou o resto da manhã no hospital. Ao voltar para casa, atendeu pacientes até por volta de três horas, após o que, sentindo-se cansado, sentou-se em uma poltrona de seu escritório; logo após,  morreu ali. 

Relatos acerca de suas obras continuaram depois de sua morte, com afirmações de que ele havia intercedido em casos impossíveis.

Em função de tudo isso, foi canonizado em 25 de outubro de 1987. Um dos milagres que o levou à  canonização foi o caso de um jovem ferreiro que estava morrendo de leucemia; a mãe do jovem sonhou com um médico vestindo um jaleco branco, que ela identificou como Moscati quando viu uma fotografia - pouco tempo depois, seu filho foi curado e voltou ao trabalho.

Moscati foi o primeiro médico dos tempos modernos a ser canonizado; é lembrado em 16 de novembro.

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